Mauro Cid

  O novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), à Polícia Federal (PF) só terminou na madrugada desta terça-feira, segundo vazou a Polícia Federal. Ele foi ouvido durante 9 horas e teve que explicar detalhes da delação premiada que trata de suposta tentativa de golpe de Estado que teria sido tramada por Bolsonaro, ministros e auxiliares diretos, inclusive de alto escalão das Forças Armadas.A suposta trama golpista foi revelada pela Operação "Tempus Veritatis", deflagrada em 8 de fevereiro. Ao todo, mais de 20 pessoas foram ouvidas no âmbito das investigações. Bolsonaro foi convocado, mas optou por ficar em silêncio.

No âmbito da delação premiada, o ex-comandante Freire Gomes, denunciado por Mauro Cid, confirmou ter participado de reuniões com Bolsonaro para discutir o conteúdo da chamada "minuta do golpe". A PF vazou trechos do depoimento de Freire Gomes, que disse aos investigadores que o ex-presidente e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira apresentaram a ele duas versões da minuta e avisaram que aquilo seria implementado. Um dos documentos teria várias versões. Em uma delas, constaria até mesmo a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O agora colaborador de Moraes e da PF, informou para a PF que o então comandante do Exército foi abastecido por informações sobre o plano golpista por Mauro Cid.

Freire Gomes, no entanto, não teria aderido à ideia de golpe militar e chegou a ser chamado de “cagão” pelo então ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro à reeleição.

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