A pesquisa "Consumo de Mídias Digitais no Brasil", realizada pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação da FGV, em parceria com a Atlas Intel, faz parte do projeto Democracia Digital, apoiado pela Embaixada da Alemanha no Brasil. O levantamento fez um mapeamento do consumo de informação dos brasileiros, com acesso a` internet, em 13 mídias digitais diferentes.O Brasil é o terceiro país que mais consome redes sociais no mundo.
Pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que as mulheres são as mais interessadas pelo tema "política" no ambiente digital: são 50,4% contra 49,6% dos homens.
Apesar disto, as mulheres são 51,1% da população brasileira, mas, na política, os números não refletem essa maioria. Nas últimas eleições, o País consolidou um número recorde de mulheres no Senado, somando 15 parlamentares, mas ainda longe da metade do total de 81 cadeiras. Na Câmara, as deputadas representam apenas 18% das 513 vagas, mesmo com o aumento de 41% nas candidaturas nas eleições de 2018 para 2022.
A pesquisa identificou ainda um predomínio das mulheres no consumo por informações sobre educação (53% x 47%), sendo o principal público diário do assunto na rede social Instagram. Já o acesso a conteu´dos relacionados à economia - que, junto com educação e política, é um dos três temas mais acessados pelos brasileiros - e´ feito majoritariamente por homens (59% a 41%).
Equilíbrio entre direita e esquerda
As eleições mais recentes expuseram a polarização entre os candidatos de direita e de esquerda e a pesquisa da FGV retrata um equilíbrio da população quanto ao interesse pelos grupos ideológicos nas redes sociais. A audie^ncia sobre o tema esta´ equilibrada entre os segmentos. Direita tem 29%, e centro direita 5%, com um total de 34% alinhados a esse campo ideológico. Do outro lado, a esquerda está com 25% e centro esquerda, com 10%, o que totaliza 35% nesse segmento. Apenas 6% se apresentam como integralmente de centro e 24% disseram que na~o te^m ideologia ou na~o sabem dizer.
Nocividade da desinformação
A pesquisa também analisou como os participantes veem a disseminação de fake news. Entre as pessoas que acessam conteúdos de poli´tica nas redes sociais, 57% dizem acreditar que a nocividade da desinformação é "muito grave" para a democracia, outras 11% dizem que é "grave".
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