Divulgado há pouco pelo Banco Central, o Relatório Trimestral de Inflação identificou uma já esperada moderação no ritmo da atividade econômica no terceiro trimestre. Ainda assim, o BC alterou sua projeção de PIB para este ano, de 2,7% para 2,9%, refletindo a recente revisão na série histórica do indicador, feita pelo IBGE. Já a projeção para 2023 foi mantida em 1%. Em sua avaliação, a inflação acumulada em doze meses seguiu desacelerando desde o Relatório de setembro, mas a inflação subjacente segue elevada e em patamar incompatível com o cumprimento da meta. Há, no entanto, sinais marginais de arrefecimento nas pressões de preços, inclusive no setor de serviços. Houve uma elevação nas projeções de inflação de 5,8% para 6,0% em 2022, de 4,6% para 5,0% em 2023 e de 2,8% para 3,0% em 2024. No cenário externo, o Banco Central enfatizou as piores perspectivas de crescimento econômico global. Reforçou sua avaliação de um ambiente adverso e de aumento das incertezas, em meio à continuidade no ciclo de aperto monetário em economias desenvolvidas, dificuldades no abastecimento energético para a Europa e desafios para o crescimento econômico chinês. De modo geral, portanto, o Relatório de Inflação não trouxe muitas novidades em relação à ata da última reunião do Copom, divulgada na terça feira.
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