O meu partido é o Brasil!
A frase estava estampada na camiseta de uma senhora que integrava a multidão de brasileiros nas ruas de São Paulo ao redor do Quartel General do Exército - Comando da 2ª Região Militar no último dia 15 de novembro de 2022.
Feriado da Proclamação da República, dia simbólico para reforçar o recado para aqueles que deveriam ser os representantes do povo: “O MEU PARTIDO É O BRASIL!”.
Enquanto a mídia tendenciosa oscila entre não divulgar e reduzir as manifestações que estão acontecendo no país a atos antidemocráticos de bolsonaristas golpistas, milhões estão indo às ruas e fazendo uso do último recurso para defender a Nação.
Por que, de forma civilizada, ordeira, crianças, jovens, homens, mulheres, idosos, de todas as cores e crenças estão acampando dia e noite, debaixo de chuva e de sol escaldante, nos portões dos quartéis em todo o país?
FOI O QUE SOBROU!
Nenhuma ameaça à democracia ou anseio pela volta da ditadura militar!
O povo foi altamente democrático até agora: esperou que o Legislativo cumprisse o seu papel e que o Judiciário não extrapolasse o seu.
E, no livre exercício da democracia, manifesta-se contra a ditadura da impunidade e da corrupção. Quer respostas. Tem direito a respostas. Deixa claro que não se trata de estar à esquerda ou à direita; de fazer parte do grupo de A ou de B; de ser do PC, PD, PE ... PL, PT, XT. As siglas já não fazem sentido. Perderam significado quando, por interesses escusos e, não, pelo povo, seus representantes migraram e migram de uma a outra como se as convicções e valores partidários fossem totalmente negociáveis!
Cláudia Woellner Pereira, tradutora e redatora
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