Reconstrução do RS – verbas tentadoras

Marcus Vinicius Gravina 

Cidadão – Tit. Eleitoral 328036104/34



A nomeação do Interventor - pro tempore  -  Paulo Pimenta, elevado a ministro  da Reconstrução do RS,   poderá se somar à da Secretaria de Comunicação Social, ocupada por ele.  Possui reconhecida competência para múltiplas funções, audaciosas e secretas, do PT.  Vai atuar em duas frentes com muito dinheiro a distribuir à mídia – TVs,  por um lado e de outro arrecadar fundos para as campanhas do PT e aliados,  de velhas empreiteiras conhecidas da Lava Jato, que vierem a ser contratadas. 

Este novo órgão do governo da União está afinado com a Medida Provisória n.1221, de 17.5.24. Tem por escopo a aquisição de bens e a contratação de obras e serviços, inclusive de engenharia. 

As medidas excepcionais a serem adotadas precisarão de pessoa que possua expertise ilibada em contratação através de dinheiro público, com dispensa de licitação.

Os contratos estarão dispensados de apresentação relativa às regularidades fiscal,  econômico-financeira e de requisitos de habilitação jurídica e técnica à execução do objeto contratual.

O histórico das contratações de obras de engenharia dos governos do PT foram desvendadas pela Lava Jato. Houve confissões de propinas, restituições de dinheiro público e prisões, fatos de domínio público. 

Tais empresas, da Lava Jato,  poderão ser contratadas e desta vez, sem licitação.  Até  “firmar contrato verbal”,   de acordo com um dispositivo da lei 14.133, de 2021.  

Preciso dizer mais o que eu penso sobre os bilhões que serão empregados na reconstrução do nosso Estado?

Quem irá dar publicidade dos contratos e fiscalizará o emprego de tamanha verba pública?

Como na Covid 19, estaremos sujeitos a desvio de finalidade para pagar, sem atraso, o funcionalismo,  seus aumentos e novas contratações?

No passado recente houve muita gente que comeu melado e se lambuzou. Sorte de muitos deles, que recorreram ao "lavabo" do STF e  hoje se apresentam de cara limpa, declarando-se absolvidos. 

O risco está em vermos a corrupção ser reabilitada, sob o silêncio do Congresso Nacional, com seus deputados e senadores acumpliciados, de  bocas  fechadas  por polpudas verbas parlamentares desviadas do orçamento da Nação.

Caxias do Sul, 20.05.24


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