O ex-presidente Bolsonaro não tem muito a quem apelar nesta altura do jogo, porque dentro do quadro institucional garantido pela Constituição e nos limites da "legalidade" imposta por Alexandre de Moraes, parece inútil apelar para os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, porque o primeiro e o terceiro jogam de mão e o do meio balança em cima do muro, mas com viés oficialista. Neste caso, só sobra mesmo o povo do qual emana o poder dos demais Poderes, segundo a letra fria da Constituição. É o que ainda sustenta Bolsonaro e com o apoio do povo, que não lhe tem faltado, ele poderá continuar emparedando todo o Eixo do Mal, aí incluídos os demais parceiros do consórcio STF+Governo Lula, além de contê-los na sanha persecutória que já dura cinco anos e, quem sabe, derrotá-los.
O poder das ruas é inalienável. É o Terceiro Estado em ação legal e republicana.
Bolsonaro executa um movimento tático dentro de uma estratégia maior de sobrevivência e enfrentamento político, tudo dentro das 4 linhas ainda disponibilizadas pelo arbítrio. É compreendendo os limites impostos que Bolsonaro pede que o povo não empunhe cartazes e faixas, porque, como adverte o advogado e comunicador Walter Maiorovicht no UOL, se incitar o povo a ultrapassar a linha divisória, poderá ser preso em flagrante (veja vídeo do UOL).
O arbítrio de Moraes e seus sequazes ainda não acumularam poder suficiente para impedir manifestações de rua claramente pacíficas, mas não temerão fazer isto se encontrarem justificativas que sejam razoavelmente toleradas pela sociedade brasileira.
Trata-se de um movimento ousado e que não ultrapassa os limites impostos até aqui por Moraes e seus sequazes.
Eu não vou! Bolsonaro teve a chance de fazer a limpeza na républica. Agora merece ir pra cadeia para servir de exemplo de que não se joga nas quatro linhas com bandidos.
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