O governo não está conseguindo apoio para votar o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda.
Segundo o g1, entraves relacionados ao pagamento de emendas, insatisfação do Centrão e disputas em torno de outras pautas prioritárias podem travar a análise da proposta.
O relator da matéria, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), participará de uma reunião de líderes na próxima terça-feira. Aliados de Lira avaliam que a falta de avanço até agora demonstra ausência de ambiente político favorável.
A versão mais recente do relatório prevê isenção para quem recebe até R$ 5 mil e desconto parcial para salários de até R$ 7.350. O governo teme que a oposição apresente emendas para ampliar ainda mais a faixa de isenção e não tem como se opor sem perder apoio popular. Parlamentares do União Brasil já cogitaram retirar do texto as atuais compensações, que incluem taxações extras de até 10% sobre rendas acima de R$ 50 mil e R$ 100 mil mensais. Caso essa mudança prospere, a proposta poderia perder parte de sua sustentabilidade fiscal.
Outro ponto sensível é o baixo pagamento de emendas parlamentares. Até agora, apenas R$ 215 milhões foram liberados, o equivalente a 2% do total autorizado de R$ 11,5 bilhões.
Paralelamente, a escolha do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator do projeto da anistia tende a deslocar o foco dos debates na próxima semana. Ele declarou que buscará construir uma proposta de consenso junto às bancadas.
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