Trabalho reúne 50 textos deixados no livro de registros da UTI Neonatal
Com o objetivo de eternizar os momentos vividos pelas famílias de pacientes que ficaram internados na UTI Neonatal, o Hospital Universitário de Canoas (HU) apresenta o primeiro projeto piloto de e-book, intitulado "Quando a vida começa de forma especial: Relatos de Mães e Pais de Uma UTI Neonatal". O trabalho reúne textos escritos por mães e pais de bebês prematuros, no período de 2013 a 2015. Posteriormente, devem ser organizados os depoimentos do período de 2016 até 2022.
“São histórias de mamães e papais que, muitas vezes, passam dois ou até três meses acompanhando o desenvolvimento da criança dentro da UTI Neonatal. Nestes relatos, eles compartilham suas alegrias, tristezas, anseios, angústias e gratidão”, explica a enfermeira coordenadora da Saúde da Criança do HU, Cristiane Gomes. Todos os textos mantiveram seu formato original e com sigilo dos nomes para preservar a identidade dos participantes. Já os nomes das crianças foram substituídos por figuras de linguagem.
Os relatos do e-book fazem parte dos depoimentos escritos no Livro de Registros da UTI Neonatal do HU, disponibilizado sempre perto da porta de entrada da Unidade. O material todo foi produzido pela equipe da UTI Neonatal, que além da enfermeira Cris, como é carinhosamente conhecida, também conta com os pediatras neonatologistas, Paulo Nader, Silvana Nader, a fonoaudióloga Marilise Floriano, e as técnicas de enfermagem Nyaghara Rodrigues e Tatiane Godoy.
A seguir, o trecho de um dos 50 relatos que fazem parte do primeiro volume do e-book: “Sou a G.R, tenho 18 anos, sou casada e mãe da princesa Rafaela. A Rafaela nasceu de 28 semanas (...), no dia 1º de maio de 2013. Eu sou de Torres, não tem Neonatal lá e, se ela nascesse lá, ela morreria por ser muito prematura. Então, eu fiquei um mês e 20 dias com ela aqui na UTI Neonatal. Neste período, fui para casa apenas duas vezes (...) Conforme o tempo foi passando, a Rafaela foi ganhando peso. Hoje, 19/06/13, ela está com 1.975 Kg. Amanhã ela vai ganhar alta e enfim vamos para casa (...)”.
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