- O autor é vereador de Porto Alegre, ex-presidente da Câmara.
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Coloca-se muito forte frente a sociedade brasileira a
questão da liberdade de expressão e se esta teria algum limite, algum freio ou
não. Acredito que desde que em locais adequados e feitas as advertências
necessárias, a liberdade total de expressão deve ser respeitada, ressalvando
àquela que constitua crime contra a honra, nos tipos penais já dispostos no
sistema legal brasileiro. Mas o ativismo judicial quer transformar o parlamento
na casa da mãe Joana, e aí a liberdade é ferida de morte pelo desrespeito:
primeiro para com a instituição Presidente da República (não confundir com a
pessoa física), e depois pela própria imposição do poder judiciário ao
legislativo de algo que, duvido eu, o próprio judiciário expusesse no acesso ao
seu prédio ou no acesso ao pleno do Tribunal.
Acredito que o que ocorreu na semana passada com a
instalação da exposição “Rir é um Risco” na Câmara Municipal de Porto Alegre
foi uma ofensa, antes de mais nada à cidadania. Ora, se em seu art. 1º a carta
magna brasileira prescreve que vivemos em um Estado Democrático de Direito,
tendo como fundamento que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos nos termos desta Constituição, expor charges que ofendem
a imagem daquele que foi escolhido pela maioria das pessoas dessa nação, é
despeitar a própria sociedade. Também o Brasil foi ofendido na medida que a
exposição traz charges do presidente norte americano defecando sobre a nação
brasileira.
Além do mais, proponho uma reflexão: Será que liberdade é
fazer o que se quer, a hora que se quer, e no lugar que se quer? Não seria isso
uma espécie de autoritarismo, impor o que EU (o que acho e quero) aos outros?
Defendo que o Parlamento, que nada mais é do que a Casa do Povo, zele pelos
princípios da soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais
do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político sem, com isso, ferir
ou desrespeitar quem quer que seja. Por fim, a questão é interna e
administrativa do Legislativo e deve ser respeitada pelo outro poder, na medida
que a autonomia e a independência dos poderes são mandamentos constitucionais.
Apoiado, Vereador Valter Nagesltein.
ResponderExcluirAlguém ainda tem alguma dúvida do ativismo esquerdopata que permeia o judiciário. De sua tendencia de achar que tudo pode e que paira sob a cidadania e não lhe deve satisfações? Urge que lhe seja dada outra conformação e rotina (ritos e prazos), pois leniente com a perda de valores, indolente com o trabalho e corporativista como bem maior que defende.
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