Plataforma P53 é de novo interditada pela ANP

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a interdição total da operação da plataforma P-53, operada pela Petrobras, após  a auditoria realizada este mês verificar diversas falhas estruturais e inúmeros riscos graves e iminentes ao meio ambiente, bem como à vida dos colaboradores. 

Segundo relatório técnico da ANP, foram encontrados diversos desvios críticos de segurança, muitos deles semelhantes aos já identificados em interdição anterior, ocorrida em fevereiro do ano passado, quando esteve dez meses interditada. Degradação severa de estruturas críticas (que servem de suporte para tubulações de fluidos perigosos e comprometem diretamente a segurança em cenários de incêndio e explosões), ausência de medições técnicas confiáveis, falhas na avaliação de danos e omissões no envio de relatórios técnicos fundamentais, como o 

Relatório estrutural por entidade especializada, que sequer foi encaminhado à agência, são alguns dos argumentos apresentados para a interdição. 

Segundo a direção do Sindipetro/NF, “a interdição é uma medida necessária diante da falha reiterada da gestão da Petrobras em seguir protocolos de segurança e a  ANP faz o trabalho dela, que é garantir a segurança dos trabalhadores a bordo.  A Petrobrás é que não mostrou competência”. Inclusive foi narrado que, em auditoria interna pela Petrobrás, resultados foram pressionados para sofrerem alterações.  “Houve pressões sobre as equipes auditoras, e até um outro relatório, diferente, foi enviado pela área corporativa da empresa”.  

O Sindipetro denunciou essa auditoria e a ANP identificou a continuidade de problemas na gestão de segurança da unidade, reforçando não ser um caso isolado na Petrobrás, pois há casos em outras unidades fora da Bacia de Campos. 

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