A verdade sobre a mina de urânio da China, que não é de urânia, mas de estanho

1. A CHINA é a maior consumidora mundial de estanho, contemplando cerca de 50%

do mercado. O mineral é usado para embalagens metálicas, soldas, componentes

eletrônicos (semicondutores, sensores e telas sensíveis ao toque); além de ser 1

(um) componente essencial do bronze e para revestimentos de outros metais, como

aço, protegendo-os da corrosão.

2. O estanho é, também, aplicado em tintas, vernizes, cremes dentais, como aditivo

para estabilização térmica na indústria plástica e catalisador para espumas de

poliuretano e silicones.

3. Em 27 Nov 24, foi anunciada a compra, por U$ 340 milhões, da MINERADORA

TABOCA, em tese a maior produtora de estanho refinado1 do País. A MINERADORA

TABOCA é 1 (uma) ex-subsidiária da PARANAPANEMA, companhia que estava

desde 2008 sob controle da empresa peruana MINSUR, 1 (uma) das principais

produtoras de estanho do mundo e associada ao fundo PROFUTURO AFP,

controlado pelo banco canadense SCOTIABANK.

4. De fato, o que se verifica agora é que a MINERADORA TABOCA e, principalmente,

a sua mina de PITINGA (Foto 01), que também contém NIÓBIO e TÂNTALO

associados, está sob o controle financeiro da CHINA NONFERROUS MINING

METAL COMPANY (CNMC)2, estatal chinesa que também está presente no IRÃ, na

RDC e na ZÂMBIA. A CNMC é, portanto, 1 (um) importante braço econômico do

PARTIDO COMUNISTA CHINÊS, que garante o fornecimento internacional de um

minério essencial e estratégico para a expansão industrial chinesa.


5. A CNMC ganhou notoriedade internacional por 1 (uma) das iniciativas mais

polêmicas no exterior, envolvendo projetos em território iraniano3, o que fez a

companhia ser incluída na lista de empresas sob vigilância dos ESTADOS UNIDOS

DA AMÉRICA (EUA) por negócios em setores sensíveis do regime dos aiatolás, como

petróleo/gás, nuclear e militar.

6. A CNMC é proibida de atuar em território dos EUA, inclusive, figurando nas

“blacklists” de vários estados estadunidenses como o MISSISSIPI, IOWA, FLÓRIDA

e ALASCA.

7. A CNMC também consta da lista de observação da “Human Rights Watch”4 (HRW),

por supostamente ter cometido “abusos persistentes” em suas atividades na extração

de cobre na ZÂMBIA. Há registros de acidentes trabalhistas, violações das leis locais

e até denúncias de agressões de trabalhadores por parte de gerentes chineses da

companhia. Em relatório da HRW lê-se: “

...o desrespeito da CNMC aos padrões

trabalhistas e de segurança locais e internacionais deve ser uma bandeira vermelha

para potenciais investidores no setor de cobre da Zâmbia...

.

8. A CNMC também está envolvida em polêmica em MYANMAR, onde a empresa

opera com outras 2 (duas) mineradoras chinesas. Em 2002, dados financeiros

vazados no escândalo “DDo Secrets” 5 revelou 1 (um) esquema de financiamento

oculto da campanha de terror dos militares, com escoamento de recursos da

exploração das minas em montante superior a US$ 700 milhões.

9. Em 2024, a CNMC foi eleita destaque como uma das empresas do setor mineral,

na categoria inovação e tecnologia de médio porte. Além da mina de PITINGA, em

PRESIDENTE FIGUEIREDO/AM, a empresa opera uma unidade de metalurgia em

PIRAPORA DO BOM JESUS/SP, onde processa o concentrado extraído da

supramencionada mina. Em 2023, a empresa produziu mais de 5,3 mil toneladas de

estanho refinado, obtendo receita de US$ 256 milhões.

10. A CNMC também já foi alvo de várias denúncias da comunidade indígena de

WAIMIRI-ATROARI, uma vez a que a mina de PITINGA é vizinha à terra indígena.

Em 2021, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) pediu a suspensão do

lançamento de rejeitos nas barragens de TABOCA, que estariam transbordando para

os rios devido às chuvas. A principal barragem de TABOCA é 4 (quatro) vezes maior

que a de BRUMADINHO. A mineradora tem 8 (oito) barragens em operação e 7 (sete)

desativadas, com 53 milhões de metros cúbicos de resíduos, sem manta

impermeabilizante.


 5. A CNMC ganhou notoriedade internacional por 1 (uma) das iniciativas mais

polêmicas no exterior, envolvendo projetos em território iraniano3, o que fez a

companhia ser incluída na lista de empresas sob vigilância dos ESTADOS UNIDOS

DA AMÉRICA (EUA) por negócios em setores sensíveis do regime dos aiatolás, como

petróleo/gás, nuclear e militar.

6. A CNMC é proibida de atuar em território dos EUA, inclusive, figurando nas

“blacklists” de vários estados estadunidenses como o MISSISSIPI, IOWA, FLÓRIDA

e ALASCA.

7. A CNMC também consta da lista de observação da “Human Rights Watch”4 (HRW),

por supostamente ter cometido “abusos persistentes” em suas atividades na extração

de cobre na ZÂMBIA. Há registros de acidentes trabalhistas, violações das leis locais

e até denúncias de agressões de trabalhadores por parte de gerentes chineses da

companhia. Em relatório da HRW lê-se: “

...o desrespeito da CNMC aos padrões

trabalhistas e de segurança locais e internacionais deve ser uma bandeira vermelha

para potenciais investidores no setor de cobre da Zâmbia...

.

8. A CNMC também está envolvida em polêmica em MYANMAR, onde a empresa

opera com outras 2 (duas) mineradoras chinesas. Em 2002, dados financeiros

vazados no escândalo “DDo Secrets” 5 revelou 1 (um) esquema de financiamento

oculto da campanha de terror dos militares, com escoamento de recursos da

exploração das minas em montante superior a US$ 700 milhões.

9. Em 2024, a CNMC foi eleita destaque como uma das empresas do setor mineral,

na categoria inovação e tecnologia de médio porte. Além da mina de PITINGA, em

PRESIDENTE FIGUEIREDO/AM, a empresa opera uma unidade de metalurgia em

PIRAPORA DO BOM JESUS/SP, onde processa o concentrado extraído da

supramencionada mina. Em 2023, a empresa produziu mais de 5,3 mil toneladas de

estanho refinado, obtendo receita de US$ 256 milhões.

10. A CNMC também já foi alvo de várias denúncias da comunidade indígena de

WAIMIRI-ATROARI, uma vez a que a mina de PITINGA é vizinha à terra indígena.

Em 2021, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) pediu a suspensão do

lançamento de rejeitos nas barragens de TABOCA, que estariam transbordando para

os rios devido às chuvas. A principal barragem de TABOCA é 4 (quatro) vezes maior

que a de BRUMADINHO. A mineradora tem 8 (oito) barragens em operação e 7 (sete)

desativadas, com 53 milhões de metros cúbicos de resíduos, sem manta

impermeabilizante.

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