Se o governo tem a intenção de conter as tarifas
artificialmente, precisa dizer de onde virão os recursos necessários, sem impor
a conta do prejuízo à estatal petrolífera
A semana começa sob o impacto de uma das maiores quedas
recentes do valor de mercado da Petrobras, resultante da inoportuna intervenção
do presidente Jair Bolsonaro no preço do diesel. Com a intromissão indevida, o
presidente da República contraria frontalmente a defesa do livre mercado de seu
ministro da Economia, Paulo Guedes. A atitude chega a lembrar as da
ex-presidente Dilma Rousseff, que impôs prejuízos consideráveis à estatal
brasileira com sua política intervencionista. Além de tumultuar um mercado
sensível como o de combustíveis, a mais recente decisão nessa área, tomada na
última quinta-feira à noite, provocou perdas bilionárias nas ações da empresa e
encurtou suas receitas, o que é uma temeridade.
Preço de combustível não pode se prestar para demagogias,
pois os danos costumam ser irrecuperáveis, e não só para os acionistas.
Normalmente, a conta acaba recaindo mais tarde sobre os consumidores. É
compreensível que, com a sua queda de popularidade, em boa parte devido à falta
de articulação entre os que assumiram o governo em janeiro, o presidente se
esforce por contentar uma categoria influente como a dos caminhoneiros. É óbvio
também que o país não pode dar margem a qualquer possibilidade de repetição da
greve que, entre maio e junho do ano passado, praticamente paralisou o país,
gerando consequências que até hoje não foram contornadas. Nada justifica, porém,
que o presidente, eleito sob a alegação de ter revisto seu discurso
intervencionista, passe a interferir em decisões que são de mercado.
A torcida da Zero Hora para que haja uma nova greve dos caminhoneiros é impressionante. Parece que quanto pior melhor para a Zero Hora. Por quê?
ResponderExcluirA oposição -coitada- raciocina segundo a velha tática do quanto pior melhor. Assim, quanto maior o caos mais querem apossar-se dos corações e mentes dos incautos.
ExcluirÉ só vender a Petrobrás e permitir a livre concorrência no mercado de petróleo que tudo será resolvido!
ResponderExcluirDisse tudo!
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