O governo de Donald Trump ofereceu, em maio, acordos de cooperação internacional entre os Estados Unidos e o Brasil, exigindo como contrapartida que facções brasileiras que atuam do narcotráfico internacional, como o PCC e o Comando Vermelho (CV) sejam classificadas como terroristas.
O governo Lula, PT, recusou a oferta.
O governo Lula, PT, teme que a oferta visa abrir o território brasileiro para ações militares dos EUA.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, argumentou que PCC e CV não podem ser considerados grupos narcoterroristas pelo governo, porque a legislação brasileira exige que “inclinação ideológica”, para serem relacionados a terrorismo. O ministro disse que a legislação penal brasileira é suficiente.
Nesta quarta-feira, o dvogado Martin De Luca, que defende empresas do presidente dos EUA, a Trump Media, o status de narcoterrorismo para as facções liberaria todo o poder das ferramentas antiterroristas americanas, como o compartilhamento de informações, rastreamento financeiro, congelamento de ativos e sanções.
Leia a fala do advogado, mais abaixo.
Ele disse que os recursos negados pelo Brasil seriam os mesmos que os norte-americanos usam para desmantelar, por exemplo, a rede global do Estado Islâmico, inclusive financeiramente. Ele explicou que o governo federal está paralisado ou relutante em confrontar as facções. A declarada guerra de Trump contra narcoterroristas na Venezuela incluiu o ditador Nicolás Maduro entre os alvos. Em agosto, o Paraguai ampliou uma parceria com os Estados Unidos contra o grupo terrorista Hezbollah, financiado pelo governo iraniano. O governo do paraguaio Santiago Peña articulou com o FBI a instalação de uma base antiterrorista contra o Hezbollah, na Tríplice Fronteira com o Brasil e a Argentina.
O advogado De Luca atribuiu a uma desculpa de “soberania” à recusa do governo de Lula de firmar parceria antiterrorismo com os EUA. E acusou o petista de usar o mesmo argumento para defender “a censura, a corrupção em massa e a inação enquanto os brasileiros comuns vivem cada vez mais sob o domínio do crime organizado”. No Rio, os narcotraficantes usram fuzis de uso militar exclusivo e até drones para bombardear os policiais.
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