Renato Duque contou que, depois de deixar a Petrobras, teve três encontros com Lula
Sem alarde, a imprensa noticiou que, no sábado (17), a Polícia Federal prendeu em Volta Redonda (RJ) o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Ele estava foragido desde que, um mês atrás, foi condenado em definitivo a cumprir 39 anos de prisão por corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A Operação Lava-Jato, aquela que muitos parecem ter esquecido por distração ou conveniência, revelou que a diretoria de Duque na Petrobras amealhou e geriu propinas pagas por empreiteiras que tinham contratos com o governo federal entre 2003 e 2012. Valor total das propinas: R$ 650 milhões.
Em 2017, Duque aceitou devolver mais de 20,5 milhões de euros que possuía em contas na Suíça e firmou acordo de delação com as autoridades de um país que ainda se importava com corrupção. Suas palavras:
— Eu queria deixar claro, meritíssimo, que eu cometi ilegalidades. Quero pagar pelas ilegalidades, mas quero pagar pelas ilegalidades que “eu” cometi. (...) Se for fazer uma comparação com o teatro, eu sou um ator; (...) tenho um papel de destaque nesta peça, mas eu não fui e não sou nem o diretor nem o protagonista dessa história.
Pelas perguntas e recomendações que ouviu de Lula sobre contratos com a construtora de navios SBM e sobre o projeto de sondas, Duque contou ter ficado surpreendido com o nível de informação do então ex-presidente sobre tais assuntos
Duque contou que, depois de deixar a Petrobras, teve três encontros com Lula: em 2012, em 2013 e em 2014. Seus relatos, disponíveis ao público na internet (não sei por quanto tempo), são de envergonhar os brasileiros que um dia acreditaram no partido fundado em 1980 sob a promessa de não roubar e não deixar roubar.
Pelas perguntas e recomendações que ouviu de Lula sobre contratos com a construtora de navios SBM e sobre o projeto de sondas, Duque contou ter ficado surpreendido com o nível de informação do então ex-presidente sobre tais assuntos.
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