O que diz a CIA sobre o Exército do Brasil

 A agência de inteligência dos Estados Unidos (CIA) atualizou o seu arquivo público sobre o Brasil, disponibilizado no seu “factbook”, um tipo de almanaque com informações básicas sobre diferentes países. O órgão americano trouxe mais detalhes sobre as funções dos militares brasileiros, a produção de energia nuclear no país e a relação do Brasil como o tráfico de drogas, em especial a cocaína.


O “factbook” da CIA reúne informações básicas sobre 266 entidades mundiais, incluindo detalhes sobre a história, demografia, governo, economia, energia, geografia, meio ambiente, forças militares e questões internacionais.


Sobre o Brasil, a agência de inteligência americana atualizou o texto no dia 15 de junho. Nessa última A A versão do arquivo brasileiro, a CIA detalha o papel das Forças Armadas Brasileiras (FAB), com explicações sobre a Marinha, o Exército e a Aeronáutica.


“As Forças Armadas Brasileiras são o segundo maior exército do hemisfério ocidental, atrás dos EUA; embora sejam responsáveis pela segurança externa e proteção da soberania do país, o Brasil não possui disputas territoriais com seus vizinhos ou rivalidades regionais”, escreve a CIA.


A agência de inteligência também comenta que além do patrulhamento e proteção das fronteiras e litoral do Brasil, as Forças Armadas atuam no auxílio desastres naturais domésticos, na assistência humanitária e participa de missões multinacionais de manutenção da paz.


A função das forças armadas no Brasil

Entrando em mais detalhes sobre as forças armadas brasileiras, a CIA destaca o papel do Exército na segurança interna, incluindo o apoio à polícia no combate ao narcotráfico, o auxílio em surtos de doenças e o fornecimento de segurança em grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.


“O Exército está organizado em comandos regionais, regiões militares e divisões de base geográfica que cobrem todo o país; possui aproximadamente 30 brigadas de combate que incluem infantaria leve, mecanizada ou motorizada, blindados leves/cavalaria, operações especiais, artilharia e forças de helicópteros; muitas das brigadas de infantaria leve são especializadas em operações de guerra aérea, aerotransportada, de selva, montanha ou urbana”, descreve a CIA.

Outro ponto abordado no “factbook” é que o exército brasileiro possui uma força expedicionária de um batalhão de mil soldados para missões internacionais e que o objetivo é aumentar essa brigada para até 3 mil homens até 2030.


Já sobre a Marinha, a agência de inteligência americana aponta para as operações costeiras, regionais e fluviais dessa força militar, que operam desde o patrulhamento marítimo e projeção de poder até o combate à pirataria, pesca ilegal, narcotráfico e crime organizado.


Segundo a CIA escreveu em seu site, “os principais navios de guerra da Marinha incluem aproximadamente 14 fragatas, corvetas e navios de patrulha offshore, 7 submarinos de ataque e um navio de assalto anfíbio de plataforma de pouso de helicóptero multifuncional (LPH), que serve como o carro-chefe da frota”, além de “uma ala de aviação com cerca de 50 aviões de combate e helicópteros e uma força anfíbia marinha”.


Por fim, sobre a Aeronáutica, a CIA comenta sobre as mais de 100 aeronaves de caça e ataque ao solo, além de dezenas de aeronaves de apoio e helicópteros para missões como patrulhamento, reconhecimento, transporte, logística, missões especiais e treinamento.


Energia nuclear

A segunda novidade no arquivo da CIA sobre o Brasil foi a inclusão de um tópico específico para falar sobre a produção de energia nuclear no país. Anteriormente, a agência apenas relatava que esse tipo de energia representava 2,3% da capacidade instalada de geração de energia no Brasil.

Este material é do jornal Valor de hoje.

Agora, além de numerar os dois reatores de energia nuclear em operação no país e o terceiro que está em fase de construção, a CIA também registra que capacidade líquida de reatores nucleares operacionais é de 1,88 gigawatt (GM).


As usinas nucleares seriam responsáveis por 2,5% da eletricidade e 1% da energia produzidas, segundo dados de 2021 divulgados pela CIA.


Relação com o tráfico de drogas

Outro ponto que a CIA decidiu atualizar sobre o Brasil é a posição ocupada pelo país no tráfico internacional de drogas, em especial o da cocaína.


Segundo o arquivo, o Brasil seria “um importante país de trânsito e destino de cocaína com destino à Europa e outros destinos, incluindo os Estados Unidos; uma fonte importante de precursores ou produtos químicos essenciais usados na produção de narcóticos ilícitos”.


A CIA também avalia que o uso e dependência de drogas no Brasil é um problema significativo e que o país fica apenas atrás dos EUA no consumo de cocaína.


Antes da atualização do “Factbook”, a CIA afirmava que “a maior parte da cocaína entra no Brasil vinda dos países produtores vizinhos Bolívia, Colômbia e Peru e depois vai para a África Ocidental e Europa, mas uma porcentagem crescente alimenta o consumo doméstico substancial de drogas”.


Endereço

A CIA também aproveitou essa nova versão sobre o relatório a respeito do Brasil para atualizar o site da embaixada brasileira nos EUA.

- Este material é 

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