Não há nenhuma dúvida de que algo está mudando depois da
eleição de Jair Bolsonaro. Vitorioso com mais de dez milhões de votos sobre o
candidato petista, que responde a 32 processos que vão desde o recebimento de
dinheiro da Lava Jato a denúncias por improbidade administrativa e superfaturamento
de obras, o presidente eleito - ao escolher vários militares de alta patente
para compor o seu governo -, deu o tom da mudança.
O recado parece dizer que, daqui para a frente, o modelo
petista de gerir a coisa pública, baseado exclusivamente na corrupção, não será
tolerado. Depois de anos de roubalheira – garantida por decisões mantendo a
impunidade dos corruptos -, o País acordou, e o fez sob a ameaça de trazer os
militares de volta ao poder.
A maior recessão já registrada na economia, a maior
dívida pública de todos os tempos e a maior quantia de dinheiro paga pelo
governo somente em juros, não podiam continuar. Só no período de Dilma Rousseff
a dívida chegou a R$ 1,6 trilhão. Daí não ser possível esperar que um governo,
cuja plataforma política foi maior segurança e a ética na coisa pública,
permitisse a continuidade dos desmandos.
Pela lógica comum, até os mais empedernidos corruptos,
entre os quais alguns membros do Congresso Nacional, sabem que não é possível
que um governo, eleito com a promessa de moralizar o País, não se garanta
diante da turbulência que vem por aí. E o exemplo maior veio com a polêmica
decisão tomada pelo ministro Marco Aurélio Mello, que, no último minuto da
última sessão do STF mandou soltar 167 mil integrantes das facções marginais e
da bandidagem organizada (inclusive Lula) condenados em segunda instância.
A repercussão negativa foi tanta que o Alto Comando do
Exército se reuniu por meio de videoconferência para saber que atitude tomar.
Embora o teor da reunião não tenha sido divulgado, o recado foi claro: ou se
caça a decisão pela própria Justiça, ou a caçaremos pela força. Os militares
expuseram sua insatisfação diante da tentativa de se desestabilizar o novo
governo por meio de uma liminar lançada à indignação nacional. Segundo os
procuradores da República, a liberação beneficiaria os criminosos de “colarinho
branco” e colocaria em risco a Lava Jato e as delações premiadas, além de
consagrar a impunidade.
Trinte e três anos depois de devolver o poder aos civis,
os militares, que nunca estiveram tão em alta na política nacional como agora,
jamais permitiriam que pessoas envolvidas em ilícitos, presas e condenadas,
fossem soltas por obra e graça de uma canetada, mesmo vinda de um ministro do
STF.
Por falta de aviso não foi. O comandante do Exército,
general Villas Bôas Correa, quando se recusou a punir o vice-presidente eleito,
general Mourão, pelas declarações que fez quando estava na ativa a respeito de
uma possível intervenção militar caso o Judiciário não pusesse fim a tanta
impunidade, já avisara. Naquela ocasião Villas Bôas disse que as Forças Armadas
dispõem de “um mandato” para “intervir na eminência de um caos” no País.
Ao mesmo tempo, nas redes sociais se multiplicaram as
mensagens de apoio a Mourão, enquanto aumentavam os pedidos para uma
intervenção militar. Naquela ocasião, a fala do comandante do Exército foi
apenas um aviso. Já a cassação da liminar de Marco Aurélio - por imposição do
Alto Comando -, foi um claro e velado recado.
Tem muita gente achando que não haverá intervenção
militar porque a comunidade internacional não permitiria. Isso é um erro.
Ninguém protege um país de mais de 200 milhões de habitantes apenas protestando
contra possíveis violações dos direitos humanos, o que já é o caso há 40 anos.
O máximo que poderá haver, caso os militares tomem o poder, seria apenas alguns
protestos, e nada mais.
Os militares não desejam intervir, mas não aceitam a
corrupção como um dos princípios fundamentais de nossa administração pública.
Tampouco aceitam a impunidade garantida por alguns dos ministros de nossa mais
alta Corte de Justiça.
Não permitir que os corruptos assumam os cargos mais
importantes da Nação já é um consenso. Se isso não bastar e os generais
resolverem colocar os tanques nas ruas, só Deus sabe o resultado. Recados não
faltam; basta apenas ouvi-los.
Sou, em tese, sempre contra qualquer ruptura institucional. Mas (e bota MAS importante) tudo tem limite. Acho que seria o caso duma intervenção militar temporária, somada à participação da ala dos políticos mais preocupados com o Brasil - de centro-direita) para se fazer uma reforma na Constituição, adequando-a ao nosso século. Depois de tudo organizado, feitas as reformas necessárias, entregue-se novamente o poder aos civis!
ResponderExcluirSenhores quem vai administrar o Brasil a partir de janeiro é as forças armadas na pessoa de Jair Bolsonaro, com a graça de Deus.Vagabundos,políticos corruptos e outros mais que tratem de se enquadrarem porque a cana vai comer solta.
ResponderExcluirHumm!!!
ResponderExcluirCaçar a decisão?
Não seria cassar a decisão??
Faz sentido, Marco Tulio! Como diria PROF.Raimundo, é o exército com muitas espingardas. É caça !!!
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