O Banco de Talentos (BT), anunciado pelo governo federal
para contratação de cargos de indicação política no segundo escalão, já é uma
realidade na Prefeitura de Porto Alegre há dois anos. Criado ainda na transição
do governo do prefeito Nelson Marchezan Júnior, em caráter voluntário, foi
institucionalizado na estrutura do Executivo Municipal com o objetivo de
selecionar, por meio de critérios técnicos, a contratação dos Cargos em
Comissão (CCs).
Em 24 meses de atuação, recebeu 15.534 currículos,
entrevistou mais de 3 mil candidatos, garantiu a permanência de 100 servidores
CCs da gestão anterior e contratou 680 novos CCs. Atualmente, há três vagas
sendo selecionadas pelo BT: secretário para a Secretaria Municipal da
Transparência, presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC)
e diretor do Escritório de Turismo, vinculado à Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Econômico.
Todos os CCs nomeados passaram pelo Banco de Talentos. A
indicação para o cadastramento no BT vem de vários lugares: entidades,
sindicatos, universidades, empresas e também de partidos políticos. A grande
diferença é que a nomeação está condicionada à análise técnica de cada
profissional, que é escolhido para funções para a qual possui formação teórica
e conhecimento prático. O resultado é uma administração mais eficiente.
Entre os cargos em comissão selecionados estão o de
ex-secretário municipal de Saúde e atual secretário executivo-adjunto do
Ministério da Saúde, Erno Harzheim, o titular da Secretaria Municipal de
Educação, Adriano Naves de Brito, e o secretário de Comunicação, Orestes de
Andrade Jr. Os três foram indicados a se inscreverem no Banco de Talentos,
tiveram os currículos avaliados e passaram por entrevistas com profissionais de
Recursos Humanos e com o próprio prefeito. “Queremos os melhores talentos
trabalhando na administração da cidade e queremos os servidores públicos de
Porto Alegre fazendo parte deste processo. Gente comprometida e muito
capacitada para fazer uma gestão orientada para resultados, com foco no
desenvolvimento econômico e no combate à pobreza”, afirma Marchezan.
“Conseguimos isso graças ao Bando de Talentos”, acrescenta.
A coordenadora do BT, Simone Lisboa, explica que o
trabalho é baseado nas melhores práticas da área de recursos humanos. “O
processo foi mapeado e segue a seleção por competências com descrição do perfil
e requisitos de cada cargo”, diz. O cadastramento on-line é transparente e
aberto a qualquer pessoa, inclusive servidores, que desejarem se inscrever para
concorrer a vagas em um dos dois níveis funcionais: gestor e assessor. “Ao
encontrar profissionais com currículo, experiência e perfil necessários para
ocupar as vagas no governo, o Banco de Talentos promove excelência nos
resultados para a administração pública, qualificando os serviços oferecidos
aos cidadãos e a gestão de autarquias”, observa Simone Lisboa.
Trabalho voluntário - A criação e a operação do
Banco de Talentos ainda na transição do governo e nos três primeiros meses da
gestão Marchezan foram possíveis graças ao trabalho voluntário. O prefeito
buscou apoio de entidades, ouviu especialistas e construiu parcerias com
organizações da sociedade civil, como Vetor Brasil e Comunitas, além da
consultoria Cássio Mattos Group e da ABRH-RS. No início, todo o processo era
manual. Hoje, os currículos são filtrados e cadastrados no
link http://alfa.portoalegre.rs.gov.br/gp/projetos/banco-de-talentos, que
contém todas as orientações para os candidatos.
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