A confirmação da cassação de Deltan Dallagnol pelo próprio parlamento significa que o "novo normal" avançou mais uma casa.
As franquias democráticas estão sendo testadas. E, aos poucos, dando sinal verdade para um novo paradigma judicial, institucional, político e social no Brasil.
O limite da subjugação do parlamento foi testado mais uma vez. E deu sinal verde.
Não é apenas sobre Deltan.
É sobre a democracia, os precedentes, a invasão de competências, a subjugação do parlamento, o aparelhamento estatal e o viés revanchista.
Deltan foi cassado sem paradigma jurisprudencial, numa inovação casuística. É um sinal.
É um jogo de poder e intimidação cuja motivação é a supressão de vozes contrárias.
Começou com a descondenação de Lula, a prisão de um deputado por discurso, a cassação de redes sociais, as intimidações de toda espécie, inquéritos sigilosos e muito mais.
E não vai parar, com certeza.
O sinal verde está dado.
O mandato de Sérgio Moro deve ser cassado, Bolsonaro ficará inelegível e as rede sociais livres continuarão sendo um foco voraz deste "novo normal".
O cerceamento das vozes contrárias, parece claro, é o maior foco.
E só não conseguiram passar o PL da censura das redes sociais justamente pela liberdade que querem combater.
O "perigo" das redes sociais, para estes senhores, é que elas aumentam a ressonância da divergência. E isso atrapalha toda espécie de status quo
Alguns debocham e chamam de "teoria da conspiração", outros estão silenciosos por medo ou pragmatismo e ainda há os que se beneficiam de tudo isso. Mas muitos estão despertando e vendo que, a pretexto de combater Bolsonaro, não se pode rifar a liberdade e a Constituição.
Vivemos uma inversão insólita e quase inacreditável, em pleno 2023. Com viés de piorar. Mesmo com algum risco ao ter esse tipo de opinião, não posso deixar que meus filhos pensem que o pai deles não estava vendo tudo isso que aconteceu. E menos ainda que se omitiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário