O 'suspeito' vestido de noiva custou a Angélica multa de R$19.314 (ou US$5.000).
O passaporte não foi suficiente para o burocrata reconhecer a americana e não uma brasileira tentando burlar a Receita com um vestido de noiva, conta hoje o jornalista Claudio Humgberto no seu Diário do Poder.
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Angelica, 27, desembarcou com o noivo domingo (16), no Rio, para o sonho de casar-se no Brasil. O casal é americano, tem passaporte americano, nunca viveu no Brasil. Mas ela logo perceberia seu sonho era um grave erro: na mala revirada, o auditor-fiscal Marco Fortes encontrou seu vestido de noiva. Arrá! Talvez irritado com o trabalho às 7h30 da manhã de domingo, Fortes deu o tratamento de contrabandista à noivinha que escolheu se casar no País onde sua mãe nasceu.
Angelica foi multada em 5 mil dólares (R$19.314,50) porque seu vestido de casamento tinha “etiqueta”. Acusação: o valor imaginado do vestido superava o limite de 500 dólares imposto a brasileiros que viajam ao exterior. Não era o caso da americana Angélica. Não adiantou. Não teve apelo, documentos, nada.
Ela havia desembarcado na republiqueta onde burocrata tem poder. “Me senti uma extraterrestre num país onde tenho as minhas raízes… dominada, vulnerável e impotente”, desabafou Angélica, desolada.
Angelica de Mello Bernabe, a americana filha de brasileira, viu o momento mais importante da sua vida transformado em pesadelo pela Receita Federal, que, questionada pela coluna desde segunda (17), nem se deu ao trabalho de explicar.
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