Ditadura, nunca mais.

Este comentário comentário do editor sai sob o impacto da revoltante sentença proferida esta tarde, 14 de setembro de 2023, contra o primeiro dos presos políticos arrebanhados como gado nos dias 8 e 9 de janeiro em Brasília, tudo no contexto das manifestações já cantadas em prosa e verso. O primeiro réu, Aécio Lúcio Costa, 51 anos, paulista que trablha na Sabesp, foi condenado a impressionantes 17 anos de cadeia, 15 em prisão fechada, e multa de R$ 30 milhões. A maioria dos 11 ministros seguiu o relator, Alexandre de Moraes, que tipificou 5 crimes, inclusive tentativa de golpe de Estado, o que evidentemente está longe de  ter acontecido, mas que favorece a consolidação da narrativa maior,  que visa criminalizar  Bolsonaro, emparedar  a oposição e intimidar a população.

Nunca, antes, a não ser nas ditaduras, presos políticos foram condenados a penas tão prolongadas e cruéis.

É para intimidar todos os que pensam ou atuam contra o Eixo do Mal.

No meu blog estou contando tudo e acompanhando tudo em tempo real.

Hoje, no entanto, quero me referir aos que divergem no âmbito do próprio julgamento em curso no STF.

E me refiro de cara ao impressionante, destemido e contundente discurso feito pelo advogado Sebastião Coelho no julgamento em curso de 4 presos políticos, tudo feito na quarta-feira, que continua espalhando-se como rastilho de pólvora dentro e fora das redes sociais.

Salve, Sebastião !

Enfim um homem de coragem pessoal e cívica.

O discurso deste bravo advogado, que faz lembrar todos os destemidos advogados que enfrentaram a ordem dominante em períodos de ditadura, como aconteceu com Sobral Pinto ao defender Prestes durante a ditadura Vargas, vai para os anais da história destes tenebrosos dias atuais de protoditadura da toga.

Diante dos eminentes togados do STF, repetindo aquele menino inocente da fábula, ele viu que o rei estava nu, mirou em Alexandre de Moraes e seus pares, para dizer cara a cara o que todos nós já sabíamos:

- Os senhores são as pessoas mais odiadas do Brasil.

E são.

O dr. Sebastião Coelho é desembargador aposentado do Distrito Federal. Ele antecipou sua aposentadoria, justamente por não suportar obedecer ao atual sistema judicante brasileiro, submetido aos ditames autoritários, inconstitucionais, portanto ilegais, que são produzidos diariamente nos âmbitos do STF, do STJ, do TSE e do CNJ.

Aliás, ao abrir o discurso de defesa do réu Aécio Lúcio Costa,  o advogado denunciou o ministro Luiz Felipe Salomão, presidente do CNJ, que pouco antes, para intimidá-lo, quebrou-lhje o sigilo bancário, sob a pífia alegação de que ele poderia ter alcançado dinheiro para as manifestações de 8 de janeiro. 

"Não me intimidam e não me intimidarão", denunciou o advogado, que até agora não recebeu uma só manifestação de apoio por parte da sua Ordem dos Advogados, a OAB, que está rouca de tanto ficar calada diante dos desmandos da alta cúpula do Judiciário do Brasil.

O julgamento dos 4 primeiros réus prosseguiu, hoje, quinta-feira, dia 14 de setembro. 

O editor está disponibilizando tudo, on line, em vídeo e áudio, no blog www.polibiobraga.com.br Vale a pena visitá-lo e acompanhar o voto do ministro Kássio Nunes, que divergiu de A. de Moraes. Moraes pediu 17 anos de cadeia para o primeiro réu, Aécio Lúcio Costa, elencando 5 crimes, entre os quais o de golpismo, de golpe de Estado. Kássio Nunes rebateu e aplicou pena de 2,6 anos, mantendo as tipicações penais dentro do Código Penal e do Código de Processo Penal, o que é apropriado no caso.

Hoje, quinta-feira, outro embate opôs A. de Moraes, de novo, e André Mendonça, que desmoralizou-o diante de todos, ao deixar claro que ele mentia ao enfiar-lhe na boca palavras que ele nunca pronunciou.

São momentos de grande tensão política e social e no qual fica escancarado o caráter autoritário da Alta Corde, além das flagrantes ilegalidades que vem cometendo, mas num momento, também, em que não apenas o STF se degrada, mas se degrada o governo lulopetista, cada dia mais desmoralizado por denúncias e imagens, inclusive vindas da Índia, que mostram um presidente sem condições físicas e morais de permanecer onde foi colocado por seus companheiros do Eixo do Mal.

Esta é que é a verdade.

É por tudo isto que se agigantam as convocatórias para novas manifestações públicas, agora programadas para 15 de novembro em todo o País, sob consignas que se resumem a um só refrão:

- Abaixo a ditadura.

É o que é.

Esta democracia fraturada que vivemos, uma protoditadura, não prosperará para uma ditadura plena, porque este povo já está farto dessa gente e das suas sórdidas investidas diárias contra a liberdade.

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