O ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira, disse que a segurança do Distrito Federal tentou desmobilizar o grupo de manifestantes por diversas vezes, em Brasília, mas foi impedida pelo Exército. Em depoimento à Polícia Federal, Vieira disse que o acampamento de bolsonaristas, no Quartel-General do Exército, “contribuiu muito” para os atos de vandalismo, em 8 de janeiro. O PM está preso e é investigado por suspeita de omissão na contenção das manifestações. As informações são da TV Globo.
No dia dos atos, o Exército impediu a entrada de PMs no local para prender os suspeitos, informou o ex-comandante. Após os atos terroristas, o grupo foi retirado do Setor Militar Urbano, onde estava hospedado, e 1,8 mil pessoas foram presas. Vieira disse que não participou de ‘nenhuma tentativa’ de facilitar os ataques.
Segundo o PM, em dezembro, a Secretaria de Segurança do DF tentou duas vezes fazer a desmobilização dos acampamentos, com cerca de 500 policiais militares, mas não teve êxito por solicitação do Exército.
O ex-comandante disse que setores de inteligência de diversos órgãos afirmaram que a previsão era de um ato pacífico, no dia 8 de janeiro. Estava prevista a atuação de 440 militares. “A informação era de que havia ânimo de tranquilidade para essa manifestação específica”, disse o PM, segundo a Globo. Após os ataques, o efetivo passou de 2,6 mil servidores, porém a PM não conseguiria controlar a situação sozinha.
“[Disse] que para conseguir deter as invasões não bastaria quantitativo de policiais; que há necessidade de participação de outras instituições como as seguranças do Congresso, STF e Planalto; que na ocorrência do “efeito manada” não basta a linha de policiais”, afirmou.
Vieira disse que “não houve por sua parte nenhuma tentativa de facilitar que essa situação ocorresse. Que sempre tentou evitar e quando não conseguiu, tentou desobstruir”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário