BIG-BANG do golpe político

Marcus Vinicius Gravina

Cidadão – Tit. Eleitorarl 328036104/34


Assim como a origem do Universo é atribuída ao BIG-BANG, a teoria dos golpes políticos mais recentes em nosso país teve início com o seu Big-Bang que espalhou a suspeita de fraude na eleição presidencial de 2022. 

Esta suspeita foi impedida de ser esclarecida. Técnicos do Exército foram  dispensados pelo novo governo da auditoria que haviam iniciado por pressão popular.  Os eleitores exigiam em manifestações nas ruas e em frente a quartéis, a prova da lisura na apuração dos votos mediante comprovante impresso das urnas eletrônicas.  Foram ameaçados de prisão e de sequestro dos seus bens que culminou em vergonhoso ato de perfídia do Exército utilizando-se de ônibus como enganosa prisão.

Parecido ao acontecido na Venezuela, com uma diferença. De lá o Lula não reconheceu a vitória do Maduro, por falta da apresentação das atas de aberturas de urnas. Aqui, impediram a fiscalização das urnas eletrônicas.  

A única causa da discórdia nacional, que se transformou num teatro de maldades foi a suspeita de fraude eleitoral. No caso, falo de perseguição, para ser mais objetivo. 

É preciso lembrar o antecedente mãe dos golpes e contragolpes que se sucederam a este fato, apontado como fraude eleitoral. Desde lá não tivemos mais paz.  

Percebia-se que algo estranho iria acontecer. Um ministro do STF, hoje transformado em relator do inquérito da Polícia Federal, guerreou com presidente Bolsonaro para se adonar do poder de nomeação do Diretor Geral da Policia Federal, competência privativa do presidente da República.  

Daí em diante passou a agir como “Capitâo do Mato”, da forma como foi revelada pela  imprensa e condenada nas duas tribunas do Congresso.  Sem respeitar o Devido Processo Legal e amparado em sua própria milícia.

Conseguiu ampliar seu poder ao atrair as Forças Armadas, que pela intimidade criada com alguns militares,  também teria influenciado na escolha dos seus comandantes.  Conseguiu transformar o atual presidente da República em um “boneco de ventríloquo”. 

Assim como o ministro A.Moraes,  que deverá ser considerado impedido de atuar desde o inquérito da PF – ninguém pode ser juiz em causa própria, tão pouco estar acima da lei. 

Para isso,  deverá ter a sua imparcialidade questionada por constar como vítima do atentado de morte descrito no inquérito. 

Terá que se fazer isto em 15 dias, se vierem a ser réus sob pena de convalidarem os atos do relator do processo e de outros ministros suspeitos de parcialidade.  Alguns ministros do STF, também se enquadram no dispositivo da suspeição ou do impedimento, ambos do Código de Processo Civil.  

O ministro Zanin foi advogado e é amigo íntimo do presidente Lula, que figura no inquérito como vítima. O ministro Flávio Dino, ministro da justiça no 8 de janeiro, assistiu impassível, segundo a mídia, da janela do seu gabinete os atos de invasão e vandalismo dos prédios dos Três Poderes, podendo e devendo ter agido e não o fez. Depois, dificultou a investigação ao deixar de entregar os filmes que identificariam os manifestantes. Disse em discurso na presença do Lula que a PF seria a sua protetora, estaria a seu serviço. Tanto foi, que indiciou os seus inimigos, o Bolsonaro e assessores. 

O ministro Luis R. Barroso, em palestras, aqui e pelo mundo, demonstrou sua incompatibilidade, gratuita, com o ex-presidente Bolsonaro tendo declarado em discurso público: “derrotamos o bolsonarismo”, e mais a jocosa expressão, em público, referindo-se à eleição, a um cidadão que replicou as suspeitas de fraude: “perdeu mané, não amola”. Evidente partidarismo em que, certamente, poderá se confirmar em decisão no STF, que irá “derrotar” o próprio Bolsonaro em favor das vítimas de trama de morte,  ou seja, o presidente Lula e o seu dileto parceiro do STF, ministro A. de Moraes. 

Esta questão é matéria de ordem pública.

No caso de haver resistência dos ministros enquadrados como suspeitos ou impedidos de participarem do julgamento do Bolsonaro e de outros indiciados/réus, é dever do Senado julgar os ministros recalcitrantes pelo descumprimento do Código de Processo Civil, dentro da competência privativa conferida ao Senado para julgar ministros do Supremo Tribunal Federal (art.52, II CF   c/c arts.do NCPC).

Senhores Senadores, apaguem o estopim desta bomba, ou responsabilizem-se, pelo caos. 

Outra interpretação que se tente aceitar o papel de juiz e vítima, simultaneamente, do relator A.Moraes deve considerar que o nosso Estado Democrático de Direito consagra em sua Constituição Federal a decretação de Estado de Sítio e fornece os meios para o emprego das Forças Armadas em ações próprias de Garantia da Lei e da Ordem. Isto repele a hipótese de ter havido golpe contra a democracia. 

A convulsão popular causada pela negativa em apurar fortes indícios de fraude na eleição de 2022, foi motivo para o ex-presidente Bolsonaro submeter em reunião no Palácio do Planalto às Forças Armadas o emprego do art.142 da CF, que negaram e nada mais aconteceu. 

Não houve crime nisso, mas dever do presidente em cogitar tal medida de segurança pública. O mais, é narrativa persecutória para por na prisão o inimigo máximo do plenipotenciário ministro relator do STF. 

Deflagrar o preceito constitucional de Garantia da Lei e da Ordem – GLO é prerrogativa de presidente da República em defesa da segurança pública do Estado. Reuniões para estudo de sua aplicação não podem ser tratadas por golpe antidemocrático.  

Caxias do Sul, 30.11.2024

Capa Dura

 As redes sociais, inclusive materiais do Google, desta manhã, viralizam informações passadas pela Polícia Civil do RS,tentando incriminar diretamente o prefeito Sebastião Melo no escândalo milionário desvendado pela RBS e ocorrido na secretaria municipal da Educação.

A Polícia e a RBS já tinham levantado sigilos para incriminar o filho do prefeito, Pablo Melo.

Desta vez, a polícia civil estadual vazou mensagens de WhatsApp trocadas entre o prefeito Melo e a então secretária, Sônia Rosa, que chegou a ser presa e teria acertado delação premiada.Numa delas, Melo ordenou

- É minha a palavra final sobre os gastos da Smed. Este grupo aqui é um grupo bastante restrito, mas é o grupo da educação que tem que fazer as coisas acontecerem. Eu quero todas as divergências do mundo neste grupo. O que nós acertarmos aqui ‘tá’ acertado, e a palavra final sempre será minha. Eu sou o gestor da cidade e fui escolhido pelo povo. Vocês todos opinam, eu sou o prefeito mais democrata do mundo, mas, quando decido, está decidido.

Sebastião Melo não está entre os alvos da Capa Dura, mas o TCE investiga-o no mesmo caso.

Segundo a Polícia Civil, “as práticas ilícitas resultaram em compras no valor total de R$ 58 milhões

Nota dos prefeitos

 O patético Pacote de Corte de Gastos do governo federal nomeado lulopetista, que este editor vem chamando desde o início de esquizofrênico Pacote de Corte de Gastos e de Aumento de Despesas, dificilmente chegará inteiro ao Congresso, mas caso desembarque lá na sua integralidade, será fatiado como carne ruim.

A reação não é apenas de quem sabe fazer contas, portanto do mercado financeiro, mas também de agentes públicos responsáveis, como os prefeitos. 

O Pacote de Corte de Gastos e de Aumento de Despesas é o perfeito samba do crioulo doido.

O governo federal nomeado lulopetista quis fazer média com sua vanguarda do atraso, toda ela de esquerda bolorenta, e enfiou no pacote o benefício da  ampliação da taxa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.

É evidente que o benefício reduzirá a arrecadação e com isto desequilibrará ainda mais as contas públicas. Na prática é um aumento das despesas.

Nesta sexta-feira, por exemplo, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou nota com críticas à proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, isto porque o impacto nas contas dos municípios do país será superior a R$ 20 bilhões. O impacto para as prefeituras ocorre em função da arrecadação direta do imposto nos salários dos servidores e da fatia do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A nota da FPM bate duro no fígado do governo lulopetista gastador:

- É novamente propaganda com chapéu alheio, tendo em vista que boa parte dos impactos dessa proposta será sentida pelos entes locais.

Dívida pública

A Dívida Pública Federal (DPF) subiu em outubro e voltou a ficar acima de R$ 7 trilhões, pela primeira vez desde agosto. Segundo números divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 6,948 trilhões em setembro para R$ 7,073 trilhões no mês passado, alta de 1,8%.

A Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 5,82%, passando de R$ 307,34 bilhões em setembro para R$ 325,22 bilhões no mês passado. A alta foi puxada pela valorização do dólar, que subiu 6,05% no mês passado. O dólar começou a disparar em junho, influenciado pelo atraso no início da queda dos juros nos Estados Unidos e pelas eleições no país.

Composição

Por causa da demanda por títulos vinculados à Selic, a proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos subiu de 45,33% em setembro para 45,91% em outubro. A revisão do PAF prevê que o indicador feche 2024 entre 44% e 47%, contra estimativa anterior de 40% a 44%. Esse tipo de papel atrai o interesse dos compradores por causa do nível alto da Taxa Selic. O percentual pode subir ainda mais nos próximos meses por causa da perspectiva de alta nos juros básicos da economia.

No início do ano, o Tesouro tinha voltado a lançar mais papéis prefixados. No entanto, a volta das instabilidades no mercado comprometeu as emissões, porque esses títulos têm demanda menor em momento de instabilidade econômica e de alta nos juros.



O STF quer regular as redes sociais porque quer censurar o povo

Os 11 ministros do STF jogaram para a semana que vem a conclusão do julgamento que fazem de aões promovidas por renegados políticos, mas que contam com o apoio escrachado da grande mídia, Globo à frente, destinadas a impor censura a qualquer tipo de conteúdo que seja publicado na internet.

A tendência desses modernos Torquemadas do STF, é impedir a liberdade de expressão, nem que para isto tenham que novamente usurpar prerrogativas do Legislativo.

É prova disto o ataque feroz que fizeram, ontem, por exemplo, os ministros Dias Toffoli e o onipresente Alexandre de Moraes. Eles deixaram claro que votarão pela derrubada do artigo 19 do Marco Civil da Internet, peça fundamental para a garantia da liberdade de expressão no Brasil. 

Moraes voltou a dizer que as redes sociais são terra de ninguém e que é preciso regulá-las. Não é verdade, porque elas ja são reguladas pelo Marco Civil da Internet, em contar que existe ampla legislação regulando o que transita por ali, como a Lei Geral de Proteção de Dados, os Códigos Civil e Penal, sem falar na própria Constituição.

Eles estão é com medo do povo, da tia do zap e da avó do zap. Hoje, com 220 milhões de habitantes, o Brasil conta com 240 milhões de celulares e 170 milhões deles são usados para navegar pela internet, onde se fica sabendo de tudo. As redes sociais quebraram o monopólio da informação. Nela, na internet, o domínio completo é do povo de corte ideológico mais conservador. A esquerda ainda não saiu da idade da pedra analógica e apanha para valer da direita digitalmente preponderante.

É bom lembrar que o Marco Civil da Internet foi proposta pelo governo Dilma, do PT, que neste governo federal nomeado lulopetista, agora, tenta desmantelá-lo. Não me deixa mentir o advogado-geral da União, Jorge Messias, que defendeu a inconstitucionalidade do artigo, sob o falso argumento de que o dispositivo favorece a manutenção da desinformação. Um erro crasso ou de má fé, porque contrasta com a defesa histórica do artigo 19 como um modelo eficaz para proteger a pluralidade, permitindo que decisões sobre remoção de conteúdo passem pelo crivo judicial, em vez de ficarem nas mãos das plataformas ou de notificações privadas.

O julgamento, que discute a constitucionalidade desse dispositivo, começou nesta semana e pode culminar na responsabilização das plataformas digitais por conteúdos de terceiros mesmo sem decisão judicial prévia. Para críticos, a mudança ameaça o equilíbrio entre liberdade e moderação, prejudicando o ecossistema democrático da internet brasileira.

A possível derrubada do artigo 19 desperta preocupações sobre censura preventiva e o enfraquecimento do jornalismo independente. Sob um modelo em que notificações extrajudiciais possam obrigar a remoção de conteúdos, há o risco de que plataformas ajam de forma automática e indiscriminada, eliminando conteúdos legítimos por medo de represálias legais. Isso ameaça especialmente as vozes dissidentes e críticas, que encontram na internet um espaço para questionar os grandes conglomerados midiáticos e o poder político.

A experiência internacional, frequentemente citada como justificativa para a mudança, é muito distinta da realidade brasileira. Na União Europeia, por exemplo, há uma comunicação pública robusta e menos desigualdade no acesso à informação. No Brasil, a dependência das plataformas digitais como meio de expressão torna o artigo 19 ainda mais relevante para a proteção da democracia e da pluralidade.

Desde sua criação, o Marco Civil da Internet tem sido um marco global no equilíbrio entre liberdade de expressão e responsabilidade. O artigo 19, em particular, garante que a moderação de conteúdos seja conduzida com critérios claros, evitando censura arbitrária e garantindo que plataformas não sejam responsabilizadas indevidamente por conteúdos de terceiros.

Essa estrutura tem permitido que a internet brasileira se mantenha como um espaço plural e democrático, enquanto oferece mecanismos para coibir abusos, sempre com respaldo do Judiciário. Derrubar o artigo significaria retroceder nesse equilíbrio, colocando em risco conquistas essenciais para o debate público.




Mantovanis querem se retratar

  A defesa do casal acusado de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto de Roma, na Itália, em 2023, protocolou um pedido de retratação na Corte. Em julho deste ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao STF o casal Roberto Mantovani Filho e Andrea Mantovani e o genro deles, Alex Zanatta, pelos crimes de injúria e calúnia.Segundo a procuradoria, os acusados ofenderam Moraes com xingamentos de "bandido", "comprado", "comunista" e "ladrão" e "fraudador das eleições". As ofensas ocorreram quando o ministro, a esposa e três filhos estavam na sala de embarque do aeroporto.

No pedido enviado ao Supremo, os advogados informam que os denunciados desejam se retratar com as vítimas.

A solicitação será analisada pelo ministro Dias Toffoli, relator do caso.

A retratação em processos de crimes contra a honra é uma estratégia jurídica permitida pela lei penal para encerrar o processo antes da sentença. Se a retratação não for aceita pelo relator, os acusados irão a julgamento e poderão ser condenados.


A verdade sobre a mina de urânio da China, que não é de urânia, mas de estanho

1. A CHINA é a maior consumidora mundial de estanho, contemplando cerca de 50%

do mercado. O mineral é usado para embalagens metálicas, soldas, componentes

eletrônicos (semicondutores, sensores e telas sensíveis ao toque); além de ser 1

(um) componente essencial do bronze e para revestimentos de outros metais, como

aço, protegendo-os da corrosão.

2. O estanho é, também, aplicado em tintas, vernizes, cremes dentais, como aditivo

para estabilização térmica na indústria plástica e catalisador para espumas de

poliuretano e silicones.

3. Em 27 Nov 24, foi anunciada a compra, por U$ 340 milhões, da MINERADORA

TABOCA, em tese a maior produtora de estanho refinado1 do País. A MINERADORA

TABOCA é 1 (uma) ex-subsidiária da PARANAPANEMA, companhia que estava

desde 2008 sob controle da empresa peruana MINSUR, 1 (uma) das principais

produtoras de estanho do mundo e associada ao fundo PROFUTURO AFP,

controlado pelo banco canadense SCOTIABANK.

4. De fato, o que se verifica agora é que a MINERADORA TABOCA e, principalmente,

a sua mina de PITINGA (Foto 01), que também contém NIÓBIO e TÂNTALO

associados, está sob o controle financeiro da CHINA NONFERROUS MINING

METAL COMPANY (CNMC)2, estatal chinesa que também está presente no IRÃ, na

RDC e na ZÂMBIA. A CNMC é, portanto, 1 (um) importante braço econômico do

PARTIDO COMUNISTA CHINÊS, que garante o fornecimento internacional de um

minério essencial e estratégico para a expansão industrial chinesa.


5. A CNMC ganhou notoriedade internacional por 1 (uma) das iniciativas mais

polêmicas no exterior, envolvendo projetos em território iraniano3, o que fez a

companhia ser incluída na lista de empresas sob vigilância dos ESTADOS UNIDOS

DA AMÉRICA (EUA) por negócios em setores sensíveis do regime dos aiatolás, como

petróleo/gás, nuclear e militar.

6. A CNMC é proibida de atuar em território dos EUA, inclusive, figurando nas

“blacklists” de vários estados estadunidenses como o MISSISSIPI, IOWA, FLÓRIDA

e ALASCA.

7. A CNMC também consta da lista de observação da “Human Rights Watch”4 (HRW),

por supostamente ter cometido “abusos persistentes” em suas atividades na extração

de cobre na ZÂMBIA. Há registros de acidentes trabalhistas, violações das leis locais

e até denúncias de agressões de trabalhadores por parte de gerentes chineses da

companhia. Em relatório da HRW lê-se: “

...o desrespeito da CNMC aos padrões

trabalhistas e de segurança locais e internacionais deve ser uma bandeira vermelha

para potenciais investidores no setor de cobre da Zâmbia...

.

8. A CNMC também está envolvida em polêmica em MYANMAR, onde a empresa

opera com outras 2 (duas) mineradoras chinesas. Em 2002, dados financeiros

vazados no escândalo “DDo Secrets” 5 revelou 1 (um) esquema de financiamento

oculto da campanha de terror dos militares, com escoamento de recursos da

exploração das minas em montante superior a US$ 700 milhões.

9. Em 2024, a CNMC foi eleita destaque como uma das empresas do setor mineral,

na categoria inovação e tecnologia de médio porte. Além da mina de PITINGA, em

PRESIDENTE FIGUEIREDO/AM, a empresa opera uma unidade de metalurgia em

PIRAPORA DO BOM JESUS/SP, onde processa o concentrado extraído da

supramencionada mina. Em 2023, a empresa produziu mais de 5,3 mil toneladas de

estanho refinado, obtendo receita de US$ 256 milhões.

10. A CNMC também já foi alvo de várias denúncias da comunidade indígena de

WAIMIRI-ATROARI, uma vez a que a mina de PITINGA é vizinha à terra indígena.

Em 2021, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) pediu a suspensão do

lançamento de rejeitos nas barragens de TABOCA, que estariam transbordando para

os rios devido às chuvas. A principal barragem de TABOCA é 4 (quatro) vezes maior

que a de BRUMADINHO. A mineradora tem 8 (oito) barragens em operação e 7 (sete)

desativadas, com 53 milhões de metros cúbicos de resíduos, sem manta

impermeabilizante.


 5. A CNMC ganhou notoriedade internacional por 1 (uma) das iniciativas mais

polêmicas no exterior, envolvendo projetos em território iraniano3, o que fez a

companhia ser incluída na lista de empresas sob vigilância dos ESTADOS UNIDOS

DA AMÉRICA (EUA) por negócios em setores sensíveis do regime dos aiatolás, como

petróleo/gás, nuclear e militar.

6. A CNMC é proibida de atuar em território dos EUA, inclusive, figurando nas

“blacklists” de vários estados estadunidenses como o MISSISSIPI, IOWA, FLÓRIDA

e ALASCA.

7. A CNMC também consta da lista de observação da “Human Rights Watch”4 (HRW),

por supostamente ter cometido “abusos persistentes” em suas atividades na extração

de cobre na ZÂMBIA. Há registros de acidentes trabalhistas, violações das leis locais

e até denúncias de agressões de trabalhadores por parte de gerentes chineses da

companhia. Em relatório da HRW lê-se: “

...o desrespeito da CNMC aos padrões

trabalhistas e de segurança locais e internacionais deve ser uma bandeira vermelha

para potenciais investidores no setor de cobre da Zâmbia...

.

8. A CNMC também está envolvida em polêmica em MYANMAR, onde a empresa

opera com outras 2 (duas) mineradoras chinesas. Em 2002, dados financeiros

vazados no escândalo “DDo Secrets” 5 revelou 1 (um) esquema de financiamento

oculto da campanha de terror dos militares, com escoamento de recursos da

exploração das minas em montante superior a US$ 700 milhões.

9. Em 2024, a CNMC foi eleita destaque como uma das empresas do setor mineral,

na categoria inovação e tecnologia de médio porte. Além da mina de PITINGA, em

PRESIDENTE FIGUEIREDO/AM, a empresa opera uma unidade de metalurgia em

PIRAPORA DO BOM JESUS/SP, onde processa o concentrado extraído da

supramencionada mina. Em 2023, a empresa produziu mais de 5,3 mil toneladas de

estanho refinado, obtendo receita de US$ 256 milhões.

10. A CNMC também já foi alvo de várias denúncias da comunidade indígena de

WAIMIRI-ATROARI, uma vez a que a mina de PITINGA é vizinha à terra indígena.

Em 2021, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) pediu a suspensão do

lançamento de rejeitos nas barragens de TABOCA, que estariam transbordando para

os rios devido às chuvas. A principal barragem de TABOCA é 4 (quatro) vezes maior

que a de BRUMADINHO. A mineradora tem 8 (oito) barragens em operação e 7 (sete)

desativadas, com 53 milhões de metros cúbicos de resíduos, sem manta

impermeabilizante.

Prefeitura estabelece prazo para divulgação dos currículos dos ocupantes de cargos de chefia e direção

 A Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria de Transparência e Controladoria (SMTC), encaminhou um ofício, na tarde desta quinta-feira, 28, solicitando que as pastas confiram publicidade aos currículos dos ocupantes dos cargos de chefia e direção do Poder Executivo Municipal, até o dia 6 de dezembro. A ação cumpre uma ordem de serviço assinada pelo prefeito em exercício em 18 de outubro deste ano.

A divulgação dos currículos segue uma determinação do Programa Time Brasil, criado em 2019 pela Controladoria-Geral da União (CGU) para auxiliar estados e municípios no aprimoramento da gestão pública e no combate à corrupção. A iniciativa possui três eixos: Transparência, Integridade e Participação (TIP). 

“A publicidade dos currículos é importante porque promove a divulgação, em local de fácil acesso, de informações de interesse coletivo” conclui o titular da SMTC Gustavo Ferenci.

De acordo com Débora Roesler, diretora técnica da Procempa, este fluxo de atualização será automatizado em Porto Alegre através de ferramenta desenvolvida pela empresa de tecnologia, dando agilidade e transparência ao processo.

Opinião do editor - Saiba por que razão Bolsonaro deve buscar asilo político nos Estados Unidos

Até as pedras das ruas sabem que estes inquéritos, indiciamentos, denúncias e julgamentos em curso contra oposicionistas, seus simpatizantes e líderes, visam ao final e ao cabo meter Bolsonaro na cadeia, retirando-o de circulação e manter o atual sistema de dominação dos Donos do Poder, que é como o jurista gaúcho Raymundo Faoro classificava aquilo que os brasileiros já se acostumaram a chamar de Sistema e que o editor deste blog chama de Eixo do Mal.

Depois de 5 anos de continuadas perseguições, o ministro Alexandre de Moraes e a sua Polícia Política finalmente pariram um rato, ou seja, concluíram um inquérito para pegar Bolsonaro.

Nesta terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes mandou para a Procuradoria Geral da República o inquérito resultante daquilo que a Polícia Política chama de Operação Contragolpe. Caberá à PGR fazer transformar os 37 indiciamentos em 37 denúncias para que os magistrados do STF julguem e condenem. No STF, mesmo sem saber se a PGR fará ou não as denúncias, e é claro que fará, o presidente da Corte já deixou claro que o julgamento não será feito pelo pleno dos 11 ministros, mas pelos 5 ministros da 1a. Turma, porque nela não estão André Mendonça e ...., que foram nomeados por Bolsonaro.

É tudo jogo de cartas marcadas.

Bolsonaro e seus 36 companheiros da lista de indiciados pela Polícia Política e daqui a pouco denunciados pela PGR, sabem que nem de longe o devido processo legal foi, é e será respeitado.

O que pode ser feito ?

Eu já comentei aqui que dentro do que resta de respeito ao arcabouço jurídico brasileiro, nada impedirá o desfecho fatal, já que o nosso estado democrático de direito foi fraturado por uma verdadeira ditadura do Judiciáraio.

Neste caso, as alternativas colocam-se exclusivamente no campo político.

Uma delas é pressionar politicamente o Congresso para que decrete anistia ampla, geral e irrestrita, o que até poderá acontecer, porque as condições objetivas e subjetivas estão cada vez mais favoráveis, sendo que a principal delas é a eleição iminente do novo presidente da Câmara, que precisa dos votos do PL de Bolsonaro e este usa o pedido de anistia como moeda de troca. É bom lembrar que o PL e a oposição, além disto, fortaleceram-se tremendamente com a derrota que impuseram nas urnas municipais a todo o Eixo do Mal, incluídos aí o PT, Lula e o STF, além da grande mídia. 

Mas não só, porque Donald Trump vem aí.

E a outra alternativa mais viável ?

O exílio, por supuesto.

Bolsonaro sabe que A. de Moraes e seus comparsas podem atropelar tudo a qualquer momento ou, em último caso, podem esperar pelo julgamento e pela condenação. 

Hoje, quinta-feira, ele examinou esta hipótese e não descartou pedir asilo no caso da decretação da sua prisão for iminente.

É a primeira vez que Bolsonaro admite virar asilado político.

Neste momento, 400 brasileiros estão asilados em Países amigos.

Agora mesmo, o presidente eleito da Venezuela, roubado vergonhosamente no processo eleitoral recente, tudo por parte de um Poder Judiciário que presta vassalagem ao regime autoritário da Venezuela, asilou-se na Espanha e batalha por tomar posse.

É possível que Bolsonaro peça asilo na embaixada dos Estados Unidos e participe da posse de Donald Trump no dia 20 de janeiro, mas na condição de exilado político, isto no caso do governo federal nomeado lulopetista conceda-lhe autorização para sair da embaixada.

Nem seria a primeira vez que um grande líder político brasileiro busque proteção diplomática nos Estados Unidos, tudo depois de ser perseguido pelo regime. O caso mais recente foi do ex-governador Leonel Brizola. Expulso do Uruguai, onde estava exilado, em setembro de 1977 Brizola conseguiu refúgio nos Estados Unidos.

E nunca abandonou a batalha política e seus seguidores.

Perón fez o mesmo na Argentina, mas seu refúgio foi na Espanha.

Nos dois casos, Brizola e Perón, voltaram nos braços do povo para tomar o Poder pela via eleitoral.

Ora, desta forma, não tem por que razão Bolsonaro não fazer o mesmo, escapando as garras persecutórias odientas do regime autoritário brasileiro, buscar ailo nos Estados Unidos e em 2026 voltar nos braços do povo para tomar o Poder pela via eleitoral.


Câmara reage a ameaças da PF e STF

  O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, avisou, ontem, que a Casa irá “aos últimos limites” para que “responda por abuso de autoridade quem infringir a capacidade dos parlamentares”.

É um ataque direto à Polícia Federal e ao STF, que abriram inquérito e querem meter na cadeia os depuçtadosMarcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB),. Ambos foram indiciados pela Polícia Federal por pronunciamentos no plenário da Câmara.Marcel mostrou fotos do delegado federal Fábio Scohr e disse que ele é o cão de guarda do ministro Moraes e produziu relatórios fraudulentos para incriminar Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro..

O que disse o presidente da Câmara:

- Não é para agredir e nem para enfrentar ninguém. Agora a Casa, na sua procuradoria, na sua advocacia, vai chegar aos últimos limites para que respondam por abuso de autoridade quem infringir a capacidade dos parlamentares nessa Casa, seja eles quais forem. O Parlamento não é e não pode ser alvo de ingerências externas que venham a coibir o exercício livre do mandato. Não permitiremos retrocessos que ameacem essa garantia fundamental. Essa Casa tomará todas as medidas garantidas pela Constituição Federal e pela lei para defender as prerrogativas parlamentares notadamente dentro do próprio Parlamento.”

Livro 27/11/2024

  Livro 26/09/20245

Anterior: Livro 11/9/24
Anterior: Livro 26/09/2024

Capítulo I
(examinar outro título mais impactante) 


Promotor Luciano Vaccaro
Gabriel, o que o senhor sabe sobre esses fatos que estão sendo imputados ao Jornalista Polibio Braga.

Gabriel Galli Arévalo, funcionário do gabinete da Deputada Federal do PSOL, Fernanda Melchionna, e representante da ONG Somos, testemunha do Promotor e um dos autores do Boletim de Ocorrência registrado na Polícia.
Olha, eu sei que no dia 18 de maio de 2021, o jornalista Políbio Braga fez uma publicação no blog dele registrando a iluminação que o Palácio, que o Governo do Estado realizou no palácio Piratini, né, em relação à alusão a um dia de combate à LGBTfobia. Essa é uma data bastante importante para o movimento LGBT porque marca a saída da caracterização da homossexualidade como uma doença dos registros da Organização Mundial da Saúde. E, nesse texto opinativo que o senhor Políbio realizou nesse blog, ele utilizou uma serie de termos que, na minha compreensão e da organização a que eu faço parte, ONG Somos, que trabalha há 20 anos na defesa e na luta por direitos humanos, tem uma conotação LGBTfóbica. E essas conotações, elas aparecem de forma, na nossa interpretação, propositalmente camufladas, mas que ficam evidentes o teor homofóbico quando faz uma serie de brincadeiras de certa forma com a própria homossexualidade do governador do Estado de cunho vexatório e também quando relaciona a homossexualidade com outras práticas sexuais ou outras, até questões que vão para um cunho de patologia ou doença mental como a zoofilia, pedofilia, né. Fazendo uma associação que é bem clássica e bem conhecida do movimento LGBT, quando tentam nos caracterizar como pessoas sujas e perversas, né (A conceituação que ele concede ao termo “homossexualismo” é própria, pessoal, e não tem nada a ver com o sentido etimológico e legal do termo – veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade). Então esse texto ele passa dessa forma e, na nossa compreensão, enquanto jornalista o senhor Políbio Braga assume a posição de disseminar conteúdo discriminatório quando ele faz esse texto. Não é a primeira vez que ele se comporta dessa forma né, por isso também que eu me motivei a prestar essa denúncia, porque nós acreditamos que é de interesse público que esse tipo de comportamento seja pausado. Hoje mesmo houve comentários no blog dele a respeito de como mulheres trans tiram o lugar de pessoas, de outras mulheres no esporte, enfim, sei que não é o conteúdo, não é o caso aqui do que está sendo analisado por essa Vara. Mas eu cito aqui que é uma pessoa que é conhecida por disseminar conteúdos que, na nossa compreensão, podem ser entendidos enquanto discriminatórios e nós entendemos que a partir do momento que o STF define que a homofobia é um crime, nós entendemos que isso deveria ser classificado dessa forma então. 

Promotor Luciano Vaccaro
Só, desculpa te interromper, mas desculpa, eu posso ser ignorante, mas eu também uso a expressão homossexualismo. Eu não sabia que isso não é admitido pela associação de vocês. Me desculpa. Então é uma interpretação sua de que ele agiu dessa forma? Como é que o senhor pode dizer que o fato dele ter usado homossexualismo é de cunho discriminatório homofóbico? Porque eu mesmo uso essa expressão e confesso aqui minha total ignorância, eu estou surpreso. Desculpa.


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Na época, 2021, este então servidor (CC ou Cargo em Comissão) do gabinete da Deputada Federal Fernanda Melchionna, Psol, no caso Gabriel Galli Arévalo, Diretor Operacional da ONG Somos, que é também Jornalista, foi a única testemunha arrolada pela Promotora Ivana Machado Moraes Battaglia ao acolher indiciamento pedido pela Delegada Andrea Matos e denunciar-me perante a 11a. Vara Criminal do Foro de Porto Alegre por crime de homofobia. 

Mais tarde,  Jornalista e Mestre em Comunicação, Galli Arévalo foi ouvido em audiência no dia 20 de junho de 2022 pela juíza Quelen Van Caneghan, que não só acolheu as acusações feitas no inquérito policial conduzido em tempo recorde pela Delegada Andrea Mattos, como ampliou os ataques e condenou o editor a 2 anos de cadeia, mais multa exorbitante.

Galli Arévalo e seu companheiro da ONG Somos, Carlos Cesar Klein, registraram BO, Boletim de Ocorrência, no dia 18 de maio de 2021, dois dias depois Mattos instaurou o inquérito, 5 dias mais tarde ouviu Carlos Klein e a mim mesmo, sendo que um mês depois concluiu sua tarefa com meu indiciamento, acolhido em seguida pelo Ministério Público Estadual, que sequer quis me ouvir.

A partir daí, o Ministério Público Estadual e o aparato oficial e oficioso do PSOL, com ênfase para as Deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna, abriram um campanha pública de calúnias, injúrias e difamações contra mim, usando todo o arsenal conhecido de assassinatos de reputação que a esquerda costuma empunhar contra seus desafetos, inclusive com investida direta e bem sucedida de intimidação de anunciante do blog www.polibiobraga.com.br, levando a cancelamentos de contratos de publicidade, com ênfase para o cliente Assembleia do RS, causando-me graves prejuízos financeiros.

As duas representantes do PSOL, do mesmo Partido ao qual pertenceu Adélio Bispo antes de tentar assassinar o Presidente Jair Bolsonaro, não conseguiram e nem conseguem arranhar a reputação de ninguém, embora tentem isto de forma recorrente.

Desde a redemocratização, líderes e liderados de Governos e Partidos de corte ideológico comunista, como PT, PCdoB e PSOL, tentam sem sucesso na maioria esmagadora dos casos, mas com sucesso em outras situações de menor impacto, não apenas me meter na cadeia, como, sobretudo, retirar minhas condições de trabalho, meu patrimônio e minha reputação.

Esta é a escalada que as lideranças lulopetistas empreendem há 38 anos (ano base 1988 e ano examinado de 2024))contra mim:

1) Tirar meus empregos, o que conseguiram com sucesso em empresas como RBS, Band e Caldas Júnior.

2) Meter-me na cadeia, o que não conseguiram, apesar das inúmeras ações criminais movidas ao longo dos anos posteriores à redemocratização.

3) Tomar minha renda e meu patrimônio, o que conseguiram em valores muito importantes em alguns casos expressivos.

Tentaram a mordaça social, física ou financeira, por exemplo, entre dezenas de outros reclamantes, os ex-Governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, o ex-Prefeito Raul Pont e Deputados como a própria Luciana Genro e Manuela D'Ávila, o ex-Presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal, sem contar a arraia miúda ideologicamente comprometida com a vanguarda do atraso. 

Ajudei a contar parte desta história no livro "Vanguarda do Atraso", no qual 22 Jornalistas narraram as perseguições políticas que sofreram durante os Governos do PT.

No caso da ação movida pela Promotora Ivana Battaglia, meus advogados tentaram obter Direito de Respostas às  acusações públicas do Ministério Público Estadual, todas publicadas no site da própria instituição. Foi tudo em vão, porque os pedidos foram interditados administrativa e judicialmente, prevalecendo o discurso único oficial. Nos demais casos, a busca por direito de resposta foi considerada irrelevante. Interpelações judiciais, com ênfase para os Deputados Luciana Genro e Gabriel Souza resultaram desertas.

Personagens que atuam nas sombras dos Deputados e que rechearam as redes sociais para repercutirem as falsas acusações, foram emparedados também por interpelações judiciais. Todos cessaram os ataques.

Ao longo dos 38 anos que vão da redemocratização até 2024, o pêndulo judicial não esteve apenas inclinado do lado dos falsos acusadores, porque em pelo menos dois casos memoráveis, foi preciso usá-lo para cobrar judicialmente a responsabilidade por campanhas difamatórias desfechadas contra mim em publicações de internet e que se consideravam fora do alcance dos longos braços da lei. Foram os casos de dois blogs, "Tomando na Cuia" e "Nova Corja", ambos editados por ativistas esquerdopatas. "Nova Corja" foi o capítulo mais complicado, porque mais amplo e tocado por um grupo organizado de professores e alunos da PUC do RS. 

Depois de investigações completas, consegui identificar os editores, processei-os, todos foram condenados e ao final e ao cabo, "Nova Corja" e "Tomando na Cuia" resultaram fechados para sempre.

Estes dois casos exemplares serão narrados em detalhes.

...........

Depois de condenado a 2 anos de cadeia por sentença da Juíza da 11a. Vara Criminal de Porto Alegre, Quelen Van Caneghan, dia 16 de agosto de 2022, os advogados Rafael Nunes Leal, Taís Comasseto e Isabela Muller Rocha apelaram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul no dia 3 de abril de 2023. 

No dia 23 de setembro, a 8a. Câmara Criminal  do Tribunal de Justiça concluiu inédito acórdão, anulando todo o processo e remetendo-o para a Justiça Federal, sob o básico entendimento de que o suposto crime de homofobia, conforme o alegado, ocorreu de fato no âmbito da internet, rede mundial de computadores regulada por tratados internacionais dos quais o governo federal brasileiro é signatário. 

Mas não só.

No dia 26 de março de 2024, o Procurador Federal Felipe Souza, acionado pelo Juiz Federal Guilherme Beltrami, que recebeu o caso, ignorou a discussão sobre o foro adequado, considerando fato vencido, e foi diretamente ao ponto, fulminando o conteúdo e os termos do inquérito, da denúncia e da sentença. 

Souza pediu o arquivamento da ação. 

Simples assim.

O Juiz Federal Guilherme Beltrami, no mesmo dia, arquivou o processo, que transitou em julgado.

Todos os atores que participaram da orquestração ilegal pagarão pelo que fizeram, menos a Delegada Andrea Mattos, que morreu antes de responder em juízo e fora dele pelas acusações infundadas.

Ao fim e ao cabo, prevaleceu esta manifestação inequívoca a favor da liberdade de expressão, portanto também de imprensa, traduzida em letra de forma pelo Procurador Federal Felipe Souza, tudo no dia 26 de março de 2024:

- Ouso divergir do Ministério Público Estadual doRS e não vislumbrar no texto indução ao pensamento discriminatório, tampouco incitação ao preconceito e discurso de ódio (....) O trecho não contém nenhum tipo de argumentação encadeada (...) Não me parece adequado, quando da formulação da denúncia, pretender emprestar a quaisquer manifestações públicas a pior interpretação possível, capaz de vislumbrar nelas intento criminoso (...) Pelo contrário, a liberdade de expressão é direito fundamental e deve ser ao máximo prestigiada (...) Sendo compatível com a Gramática e a Lógica, mais consentâneo com a dita liberdade, afigura-se-me tentar ler qualquer postagem pública de forma dar ao texto interpretação que não o leve a ser criminializado (...) Tendo sido feita in bonam partem, afasta o caráter criminoso que lhe irrogou o MP-RS).

Fundamentos legais

A acusação

A longo dos 3 anos de tramitação da ação criminal, a Delegada Andrea Matos, a Promotora Ivana Battaglia e a Juíza Quelen Van Caneghan, todas mulheres e operando na primeira instância da Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, esgrimiram reduzidíssimo arsenal de disposições legais, todo ele fulminado pelo juízo competente, que não era o delas, na fase final, pela Justiça Federal:

- ADO 26, nos termos do artigo 20, parágrafo 2o da lei 7.716/89.

Trata-se de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, que tornou efetiva a criminalização específica de todas as formas de homofobia e transfobia, como poderia tornar efetiva a criminalização de qualquer outro objeto, conforme o que bem entendesse a Corte, que, aliás, tem feito isto a partir de abril de abril de 2019, quando censurou a revista eletrônica Crusoé, primeira vítima do escabroso inquérito das fake news. O objeto direto da ação movida no STF foi declarar a inconstitucionalidade na falta de lei que punisse a ação discriminatória contra pessoas LGBTQIA+. A Corte acolheu a ação, desconsiderando o fato de que o constituinte de 1988 não incluiu a questão na Carta Magna porque não quis fazê-lo, por não considerar a existência de crime, o que também não quiseram fazer os legisladores federais a partir dali. O constituinte e o legislador ordinário, entenderam e entendem que ofensas de gênero estão suficientemente tipificadas no Código Penal, quando ele trata dos casos de calúnia, injúria e difamação.

A defesa

Os Advogados de Defesa invocaram proteção constitucional, inclusive jurisprudência e dispositivo do Código de Processo Penal, todos garantidores do livre direito de expressão:

- Artigo 220 da Constituição Federal  e tudo que se vincula ao art. 5o, IV, V, X,XIII E XIV, ADPF 1287 sobre livre pensamento, Artigos 395 e  396 e  do Código de Processo Penal.

Tudo começou a mudar quando os Advogados de Defesa Taís Comasseto e Rafael Nunes Leal apelaram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que decidiu por unanimidade fulminar todo o processo judicial, mantendo apenas os termos do inquérito policial, já que o caso teria que ser remetido para a Justiça Federal, tudo com base no artigo109, V, da Constituição Federal.

O Juiz Federal Guilherme Beltrami mandou ouvir o Ministério Público Federal, que repeliu as acusações, defendeu a aplicação do Artigo 5o da Constituição Federal, já que foi caracterizada a garantia constitucional do princípio da liberdade de expressão, portanto também de imprensa. Além disto, o Procurador Federal Felipe de Souza não quis sequer levar o caso a julgamento, pedindo o arquivamento de tudo.

Na decisão final de aceitar o pedido de arquivamento, o Juiz Federal considerou que não teria outra alternativa senão basear a sentença final no acolhimento do disposto na Lei 13.964/19e  nos Artigo 18 e  28 do Código de Processo Penal, considerando que o Ministério Público Federal é o titular da ação penal em curso, reforçando assim o perfil acusatório do processo penal brasileiro.


CAPÍTULO II

A defesa da liberdade de expressão, mais especificamente a liberdade de imprensa, é uma das principais batalhas destes tenebrosos anos do Século XXI, como já foi antes, nos séculos anteriores, desde que Gutenberg, 1439, inventou sua galáxia de tipos móveis e que deu início à revolução da imprensa, fundamental no desenvolvimento da Renascença, da Reforma e da Revolução Científica, tudo que lançou as bases materiais para a moderna civilização, baseada no conhecimento e na disseminação em massa da informação, o que inclui a aprendizagem em larga escala.

No século XXI, como no Século XV, os poderosos de plantão operam de modo sutil ou descaradamente para impor mordaças aos meios, às mensagens e até a eliminação dos mensageiros que os desagradam.

Foi em tudo que isto que pensei ao me dirigir ao interrogatório exigido pela jovem e bela Delegada Andrea de Melo da Rocha Mattos Reschke, a primeira ocupante da então novíssima Delegacia de Combate à Intolerância, inaugurada com grande pompa e circunstância pelo Governador Eduardo Leite, logo no início do seu primeiro mandato. A nova Delegacia e Andreia foram imediatamente paparicados pela mídia tradicional e também por toda a vanguarda do atraso. Uma romaria de políticos comunistas foi prestigiar pessoalmente a Delegada. Dou ênfase para a visita da Deputada do PSOL, Luciana Genro. Ambas, sorridentes, tiraram foto na porta da Delegacia. O deputado estadual do PT, Leonel Radde, entregou-lhe a Medalha do Mérito Farroupilha. 

Morreu em São Paulo, nesta sexta-feira (2/9), aos 74 anos, vítima de uma embolia pulmonar, o ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, que foi delegado federal e procurador da República antes de se tornar magistrado. Ele, que estava internado em um hospital da capital paulista, será cremado em cerimônia exclusiva para amigos e familiares. O ex-juiz deixa cinco filhos.


Reprodução

Ex-juiz João Carlos da Rocha Mattos morreu nesta sexta-feira, em São Paulo

Reprodução 

Rocha Mattos deixou a magistratura depois de ter sido alvo de inquérito que apontou um esquema de venda de sentenças judiciais. Ele já havia sido condenado anteriormente por corrupção e formação de quadrilha. 

O Advogado Pedro Lagomarcino foi quem me acompanhou até o acanhado prédio da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, instalada em enxutas, espartanas e novíssimas instalações no bairro Floresta, a poucos minutos do Centro Histórico de Porto Alegre.

Chegamos no horário, 14h.

A Delegada Andrea Mattos chegou mais tarde. Ela se desculpou. Na época, eu ainda não sabia que a Delegada já lutava contra um câncer que poucos anos depois a mataria.

Não houve troca de gentilezas, porque o escrivão de plantão já anotava os primeiros dados preparatórios ao interrogatório.

Na parede da sala onde eu e o Advogado respondíamos ao questionamento da Delegada, percebemos uma placa com esta advertência ilegal e  canalha, colocada como aviso na parede:

- Seu silêncio pode ser interpretado como culpa.

O silêncio nesta fase de interrogatório policial é garantido por qualquer legislação penal de países civilizados, inclusive Brasil, e nem de longe pode ser tomado como confissão de culpa.

Mais tarde, representamos contra a ilegalidade.

Aquele início da tarde do dia 25 de março de 2021, pareceu tão sombrio quanto os dias que o antecederam e sucederam, tudo porque Porto Alegre, o Rio Grande do Sul, o Brasil e o mundo todo estavam assombrados pela pandemia da Covid-15.

Eu me apresentei propositadamente com uma máscara respiratória protetora semi-facial Epi com 2 filtros, não só pelo risco de contrair o vírus, mas também porque sempre considerei tóxicos os ambientes de delegacias policiais, salas de audiências e cárceres em geral, tudo por experiência própria.

Não chovia na Capital, naquele momento, 14h. Segundo o Inmet, os termômetros marcavam 12,4o e a pressão atmosférica batia em 1.015,7, mas nuvens negras ameaçavam a iminência de chuvas sobre Porto Alegre.

Antes mesmo do interrogatório conduzido pela Delegada Andrea Matos, o escrivão fez algumas perguntas de praxe, avisando que  eu seria ouvido como suspeito e teria direito a permanecer calado. Em seguida, ele perguntou:

- O senhor já foi preso anteriormente ?

Claro que sim. E não foi apenas uma vez. Eu conto minhas prisões políticas durante o regime militar no livro "Ahú - Diários de Minhas Prisões Políticas"

Ainda sem a presença da Delegada Andrea Mattos, que parecia não chegar nunca, o Escrivão resolveu ler o histórico da ocorrência, começando pelo resumo do Boletim de Ocorrência, o BO protocolado pelos ativistas Gabriel Galli Arévalo e Carlos Krebs:

“ Houve ofensas a alguém, foram atribuídas ofensas reforçando a vítima no meio social em que ele vive, foram atribuídas qualidades negativas aos defeitos da vítima. Ofensas à vítima constitui na utilização de elementos discriminatórios referente a raça e etnia, a vítima não foi agredida fisicamente. A Delegacia de Polícia de combate à tolerância DPCI, conforme imagem anexada, o jornalista proferiu ofensas a todas as pessoas LGBT relacionando-as à prática de zoofilia. 

“ Eduardo Leite manda bordar as cores do arco-íris gay na fachada do Piratini” 

A foto é assunto em todo Brasil e também no exterior. O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como a opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia. Pelo menos no ponto de vista da polêmica OMS. Ontem foi o dia internacional do universo LGBTQIA+ que engloba não só o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos e coxilhas pouco frequentadas. Rio Grande do Sul, a política estadual de atenção e integração de uma população LGBTQIA +  implantada com decisão por Eduardo Leite visa elaborar, estimular, apoiar, participar, e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA +. O relato mais recente do grupo gay da Bahia, GGB, divulgado no início de 2019 resultou que 2018 ocorreu 420 mortes de LGBTs no Brasil, 320 homicídios e 100 suicídios.



O imbroglio todo começou com uma curta nota publicada no blog www.polibiobraga.com.br:

O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia, pelo menos do ponto de vista da polêmica OMS. Ontem foi o Dia Internacional do Universo LGTBQIA+, que engloba nao apenas o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos de coxilhas do Rio Grande.No RS, a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População LGBTQIA+, implantada com decisão por Eduardo Leite, visa laborar, estimular, apoiar, participar e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA+.  O relatório mais recente do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgado no início de 2019, registrou que em 2018 ocorreram 420 mortes de LGBTs no Brasil - entre 320 homicídios e 100 suicídios.




.....


INTERROGATÓRIO

De acordo com arts. 187, paragrafo 2o, 188, 189 e 190 do CPP


INQUÉRITO POLICIAL 134/2021, decorrente de BO  de Caio Cesar Klein e que gerou este inquérito

Em 2019 STF tornou homofobia, bifobia e transfobia equivalente a racismo, de acordo com resultado da ADO 26, nos termos das lei 7.716/89. 3 páginas.


Me indiciou como incurso no art. 20, p. 2o da lei 7.716/89.


No inquérito policial, falou Gabriel Galli Arevalo. FOI DISPENSADO DE COMPROMISSO PELO ART. 201 DO CPP.


AÇÃO MOVIDA PELO MPE

Incurso no art. 20, parágrafo 2o, lei 7716/89

6 páginaS


DEFESA DE POLIBIO BRAGA

Invoca art. 220 da CF e que se vincula ao art. 5o, IV, V, X,XIII E XIV


ADPF 1287 sobre livre penamento


VERIFICAR MAGISTRADA DIVERSA DA TITULAR QUE ACEITOU A DENÚNCIA


A decisão da magistrada violou art. 5o CF e 396 do CPP


PEDE REJEIÇÃO DE ACORDO COM ART. 395, INCISO III DO CPP


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ALEGAÇÕES FINAIS


53 páginas


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ALEGAÇÕES FINAIS PB


Absolvição pelo asrt. 386, III dlo CPP


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SENTENÇA


Condena pelo art. 20, parágrafo 2o da lei 7.716/89


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ACÓRDÃO


Base para enviar para a JF é artigo 109, V, da Constituição Federal




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JUIZ FEDERAL


Lei 13.964/19

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/l13964.htm


Art. 28 do CPP


O juiz não quis aplicar esta lei, considerando que o |MPF é o titular da ação penal, até porque a lei 13.l964 reforçou o perfil acusatório do processo penal brasileiro.


Ressalvfados disposto no art. 18 do CPP.


Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Art.

Entrevista, Osmar Terra - Só a abstinência ajuda no combate ao vício em drogas

Osmar Terra é deputado federal do MDB do RS, ex-secretário da Saúde e ex-ministro, médico. Ele é autor da nova Lei de Drogas.

Alguns setores da sociedade, que dizem entender sobre recuperação de dependentes de drogas, defendem a chamada “redução de danos”, para recuperação de dependentes químicos. E aí ?

A conversa de redução de danos tenta minimizar as consequências do uso de drogas em usuários que não conseguem interromper a prática subitamente. Entre as medidas estão, por exemplo, o fornecimento de seringas, para evitar o compartilhamento ou troca de drogas pesadas por outras “mais leves”.

E é correto ?

Redução de danos é proposta que vem sem nenhuma evidência científica. 

Por que razão ?

É um modo que permite as pessoas a continuarem a usar drogas, com a desculpa de que está usando algo mais leve. Exemplo: fumar crack em cachimbo de vidro e não na latinha. Mas segue no crack.

Qual é a solução ?

A única maneira de enfrentar com seriedade o problema das drogas é a abstinência. A igrejas e as comunidades terapêuticas nos ensinam isto todos os dias. A solução é não usar outra drogas ou menores quantidades para reduzir o dano não existe.

Quando o senhor foi secretário da Saúde no RS, o governo estadual instalou Centros de Atendimento Psico Social Álcool e Drogas, mas, estranhamente, a orientação nos governos Lula e Dilma era que só redução de danos era eficaz.

Diziam “não tem problema uma pessoa usar crack de vez em quando, se estiver de bem com a vida”, ouvi de uma diretoria de CAPs ” Isto não é tratamento científico, não resolve nada. As comunidades terapêuticas, hospitais psiquiátricos que tratam com drogadição só tem sucesso por causa da abstinência. 

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Artigo, Ives Gandra Martins - Fatos e narrativas

Assisti, outro dia, pelas redes sociais, vídeo sobre a invasão do Congresso Nacional, ocorrida em 24 de maio de 2017, por elementos do PT e do MST, com destruição de dependências do Parlamento e incêndios provocados à entrada. Naquele dia estava numa audiência com o Ministro Celso de Mello no STF e tomamos conhecimento do que ocorria pelo rádio, em seu Gabinete, assim como a decretação do estado de emergência pelo presidente Temer, tal a gravidade do atentado e a determinação para que o Exército tomasse as medidas necessárias para que o episódio fosse encerrado com a desocupação do Legislativo.

Apesar da gravidade do atentado contra os Poderes, nenhum dos invasores, depredadores e agressores de funcionários sofreu um processo judicial.

No ano passado, em sessão da Academia Paulista de Letras Jurídicas, o acadêmico e ex-presidente da República, Professor Doutor Michel Temer, em Conferência, esclareceu que não puniu aqueles baderneiros, pois decidiu seguir o exemplo do ex-presidente Juscelino Kubitschek que anistiara o revoltosos de Aragarça e Jacareacanga que, com armas, tentaram um golpe de Estado, em seu governo.

Comparando os atos de 2017 com os de 8 de janeiro de 2023, neste houve um número maior de pessoas, mas não agressões a funcionários públicos, embora tenha ocorrido, também, depredações que se estenderam ao Executivo e Legislativo, sem necessidade, entretanto, de decretação do Estado de Emergência sendo que, com um contingente não expressivo de militares, o Presidente Lula encerrou a baderna, prendendo 1.700 manifestantes desarmados, sem necessidade de dar um tiro sequer.

Sendo assim, verificando os vídeos, nas redes sociais, das duas manifestações condenáveis, a única diferença foi na extensão maior daquela de 2023 e haver feridos na de 2017, no Governo Temer. As destruições, entretanto, de prédios públicos foram as mesmas.

Há duas semanas, um cidadão suicidou-se perante o Supremo Tribunal Federal, com evidente perturbação mental, tendo se descoberto por mensagens que queria matar o Ministro Alexandre de Moraes.

Em 2018, um outro cidadão esfaqueou o então candidato Bolsonaro, durante a campanha, em fato semelhante ao tiro dado em Trump neste ano, nos Estados Unidos.

Os dois fatos são muito parecidos, assim como as duas manifestações baderneiras de destruição de prédios públicos.

Ocorre, todavia, que a imprensa e os políticos de Esquerda entenderam que as badernas ocorridas no Governo Temer não foram nem tentativa de golpe e nem atentado violento ao Estado de Direito, mas as de 8 de janeiro foram, assim como o esfaqueamento ao ex-presidente Bolsonaro fora considerado ato isolado, mas o suicídio de quem queria atentar contra o ministro Alexandre de Morais,um ato vinculado a grupo que pretendia um golpe e um atentado ao Estado Democrático de Direito, sem nenhuma prova neste sentido.

Confesso ser cada vez mais difícil interpretar o nosso Direito, tendo a nítida impressão de que o Brasil possui duas espécies de hermenêutica jurídica, em que fatos e circunstâncias semelhantes, devem ser punidos quando praticados por conservadores e desconsiderados quando quem os pratica milita na Esquerda.

Pergunto-me, parafraseando o poeta, “Mudou o Brasil ou mudei eu?”.

Opinião, Marcus Vinicius Gravina - Moraes quer fazer justiça pelas próprias mãos. A PGR será cúmplice ?

O alardeado inquérito da Polícia Federal, encomendado e instaurado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes  foi submetido, ontem, ao exame da Procuradoria Geral da República. D

Este inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado deve ser devolvido pela PGR sob forte fundamento de violação de preceito legal que não admite ou condena todo o juiz de atuar em processo, de qualquer instância judicial, que tenha interesse direto na causa, especialmente por ter sido apontado como suposta vítima de atentado de morte pelos indiciados. 

Se a PGR tiver o mínimo respeito ao devido processo legal, seus procuradores têm o dever de rejeitar a pretensa representação do ministro. Simplesmente, devolver o inquérito.

É o caso do ministro Moraes, inimigo do ex-presidente Bolsonaro e caçado por ele, incessantemente. 

Trata-se de um ato jurídico viciado, nulo, típico de suspeição ou impedimento deste voraz ministro.  Nenhum juiz possui o dom da ubiquidade. 

Escolha entre ser juiz ou vítima de ameaça de morte.

O que não pode é fazer justiça pelas próprias mãos.

STF e regulação das redes sociais

 O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, nesta quarta-feira (27), o julgamento de três ações que tratam da responsabilidade de provedores de internet na remoção de conteúdos com desinformação e disseminação de discurso de ódio de forma extrajudicial, sem determinação expressa pela Justiça.


A Corte vai julgar ações relatadas pelos ministros Luiz Fux, Edson Fachin e Dias Toffoli. Oo processos foram liberados para análise em agosto deste ano.


No caso da ação relatada por Dias Toffoli, o tribunal julgará a constitucionalidade da regra do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos.


No processo relatado pelo ministro Fux, o STF vai discutir se uma empresa que hospeda site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial.


A ação relatada por Fachin analisa a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais.

Propinas na Smed

 O escândalo envolcve seis vendas de livros e laboratórios para a Smed, somando R$ 43,2 milhões. 

A Polícia Civil acusa o advogado Maicon Morais, ex-alto funcionário da prefeitura de Porto Alegre, por ter recebido propinas no valor de R$ 556 mil por parte do empresário Jailson da Silva, que está foragido e que é o principal protagonista de um escândalo ocorrido no âmbito da secretaria municipal da Educação. A informação é da RBS de hoje, que desvendou o caso em 2023, transformado na Operação Capa Dura, cujo primeiro resultado foi a prisão da própria secretária, derrubada em seguida.

O inquérito aberto revela crimes de fraude licitatória, associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa envolvendo a Smed. 

A suspeita da polícia é de que Maicon, através do seu escritório de advocacia, tenha agido como um operador financeiro entre Jailson e o então chefe de gabinete do vereador afastado Pablo Melo (MDB), Reginaldo Bidigaray, de quem é amigo, ex-colega de faculdade e de trabalho na prefeitura.Maicon teria feito 12 transferências que somaram R$ 85,5 mil para Bidigaray. Após deixar o gabinete de Pablo em abril de 2023, Bidigaray se tornou CC na Procuradoria-Geral do Município (PGM), ocupando o posto até 18 de novembro de 2024.

O vereador afastado Pablo Melo também é considerado suspeito no inquérito por supostamente ter usado de influência política para aproximar Jailson da prefeitura.

A Polícia Civil identificou que Pablo teria depositado via pix mais de R$ 391 mil em uma plataforma virtual de apostas esportivas. A investigação busca decifrar se Pablo tinha condições financeiras para fazer o aporte tendo um salário líquido de cerca de R$ 13,3 mil como vereador. Ele ocupou o cargo até 12 de novembro, quando foi afastado das funções públicas por ordem judicial. Também foi identificado que, do montante creditado na plataforma de apostas, Pablo teria feito o resgate de R$ 287 mil. A suspeita é de que as operações teriam sido utilizadas como meio de lavagem de dinheiro.

Carta do Crrefour

 Nossa declaração de apoio ao mundo agrícola francês feita na última quarta-feira em relação ao acordo de livre comércio com o Mercosul gerou divergências no Brasil de que é nossa responsabilidade nos acalmarmos.

Nunca opomos a agricultura francesa à agricultura brasileira, pois os nossos dois países de coração têm em comum o amor à terra, a sua cultura e a boa comida.

Na França, o Carrefour é o principal parceiro da agricultura francesa. Compramos quase exclusivamente a nossa carne francesa em França e continuaremos a fazê-lo. A decisão do Carrefour França não pretende alterar as regras de um mercado francês já amplamente estruturado em torno das suas cadeias de abastecimento locais. Garante legitimamente aos agricultores franceses, mergulhados numa crise grave, a sustentabilidade do nosso apoio e das nossas compras locais.

Do outro lado do Atlântico, compramos quase toda a nossa carne brasileira do Brasil e continuaremos a fazê-lo. São os mesmos valores de raiz e parceria que inspiram há 50 anos a nossa relação com o mundo agrícola brasileiro, cujo profissionalismo e apego à terra e à pecuária conhecemos e medimos todos os dias.

Lamentamos que a nossa comunicação tenha sido entendida como um questionamento da nossa parceria com a agricultura brasileira e uma crítica a ela.

Temos orgulho de ser o primeiro parceiro e promotor histórico da agricultura brasileira. Conhecemos melhor do que ninguém os padrões que a carne brasileira atende, sua alta qualidade e seu sabor. Continuaremos a promover os setores agrícolas brasileiros como temos feito no Brasil há quase 50 anos. Através do nosso desenvolvimento, contribuímos para o desenvolvimento dos produtores agrícolas brasileiros, numa lógica que sempre foi a da parceria construtiva.

O grupo Carrefour está empenhado em trabalhar, tanto na França como no Brasil, em favor de uma agricultura razoável e próspera, seguindo o rumo do seu propósito, a transição alimentar para todos.

Assessoria de imprensa do Carrefour

Tal. : 01 58 47 88 80 / E-mail: presse_groupe@carrefour.com 

Contas externas.

As contas externas do Brasil apresentaram saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro de 2024, segundo as estatísticas do setor externo divulgadas nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). Em outubro de 2023, o resultado apresentado foi superavitário, em US$ 451 milhões.


Tendo como base a comparação interanual, em termos de comércio - exportação e importação - o resultado apresentado foi queda de US$ 5,1 bilhões do superávit. Com isso, a balança comercial ficou superavitária em US$ 3,44 bilhões.


Do ponto de vista da renda primária (pagamento de juros, lucros e dividendos de empresas), observou-se aumento de US$ 1,1 bilhão do déficit, totalizando saldo negativo de US$5,757 bilhões.


No caso das contas de serviços e de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens), elas apresentaram déficit de US$ 3,9 bilhões e superávit de US$ 330 milhões, respectivamente. De acordo com a autoridade monetária, os patamares são "semelhantes aos de outubro de 2023".


O BC informa que o déficit em transações correntes nos 12 meses encerrados em outubro de 2024 somou US$ 49,2 bilhões (2,23% do PIB), ante US$42,8 bilhões (1,94% do PIB) no mês anterior e US$26,3 bilhões (1,24% do PIB) em outubro de 2023.


A balança comercial de bens foi superavitária, em US$ 3,4 bilhões no mês de outubro de 2024. No mesmo mês de 2023, o saldo foi também positivo, mas de US$8,6 bilhões.


No caso das exportações de bens, ficou totalizada em US$ 29,6 bilhões – resultado que representa queda de 0,6%. As importações de bens totalizaram US$ 26,2 bilhões (aumento de 23,5%).​ A conta de serviços totalizou um déficit de US$ 3,9 bilhões em outubro de 2024, resultado também bastante próximo ao obtido em outubro do ano passado.


Vale lembrar que situações de déficit podem ser resultado de uma economia aquecida, a ponto de se buscar produtos e serviços no exterior – o que movimenta também internamente a economia.


Investimentos diretos no país

De acordo com as estatísticas do setor externo, os investimentos diretos no país (IDP) apresentaram um total de US$ 5,7 bilhões em ingressos líquidos em outubro deste ano. Em outubro de 2023, o IDP estava em US$ 3,1 bilhões.


“No mês, houve ingressos líquidos de US$ 6,8 bilhões em participação no capital e saída líquida de US$ 1 bilhão em operações intercompanhia”, detalha o BC. Segundo a entidade, o IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 66 bilhões (3,00% do PIB) em outubro de 2024, ante US$ 63,4 bilhões (2,87% do PIB) no mês anterior; e US$ 63,8 bilhões (3,01% do PIB) em outubro de 2023", detalhou a autoridade monetária.


Reservas internacionais

O Brasil reduziu em US$ 5,9 bilhões suas reservas internacionais, na comparação entre outubro de 2023 e outubro de 2024, ficando em US$ 366,1 bilhões. Segundo o BC, as variações por preço e por paridades contribuíram para reduzir o estoque de reservas em US$ 4,3 bilhões e US$1,8 bilhão, respectivamente. “Por outro lado, a receita de juros contribuiu para elevar o estoque em US$ 767 milhões”, complementou.​


Revisão

O BC revisou o déficit em transações correntes acumulado entre janeiro e setembro de 2024, passando de US$ 37,3 bilhões para US$ 37,7 bilhões. Essa elevação de US$ 400 milhões decorre da atualização dos valores referentes à balança comercial de bens, recolhidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).​


Foram também revisados os ingressos líquidos de IDP, de US$ 56,4 bilhões para US$ 55,6 bilhões. Por fim, houve também revisão dos créditos comerciais ativos, de US$ 6 bilhões para US$ 2,1 bilhões. Essa alteração se deve à incorporação de dados de operações liquidadas no exterior. ​

As informações acima são todas de reportagem especial da Agência Brasil de hoje. Leia todo o texto do repórter Pedro Pedruzzi:


No caso das contas de serviços e de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens), elas apresentaram déficit de US$ 3,9 bilhões e superávit de US$ 330 milhões, respectivamente. De acordo com a autoridade monetária, os patamares são "semelhantes aos de outubro de 2023".


O BC informa que o déficit em transações correntes nos 12 meses encerrados em outubro de 2024 somou US$ 49,2 bilhões (2,23% do PIB), ante US$42,8 bilhões (1,94% do PIB) no mês anterior e US$26,3 bilhões (1,24% do PIB) em outubro de 2023.


A balança comercial de bens foi superavitária, em US$ 3,4 bilhões no mês de outubro de 2024. No mesmo mês de 2023, o saldo foi também positivo, mas de US$8,6 bilhões.


No caso das exportações de bens, ficou totalizada em US$ 29,6 bilhões – resultado que representa queda de 0,6%. As importações de bens totalizaram US$ 26,2 bilhões (aumento de 23,5%).​ A conta de serviços totalizou um déficit de US$ 3,9 bilhões em outubro de 2024, resultado também bastante próximo ao obtido em outubro do ano passado.


Vale lembrar que situações de déficit podem ser resultado de uma economia aquecida, a ponto de se buscar produtos e serviços no exterior – o que movimenta também internamente a economia.


Investimentos diretos no país

De acordo com as estatísticas do setor externo, os investimentos diretos no país (IDP) apresentaram um total de US$ 5,7 bilhões em ingressos líquidos em outubro deste ano. Em outubro de 2023, o IDP estava em US$ 3,1 bilhões.


“No mês, houve ingressos líquidos de US$ 6,8 bilhões em participação no capital e saída líquida de US$ 1 bilhão em operações intercompanhia”, detalha o BC. Segundo a entidade, o IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 66 bilhões (3,00% do PIB) em outubro de 2024, ante US$ 63,4 bilhões (2,87% do PIB) no mês anterior; e US$ 63,8 bilhões (3,01% do PIB) em outubro de 2023", detalhou a autoridade monetária.


Reservas internacionais

O Brasil reduziu em US$ 5,9 bilhões suas reservas internacionais, na comparação entre outubro de 2023 e outubro de 2024, ficando em US$ 366,1 bilhões. Segundo o BC, as variações por preço e por paridades contribuíram para reduzir o estoque de reservas em US$ 4,3 bilhões e US$1,8 bilhão, respectivamente. “Por outro lado, a receita de juros contribuiu para elevar o estoque em US$ 767 milhões”, complementou.​


Revisão

O BC revisou o déficit em transações correntes acumulado entre janeiro e setembro de 2024, passando de US$ 37,3 bilhões para US$ 37,7 bilhões. Essa elevação de US$ 400 milhões decorre da atualização dos valores referentes à balança comercial de bens, recolhidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).​


Foram também revisados os ingressos líquidos de IDP, de US$ 56,4 bilhões para US$ 55,6 bilhões. Por fim, houve também revisão dos créditos comerciais ativos, de US$ 6 bilhões para US$ 2,1 bilhões. Essa alteração se deve à incorporação de dados de operações liquidadas no exterior. ​

Opiniões comodistas e fatos que gritam mais alto

Por Renato Sant'Ana

 

O pior nas ditaduras é o medo que faz a maioria calar o que pensa e muitos se apressarem em mostrar que apoiam as ideias alentadas pelo regime. Quem não entende isso não decifra o que o politicamente correto faz com a cabeça das pessoas. E vice-versa. Foi o que pensei quando li o que escreveu o jornalista Fabrício Carpinejar sobre Vinicius Júnior (jogador de futebol). Ele acha que o atleta merece o Prêmio Nobel da Paz por sua reação a "manifestações racistas". E chega a compará-lo com Luther King e Mandela. Fará sentido? Vamos ver o que ensina a História.

Em 15/09/1963, militantes da Ku Klux Klan explodiram uma bomba numa igreja de Birmingham, no Alabama, EUA, matando quatro meninas (negras) e deixando 20 feridos. No funeral das garotas, Martin Luther King - líder negro e apóstolo da paz - falou a uma multidão consternada. Mas, em vez de incitar o ressentimento, ele disse: "Apesar desta hora sombria, não devemos perder a fé em nossos irmãos brancos."

Que resultado trouxe a liderança amorosa de Luther King? Dou só duas pistas. Nos anos que se seguiram a 1963 e antes que findasse o século XX, a cidade de Birmingham teve três prefeitos negros. E, em 2008, os Estados Unidos elegeram o presidente Barack Obama, um homem negro.

Foi por seu eficaz combate ao racismo liderando a resistência não violenta, que Luther King ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1964.

Também na linha da resistência não violenta e ostentando a bandeira da reconciliação, Nelson Mandela venceu o Apartheid, isto é, a segregação e subjugação dos não europeus instituídas como norma oficial na África do Sul. Preso em 1963, passou 27 anos na prisão, a maior parte do tempo nas condições mais degradantes. No entanto, ao ser libertado, não buscou vingar-se, mas optou por fomentar a conciliação entre negros e brancos. Conseguiu pacificar seu país. E recebeu o Nobel da Paz em 1993.

Dizia ele: "Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, da sua origem ou da sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar."

Em 2009, Henry Louis Gates, um homem negro e, notem bem, professor de Harvard, voltando de viagem, não conseguiu abrir a porta de sua casa. Com ajuda do motorista, começou a forçar a porta. Apareceu uma viatura da polícia e o professor acabou preso por James Crow ley, um policial branco. Gates acusou racismo. Crow ley alegou ter sido ofendido pelo professor. O fato ganhou notoriedade. E Barack Obama (o presidente negro) telefonou para os dois, ligou também para o vice-presidente Joe Biden e os quatro tomaram uma cerveja nos jardins da Casa Branca num momento belo de reconciliação.

Livre de ressentimentos, Obama compreendeu que brancos e negros podem, sim, aprender a se olhar como semelhantes e criar laços fraternos.

Não há dúvidas de que Luther King e Mandela espelharam-se no exemplo do Mahatma Gandhi. Foi por meio da resistência não violenta que Gandhi liderou a campanha de independência da Índia, que era colônia do Reino Unido. Ele seguia um preceito hoje ostensivamente desprezado pelos ditos movimentos identitários: "odiar o pecado e não o pecador". Incapaz de odiar os britânicos, Gandhi declarou: "Minha ambição é nada menos que converter as pessoas britânicas à não violência, e, assim, lhes fazer ver o mal que fizeram para a Índia."

Será difícil admitir? Não foi com ressentimento, foi na chave da não violência e do não revanchismo que Nelson Mandela, Martin Luther King e o Mahatma Gandhi transformaram mentalidades, causaram mudanças profundas em seus respectivos países e espalharam a semente da paz mundo afora.

Isso não tem conexão com o que Carpinejar escreveu. Tanto que se fica com a impressão de que ele não conhece Mandela nem Luther King, com quem ele comparou o atleta. A bronca do jornalista está em que o jogador não recebeu a Bola de Ouro, prêmio para o melhor da temporada. Ele julga isso injusto. É uma opinião. Respeite-se. Não é aí que está o nó. Seu equívoco é a ilação que tira e a comparação que faz.

Embora usando de subterfúgio para dizê-lo, ele acha que houve "boicote à postura política contra o racismo de Vinicius Júnior". Como pode tirar tal ilação? Será que ele conhece o fluxo de consciência dos jurados que deram o prêmio a outro? Caso haja certeza da injustiça, será possível apontar a motivação? Aliás, quando tanto se diz que o futebol está por demais mercantilizado, não podem haver "outros interesses" por trás?

Fique claro, não é exigível que Vinicius Júnior reaja deste ou daquele modo. A questão é que Carpinejar, querendo equipará-lo a mestres da não violência, transcreveu palavras do jogador que revelam uma conduta que conflita com o propósito de reconciliação de Luther King e Mandela. São palavras exaltadas, revanchistas e provocadoras que não trazem mínima possibilidade de reconciliação nem de mudar percepções.

"Aceitem, respeitem ou surtem. Eu não vou parar. Dizem que felicidade incomoda. A felicidade de um preto, brasileiro, vitorioso na Europa incomoda muito mais. Mas repito para você, racista: eu não vou parar de bailar. Seja no sambódromo, no Bernabéu ou onde eu quiser", disse ele.

Dá para imaginar o Mahatma Gandhi, Luther King ou o amadurecido Mandela com essa atitude? Teriam eles assim mudado seus países? Repito, não cabe exigir isso ou aquilo do jogador. Mas de um jornalista é, sim, exigível que seja analítico em vez de esmerar-se em ser fofo e falar só o que os outros supostamente querem ouvir. Claro, pôr em dúvida algo que pretende impor-se como unanimidade dá trabalho, implica enfrentar a patrulha do politicamente correto e requer elaboração. Mas é aí que está a grandeza.

Vimos três líderes melhorarem o mundo por meio da não violência e da busca de reconciliação. Quando foi que se viu dar bom resultado atacar estupidez com estupidez, burrice com burrice, violência com violência?

Não há por que pôr em dúvida se Vinicius Júnior tem um coração bondoso. Nem se questiona a boa-fé com que ele coloca parte de sua fortuna num instituto que oferece "um programa de educação antirracista para alunos de escolas públicas", coisa elogiada por Carpinejar. Só que, por trás de tudo isso, está um conhecido e rancoroso refrão: "não basta ser contra o racismo, tem que ser antirracista". Acaso existe o ódio do bem?

Condicionem o cérebro de alguém a ser antirracista e ele vai achar que o mundo se divide entre bons e maus, entre não-racistas e racistas, ele será incapaz de perceber a diferença entre um idiota que grita insultos no campo de futebol e os facínoras da Ku Klux Klan, e vai aceitar sem filtro ideologias pró-totalitarismo, que é a pior espécie de ditadura.

O jornalista pode incensar o jogador. Pode curvar-se ao politicamente correto. É livre. Mas não pode brigar com os fatos: o que ele quer ver premiado com o Nobel da Paz nada tem a ver com o ideal pelo qual viveu e morreu Gandhi, com a abnegada e amorosa obra de Luther King, nem com a bandeira empunhada por Mandela na democratização de seu país.

Não sei se vai dar Prêmio Nobel. Só sei que não é com ressentimento nem com provocações e gritos de guerra que se constrói a paz: a estratégia testada e mais eficaz de promover a paz é a da reconciliação.

 

Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo

Senhores Governadores, salvem o Brasil

Marcus Vinicius Gravina

Cidadão Tit. Eleiror 328036104/34


Com os governadores dos estados brasileiros, podem estar as últimas esperanças de reconquistar a democracia do país, perdida para o descumprimento do Devido Processo Legal, na mais alta Corte Judicial de um Estado Democrático de Direito.  


Baseio a minha opinião nos fatos de domínio público, pela mídia e condenados nas tribunas da Câmara dos Deputado e do Senado, em que se afirma não haver, no momento,  democracia em nossa pátria. 


Senhores Governadores, salvem o Brasil enquanto não lhes forem retirados os seus poderes constitucionais.  Tentativa existe e uma delas está na PEC da Segurança Pública apresentada, recentemente, aos convidados no Palácio do Planalto. 

 

Criem uma corrente de resistência para agir no Senado da República. 


É a Casa Legislativa composta por 81 senadores eleitos por 8 anos (exagero de tempo, com direito a ilimitadas reeleições e imunidade parlamentar) pelo sistema majoritário para representar os seus estados.


Senhores Governados, insisto,  é urgente a cobrança da volta da democracia e um corretivo nos ministros recalcitrantes do STF que cometem abuso de poder e descumprem os preceitos da CF e de leis que asseguram aos cidadãos o Devido Processo Legal. 


O Senado Federal tem competência privativa para “processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal (Art.52,II da CF). 


Pois, sigam a Brasília com o endereço do Senado e “não percam o taxi”, para acordar alguns e pressionar os senadores de seus estados, a fim de exercerem a representação assumida junto ao Senado, em defesa dos direitos dos cidadãos de seus rincões. 


Senhores Governadores, acreditem e confiem nos poderes que possuem. Lembrem-se, que em 1961 o Rio Grande do Sul  empunhou a sua Bandeira no movimento que ganhou o nome LEGALIDADE.  E a Constituição foi, então, respeitada pelo impulso dado pelo povo Gaúcho e, logo ensarilhadas as armas. Isso mesmo, Houve movimentação de tropas militares do Estado e do Exército.  Sou prova disso.  Prestei serviço militar, soldado do Exército  e a minha unidade antiaérea foi deslocada na ocasião de Caxias do Sul para proteger o Palácio Piratini.  


Caxias do Sul, 23.11.2024

Mau sono envelhece o cérebro

As noites mal dormidas podem afetar diretamente nosso bem-estar, envelhecendo nosso cérebro, sugere uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Focado em adultos de meia-idade, o estudo mostra que aqueles com dificuldade para dormir ou para permanecer dormindo podem apresentar um envelhecimento cerebral quase três anos mais acelerado, elevando o risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer.

Para entender essa associação, a pesquisa, divulgada na Neurology, revista médica da Academia Americana de Neurologia, acompanhou 589 participantes na faixa dos 40 anos – uma etapa em que fatores de risco para doenças neurodegenerativas podem começar a afetar o cérebro. No início do estudo e cinco anos depois, os voluntários responderam a perguntas sobre a qualidade do sono, como: “Você tem dificuldade para dormir?”, “Acorda várias vezes durante a noite?”, “Costuma despertar muito cedo?” e “Sente sonolência durante o dia?”.

Com base nas respostas, os participantes foram divididos em três grupos. O primeiro, chamado de “grupo baixo”, incluía aqueles com até uma característica de sono ruim, correspondendo a cerca de 70% dos voluntários. Já o “grupo médio” era composto por aqueles que apresentavam de duas a três características, totalizando 22%, enquanto o “grupo alto” era formado por aqueles com mais de três características de sono ruim, representando 8% do total de voluntários.

Quinze anos depois de responderem às perguntas pela primeira vez, esses participantes realizaram exames cerebrais, permitindo aos pesquisadores avaliar o nível de “atrofia cerebral” – uma perda de tecido cerebral que ocorre naturalmente com o envelhecimento, mas que pode estar associada a problemas cognitivos e doenças neurológicas quando é mais acentuada do que o esperado para a idade.

Os resultados dos exames mostraram que o “grupo médio” tinha uma idade cerebral 1,6 ano mais avançada em comparação com o “grupo baixo”, enquanto o “grupo alto” apresentava uma diferença ainda maior, com uma idade cerebral média 2,6 anos mais avançada.

Entre os problemas de sono mais associados ao envelhecimento cerebral destacaram-se a dificuldade para adormecer, para manter o sono e o despertar precoce, especialmente em pessoas que enfrentaram esses problemas por todos os cinco anos de acompanhamento.

Para Clémence, os resultados são relevantes, pois a maioria das pesquisas sobre sono e saúde cerebral se concentra em adultos mais velhos, ignorando o longo (e muitas vezes silencioso) processo que leva a condições como o Alzheimer. Segundo ela, isso leva a uma visão limitada, em que os distúrbios do sono são tratados como consequência de doenças já estabelecidas, em estágios em que o cérebro já apresenta alterações significativas, mesmo sem sintomas aparentes.


“Ao analisar pessoas de meia-idade, a pesquisa evidencia que a qualidade do sono deve ser monitorada desde cedo, como forma de prevenir o surgimento ou a progressão acelerada de doenças neurodegenerativas, que tendem a se manifestar de forma mais evidente por volta dos 60 anos”, afirma.


Levar o sono a sério


A geriatra Claudia Suemoto, professora na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que não participou do estudo, concorda que a participação de pessoas de meia-idade fortalece a relevância dos resultados. “Com adultos na faixa dos 40 anos, temos uma visão mais precisa de como a qualidade do sono pode ser um fator de risco, e não apenas um sintoma”, opina.


Em 2022, Claudia e uma equipe de pesquisadores da USP publicaram um estudo sobre sono no âmbito do ELSA-Brasil, pesquisa longitudinal sobre os adultos brasileiros, em que analisaram tanto pessoas de meia-idade quanto mais velhas. Na ocasião, eles usaram a polissonografia, exame que permite um diagnóstico mais preciso dos distúrbios do sono. “Uma das limitações do estudo americano é que as medidas de sono são autorrelatadas — a própria pessoa informa se dormiu bem ou não, se acordou no meio da noite, se demorou para pegar no sono. Isso compromete a objetividade das respostas, algo que a polissonografia pode corrigir”, observa Claudia.


“Mesmo assim, o estudo é bastante interessante, com um desenho raro: ele mede o sono em dois momentos distintos, no início e cinco anos depois, acompanhando as mesmas pessoas por 15 anos, o que é um período significativo. Esses achados reforçam os resultados da nossa pesquisa e evidenciam o impacto da qualidade do sono na saúde cerebral”, complementa.


A neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono, também elogia o estudo, destacando o acompanhamento de 15 anos, o uso de ressonância magnética – um exame caro e, por isso, pouco comum em pesquisas – para monitorar o envelhecimento cerebral e o cuidado para que fatores comumente conhecidos por aumentar a probabilidade de demências, como hipertensão e diabetes, não influenciassem os resultados.


No entanto, ela concorda com Claudia que a ausência da polissonografia limita a confirmação dos dados autorrelatados. Além disso, impossibilita observar como problemas de sono específicos, como apneia, se comportam em relação ao envelhecimento cerebral.