O discurso do prefeito Sebastião Melo assombra o lulopetismo

O discurso político mais marcante dos prefeitos que assumiram seus cargos no Brasil, foi certamente aquele que fez na Câmara de Vereadores de Porto Alegre o prefeito reeleito Sebastião Melo.

O prefeito de Porto Alegre é advogado, foi vereador, deputado estadual, vice-prefeito e, agora, prefeito reeleito, derrotando a candidata lulopetista de extremo histrionismo Maria do Rosário. Eu conheço Sebastião Melo desde que ele começou a advogar. Melo é de uma ala do MDB conhecidíssima pela raposice política, no caso os seguidores do ex-senador Pedro Simon. 

Ele foi eleito numa aliança principal com o PL de Bolsonaro. Sua vice é a tenente-coronel Betina Worm, indicada pelo PL, mas Bolsonaro foi mantido fisicamente à distância da campanha eleitoral.

Pois no seu discurso de posse, dia 1o,  na Câmara de Vereadores, ao perceber que a maioria dos presentes levantava cartazes com pedidos de "Fora Lula" e "Anistia Já", o prefeito fez um rápido intervalo para defender a liberdade de expressão, já que extremistas de esquerda do PT e do Psol começaram a a vaiar os manifestantes. Os extremistas eram poucos gatos pingados e foram calados pelos aplausos ao discurso do prefeito.

O lulopetismo e seus aliados extremistas de esquerda não podem ouvir falar em liberdade de expressão porque ficam nervosos, com os pelos encrespados, horrorizados com o que ouvem.

Eles defendem seus aliados do STF. Com eles, impõem a ditadura da toga existente no Brasil, cujo vetor é perseguir oposicionistas, prender políticos, exilar manifestantes e botar Bolsonaro na cadeia.

O que disse o prefeito:

- Se um parlamentar disser "eu defendo a ditadura", ele não pode ser processado por isto. Porque isto é liberdade de expressão. E qualquer um pode defender o socialismo e ser contra a democracia liberal.

No início da noite do mesmo dia, dia 1o, a bancada lulopetista do PT e do Psol representou ao MPF para pedir que processe o prefeito Sebastião Melo, tudo por supostamente fazer a apologia da ditadura. Na representação descontextualizada de propósito, não há referência alguma ao ponto central do discurso do prefeito, ou seja, à liberdade de expressão. No discurso, Melo defendeu a liberdade de se expressar e não o conteúdo do que cada um expressa.

Ontem, dia 2 de janeiro, o editor trabalhou justamente em cima do seu novo livro, que trata casualmente da questão da liberdade de expressão. O livro será lançado em abril e o título é "Homofobia. A questão da liberdade de expressão". O livro é todo ele baseado no processo que o Ministério Público Estadual moveu depois de BO registrado por ativistas de extrema esquerda do Psol. O caso acabou no âmbito da Justiça Federal, do TRF4, e a vitória foi do editor, que agora processa os autores da denúncia e vai chegar até duas deputadas que os ajudaram, no caso Luciana Genro e Fernanda Melchionna.

O editor está com um crowdfunding da Catarse, no qual pede ajuda para bancar as despesas que já tem e terá ainda maiores com advogados, jornalistas, pesquisadores e publicação do livro. O link para ajudar está no meu blog www.polibiobraga.com.br de hoje. Vá lá e ajude como puder. Tudo está explicado ali, inclusive um capítulo inteiro do livro.

A defesa da liberdade de expressão, mais especificamente a liberdade de imprensa, é uma das principais batalhas destes tenebrosos anos do Século XXI, como já foi antes, nos séculos anteriores, desde que Gutenberg, 1439, inventou sua galáxia de tipos móveis e que deu início à revolução da imprensa, fundamental no desenvolvimento da Renascença, da Reforma e da Revolução Científica, tudo que lançou as bases materiais para a moderna civilização, baseada no conhecimento e na disseminação em massa da informação, o que inclui a aprendizagem em larga escala.

No século XXI, como no Século XV, os poderosos de plantão operam de modo sutil ou descaradamente para impor mordaças aos meios, às mensagens e até a eliminação dos mensageiros que os desagradam.

Isto ajuda a explicar por que razão a defesa da liberdade de expressão, defendida ontem pelo prefeito Sebastião Melo, horrorizou tanto os lulopetistas da extrema esquerda, felizmente altamente minoritários, que ocupam assentos na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

Eles não querem liberdade e nem anistia.

Mas nós queremos anistia e liberdade.

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