A grita bovina contra Romeu Zema tem conteúdo meramente político-eleitoral

Engana-se quem acha que é má vontade explícita ou ignorância oceânica, ler com lentes vermelhas de aumento os protestos que ocorrem diante do anúncio feito pelo governador de Minas, Romeu Zema, a respeito da formação de um bloco de governadores, políticos, empresários e povo em geral do Sul e do Sudeste, visando contrapor-se ao que já existe no Norte, Nordeste e até Centro Oeste.

"Querem separatismo", gritam os fariseus de cabeça feita e de barriga cheia que se aboletaram no novo governo lulopetista.

O impagável ministro da Justiça, Flávio Dino, sempre pronto para disparar disparates e provocações, avisou:

- É crime de lesa pátria.

Ops, cara pálida: como assim !!??

Ora, o governador mineiro Romeu Zema, da mesma forma que a quase totalidade dos governadores do Sul e do Sudeste, foram eleitos em oposição ao lulopetismo, dominante sobretudo no Nordeste. Pelo menos 4 candidatos bem pontuados para disputar a sucessão de Lula da Silva são do Sul e do Sudeste: Bolsonaro, Rio; Zema, Minas; Edurdo Leite, RS, e Tarcísio, São Paulo.

Não é mais apenas Bolsonaro, insultado, caluniado, injuriado, difamado e perseguido diariamente por ameaças concretas nos âmbitos da PGR, do STF e da PF, mas não só.

O governador Romeu Zema apenas colocou um dado do mundo real:

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que o consórcio que reúne os estados do Sul e Sudeste (Consud) está em desvantagem no Senado, mas busca protagonismo político, porque “ninguém pode ignorar o peso expressivo de 256 deputados na Câmara”.

Na Câmara, dá para enfrentar, porque 256 dá  quase 50% sobre os 513 membros, mas no Senado o Sul e o Sudeste sempre estarão em desvantagem: 27 num total de 81.

Por que esta diferença: por que deputados são eleitos proporcionalmente ao número de eleitores, mas no Senado, cada Estado tem direito a 3 Senadores. Assim, Estados de eleitorado muito pequeno, nanico, como Amapá, que tem 550 mil eleitores, algo menor do que o eleitorado de uma cidade como Porto Alegre; e São Paulo tem 35 milhões de eleitores. E cada um tem o mesmo número de senadores: 3.

Ora, se isto não pode ser alterado, a não ser por uma reforma constitucional, impõe-se aquilo que o governador Zema e seus colegas do sul e do sudeste propõem: ação política.

Zema e nem ninguém, defende uma guerra da secessão do tipo que opôs Norte e Sul nos Estados Unidos.

Longe disto.

O discurso de ódio de gente como Flávio Dino e até energúmenos que os seguem bovinamente dentro e fora da imprensa, busca, isto sim, dividir.

E até exterminar, como propôs o próprio Lula da Silva, ao reagir ao suposto ato de agressão dos Mantovani contra A. de Moraes, um episódio que PGR, PF e STF parecem fazer questão de ocultar, porque não conseguem comprovar a narrativa que os levou a agir com sofreguidão, incompetência e evidente má fé.

No fundo, no fundo, o que o lulopetismo tem dificuldade de entender é que no jogo democrático ele só consegue ganhos no tapetão, porque a imensa maioria do povo brasileiro pode até estar manietada, mas sabe quem são eles e o que eles fizeram nas eleições do ano passado.

É isto.



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