Fante exporta 34% mais bebidas no primeiro trimestre, mas novo frete trava vendas no Brasil

Maior exportadora de bebidas do Rio Grande do Sul em 2017, a Fante, com sede em Flores da Cunha (RS), comemora um crescimento de 34% em volume no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a empresa informou ao editor nesta sexta-feira. Vencedora na categoria Bebidas do 46º Prêmio Exportação RS por ter comercializado para o exterior 15% das 34 milhões de unidades produzidas em 2017, a Fante foi responsável por 75% das exportações de sucos, vinhos e espumantes do Estado. No segmento vinhos, teve participação de 84% sobre o volume total do produto exportado pelo Estado. E o ritmo segue forte este ano. Até março, a empresa já exportou 340 mil litros de vinhos – 61% dos 553 mil litros vendidos pelo Brasil para fora do país.

Mas se as vendas para o exterior vão bem, dentro do país a greve dos caminhoneiros que paralisou o país está preocupando a empresa. “A greve atrapalhou bastante a nossa comercialização interna, mas o pós-paralisação tem sido ainda pior”, admite o diretor Júlio Fante. Isso porque a tabela de frete sofreu aumentos consideráveis que não constavam no planejamento do ano. “Nosso fluxo de abastecimento do mercado estava programado para os próximos meses, mas agora tudo mudou”, observa. O executivo diz que, no Estado, o frete aumentou uma média de 50%. Para outros mercados mais distantes, como as regiões, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o acréscimo foi ainda maior, chegando a 100%.

“Estamos revendo toda nossa logística e buscando alternativas, como o transporte hidroviário e a ampliação da frota própria”, diz Fante. Hoje, 1/3 do que é transportado pela Fante já utiliza o modal hidroviário. Esta opção pode ser incrementada em até 30%, assim como o acréscimo de caminhões. As duas possibilidades, no entanto, levam algum tempo e não são soluções imediatas.

Em relação ao mercado externo, a Fante projeta aumentar a comercialização de mercadorias com o exterior em 15% ao ano nos próximos três anos. A empresa vende para 10 países. A novidade desde o ano passado são as compras crescentes vindas do mercado africano com produtos variados, especialmente os destilados.

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