Artigo, Silvio Lopes - Ilha de cooperação

      O meio empresarial ainda se mantém e sustenta sendo, indiscutivelmente, um ambiente hobbesiano. Às vezes, até demasiado. Portanto, é onde vicejam e sobressaem a crueldade e a torpeza, comuns à própria natureza humana, sempre prestes a explodir, sem ter hora e até razões racionais para tal.

     Criar um ambiente de felicidade nas organizações, deixou de ser, portanto, uma visão utópica de sonhadores inconsequentes. Trata-se de uma imposição fática e de estratégia organizacional capaz de solidificar laços de tolerância e boas e sadias relações, como pré condição para alcançar retorno, inclusive de lucratividade

Se, de fato, historicamente se tornaram realidade os níveis de competição nas empresas, internamente( e entre elas, do lado de fora), a segunda metade do século passado mostrou uma tendência à busca da cooperação. 

       Grandes companhias multinacionais buscando dividir custos com suas concorrentes, interagindo nas melhores e mais adequadas  estratégias e conceitos de produção, administrativos e de marketing, foi um avanço. E por aí afora. Exemplos é que não faltam. Ao contrário, são pródigos e generalizados nos mais diferentes segmentos econômicos.

     A inclusão da espiritualidade no mundo dos negócios, que abordo nas palestras sobre Economia Comportamental, é o recurso hoje mais evidente da necessidade de tornar o ambiente empresarial menos tóxico, e transformá-lo( sim, isso é possível), num ambiente acolhedor, de realização pessoal e onde a cooperação ajude e colabore, efetivamente, para um processo competitivo que seja leal e dentro das regras da civilidade.

      São fartos os exemplos de empresas que, após implantarem conceitos e formas de ação alinhados com a " espiritualidade", tornaram o seu ambiente interno em "ilha de efetiva cooperação e agradável convívio", e viram crescer seus níveis de produtividade e obtenção crescente de lucros. 

    O " Dicionário da Pessoa Espiritualizada", que organizei e serve como base indicativa para essa transformação que vem alavancando performances dentro e fora do ambiente empresarial, é indispensável para se obter o êxito que todos nós buscamos: empresários, colaboradores e sociedade em geral.

     O pós pandemia, agravado com as enchentes no nosso Estado, deixou um rastro de desconforto, abatimento e desesperança no meio empresarial. A fortaleza espiritual e seus instrumentos de percepção e enfrentamento inexpugnáveis podem e vão ajudar nessa retomada indispensável, desafiadora e gloriosa. De fato, isso vai acontecer. Creia.

Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante

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