O incômodo deve ganhar um novo ingrediente em breve. Nesta quinta-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que a Polícia Federal vai pedir nesta sexta a Moraes para decidir se os militares acusados de envolvimento nesses atos serão investigados por civis ou por colegas militares.
A possibilidade de militares serem investigados em inquéritos conduzidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes sobre os ataques à sede dos Três Poderes em 8 de janeiro elevou o mal-estar nas Forças Armadas.
A informação é da Reuters.
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A avaliação entre militares e também na Procuradoria-Geral da República, segundo três fontes, é que a apuração sobre o envolvimento de militares da ativa e da reserva são de competência da Justiça Militar.
Já havia um desconforto de militares do Exército com uma investigação conduzida pelo por Moraes contra o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, alvo de inquérito no STF por atuar no vazamento de um inquérito sigiloso usado pelo então chefe do Executivo em uma tentativa falsa para desacreditar as urnas eletrônicas.
O professor da UFRJ e de academias militares Francisco Teixeira disse que o caso envolvendo Mauro Cid –que foi seu aluno– chegou a ser discutido na cúpula do Exército e que houve uma avaliação de que ele não poderia deixar de ser designado para um posto por causa da investigação do STF, fato considerado uma ingerência política.
“Os militares não aceitavam que Mauro Cid fosse entregue ao Alexandre Moraes ou a qualquer tribunal civil”, disse Teixeira, que tem trânsito entre os militares.
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