Valor de venda da Corsan é o obstáculo central na decisão que será tomada pelo TCE do RS

Existem restrições de ordem técnica e até de ordem ética a respeito da venda para a Aegea. O processo em si mesmo é eivado de polêmicas que não foram sanadas. A única participante do leilão, a Aegea, tem como um dos seus controladores o bilionário Jorge Paulo Lehman, velho padrinho político do governador Eduardo Leite, seu anfitrião em eventos internacionais, inclusive bancando viagens. O governo tucano firmou convênio com a Fundação Lehmann na gestão anterior. E não é só.

Apesar das mais novas pressões, agora partidas das principais entidades empresariais - Fiergs, Fecomércio, Federasul e Farsujl - crescem as denúncias de que a privatização da Corsan foi mal formatda e levanda mais dúvidas do que certezas.

O caso, agora, parece depender apenas da decisão final do TCE do RS, que está sob pressão de todos os lados e costuma ficar com o governo.

O maior obstáculo está no chamado valor de venda, porque a Aegea arrematou a estatal por R$ 4 bilhões no leilão de São Paulo, enquanto que entidades como o Sindiáguas esgrime valor de R$ 8 bilhões.


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