Vade retro

 O que mais me assombra neste caso da intervenção branca do governo federal lulopetista no Rio grande do Sul, que nem pode mesmo ser chamada de intervenção branca, mas intervenção para valer ... o que mais me assombra é o silêncio quase sepulcral que as principais lideranças políticas e da sociedade civil, inclusive da mídia, mantêm diante do que está acontecendo, uma exploração política indecente, tudo em meio a uma tragédia, como foi o comício da Unisinos, quando o candidato declarado ao Piratini foi anunciado como o gauleiter petista, da oposição ao atual governo tucano, no RS. 

A começar pelo silêncio do próprio governador Eduardo Leite.

Eu protestei contra a criação do ministério da Reconstrução, da nomeação do ministro Paulo Pimenta e, portanto desta intervenção federal, desde o primeiro momento.

Claro que o governo lulopetista tentou dourar a pílula, dizendo que quer apenas coordenar a ajuda federal, mas acontece que o governo lulopetista, como vocês sabem, mente tanto que nem sente.

O mais assombroso é que diante do silêncio quase generalizado da gauchada, ganha corpo denúncias graves que saem pela boca de gente de fora do Estado, como é o caso do jornal O Estado de S. Paulo, que apontou o que ele chamou de "indecente exploração política da tragédia das águas".

Foi preciso que o ex-governador Aécio Neves, tucano como o governador Eduardo Leite, viesse a público para mostrar que o rei está nu mais uma vez.

Aécio levanta a questão principal, ao denunciar:

É uma intervenção no Estado, não prevista na Constituição. 

Ele disse que vai questionar na Câmara os fundamentos legais do ato tresloucado do governo lulopetista, confrontando o governo constituído do RS.

E até foi mais longe, repetindo o que eu já tinha dito na quinta-feira:

- O precedente é muito perigoso.

Por que razão ? Porque pode ser repetido contra os governadores que não rezam pela cartilha do governo federal lulopetismo, como a Minas do próprio Aécio ou São Paulo de Tarcisio.

Aécio pergunta, justificadamente, se o PT consideraria razoável se o governo Jair Bolsonaro criasse secretarias extraordinárias nos estados brasileiros para combater a pandemia da Covid-19.

Lula nem consultou o governador, que reagiu polidamente e politicamente criou uma secretaria da reconstrução para interagir com Pimenta, que nem se toca com estas filigranas e vai tentando governar o governo do RS

Está correto o que diz uma das vozes gaúchas que se levantou contra a intervenção, no caso o senador Hamilton Mourão, que gravou pronunciamento, ontem a tarde, denunciando como quebra do princípio federativo a criação do 29o ministério e a indicação do deputado Paulo Pimenta para estabelecer um poder paralelo no RS.

Ontem, também, em Nota Oficial, o deputado federal Luciano Zucco já tinha denunciado a intervenção federal.

Há um governadaor eleito no RS, vale lembrar, e este com certeza não é o ministro Paulo Pimenta, que não é bem vindo para cumprir a função de gauleiter, o interventor enfiado goela abaixo dos gaúchos pelo governo nomeado.

Vade retro, Paulo Pimenta !

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