A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira a 80ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Pseudeia, um desdobramento Operação Acarajé (23ª fase da Lava Jato), realizada em 2016.
Cerca de 15 policiais cumprem 5 mandados de busca e apreensão no estado de São Paulo, sendo 3 na capital e 2 em Pindamonhangaba. Também serão bloqueados e sequestrados valores até o limite dos prejuízos identificados, até o momento em R$ 5.261.100,00.
A Operação Acarajé comprovou que um representante de estaleiro estrangeiro efetuou pagamentos ilícitos no exterior para agentes públicos e marqueteiros políticos e realizou transferências a outros indivíduos até então não identificados.
“Um desses indivíduos, que é alvo das medidas cumpridas nesta manhã, celebrou contrato de consultoria ideologicamente falso com o representante de estaleiro estrangeiro, utilizando-se, para tanto, de empresa offshore constituída em paraíso fiscal e de conta no exterior em seu nome. Com isso, foram efetuados, em 2013, pagamentos na ordem de um milhão de dólares para indivíduo até então não qualificado”, explicou a PF, em nota.
Esse beneficiário dos valores ilícitos foi identificado depois que o representante do estaleiro se tornou colaborador das investigações. “Segundo o colaborador, os pagamentos foram feitos a partir de solicitação de vantagem feita pelo tesoureiro do partido político que formava o então Governo Federal”, continuou a PF.
O investigado responderá pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, dentre outros contra o sistema financeiro nacional.
O nome de operação, Pseudeia, se refere, no âmbito da mitologia grega, ao espírito da mentira, a qual faz alusão ao nome do investigado e ao emprego de expedientes falsos para justificar os recebimentos de valores no exterior.
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