Artigo, Paulo Briguet - "Perdeu, mané !", uma frase que define o assalto contra o povo brasileiro

— Paulo Briguet é escritor e editor-chefe do BSM.

Em sua recente viagem a Nova York, Luís Roberto Barroso foi interpelado por um cidadão brasileiro que o questionou sobre as anomalias na contagem dos votos da eleição presidencial. O cidadão, no entanto, cometeu um erro fatal ao abordá-lo de maneira respeitosa. O método correto para lidar com gente como Barroso é o insulto; como ensinava Olavo de Carvalho, tratar esses caras por senhor já é uma concessão inaceitável; é você e olhe lá.

Diante da abordagem indevidamente respeitosa, Barroso virou-se para o cidadão e disse:

— Perdeu, mané. Não amola.

O universo mental de pessoas como Barroso é constituído por duas categorias: malandros e manés. Na primeira, encontram-se todos aqueles espertos o suficiente para desfrutar das benesses do poder e de proteção especial contra os inconvenientes da vida real. Sob a outra denominação, está 99,9% da população: as pessoas comuns.

Os manés, por sua vez, dividem-se em dois grupos: os submissos e os inconformados. Os submissos são aqueles que aceitam as ordens dos malandros, para ver se lhes sobram algumas migalhas do banquete encenado no teatro da malandragem. Os inconformados são aqueles que não aceitam mais o teatro. Em outras palavras, somos nós.

A partir de 2013, no governo do poste lulista, os manés declararam guerra aos malandros. A fúria das pessoas comuns contra a elite política era tão grande que mesmo outsiders como o então deputado Jair Bolsonaro eram escorraçados das manifestações. Com as eleições de 2018, para usar uma feliz expressão de meu amigo Eduardo Matos de Alencar, Bolsonaro funcionou como um dique entre os malandros e os manés. Agora, o sistema está prestes a retirar esse dique e colocar o rei dos malandros – Macunaíma – na cadeira presidencial. Para consegui-lo, os malandros valeram-se de todos os expedientes da fraude, da mentira e do crime. A eleição de Lula não teve fraude – ela é a fraude. O que chamamos de “anomalias” do processo eleitoral são apenas a restauração da normalidade dos malandros. Todo o processo está fraudado, do começo ao fim.

E é lógico que um representante da carioquice – naquilo que o termo possui de mais abjeto e vergonhoso para os bons cariocas – não poderia deixar de usar uma terminologia de assaltante. “Perdeu, mané” é aquilo que os bandidos gritam antes de roubarem suas vítimas. A diferença é que agora a frase foi ouvida depois do roubo. Poderia ter sido dita quando a esperança de uma votação justa foi sepultada; quando o meliante foi solto da cadeia; quando o indigitado teve a condenação anulada por motivo de CEP; quando o descondenado se tornou candidato por uma organização criminosa; quando praticamente proibiram a campanha de seu adversário; quando o tribunal responsável pelas eleições virou um escritório partidário.

Barroso tem razão. Somos 200 milhões de manés, e perdemos. Mas os malandros também perderam uma coisa importante: a paz. Nós vamos continuar amolando.


Um comentário:

  1. MANÉ BARROSO,ESTELIONATARIO INTELECTUAL

    MANÉ BARROSO, UM PRETENSO ENTENDIDO DO DIREITO ACHADO NAS RUAS, UM ESTELIONATARIO INTELECTUAL PLAGIADOR,TERÁ AGORA QUE PAGAR SEUS ERROS, SE FAZENDO PASSAR POR DOUTOR,ERA UM MERO PLAGIADOR LADRÃO DO TRABALHO ALHEIO.

    UMA ESPECIE DE JOAO DE DEUS DO DIREITO, OU UM JUIZ JECA TATU DE TERNO E GRAVATA E TERA QUE FUGIR OU PAGAR.

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