Um dos casos mais emblemáticos de prisão política é o do ex-deputado federal Daniel Silveira. Hoje, véspera de Natal, ele foi novamente recolhido ao presídio, por não cumprir as exigências da liberdade provisória que durou apenas quatro dias.
O que Daniel fez? Chegou em casa depois do horário permitido por Alexandre de Moraes.
Há dois anos acompanho os presos políticos brasileiros com matérias publicadas aqui e no site www.bureaucom.com.br.
Observo que, com o passar do tempo, os próprios presos começam achar natural essas prisões por desobediência.
Há uma lenta e gradual "domesticação" dos conservadores. Preso político é obrigado a assinar toda segunda-feira se estiver em liberdade provisória (criminoso comum não), preso político não pode ter mídias sociais, tem horário fixo de saída de casa, tem área geográfica de circulação... Isso acostuma.
O presente do atual governo para os brasileiros é considerar criminosos passíveis de indulto de Natal e, por outro lado, manter em presídios os opositores políticos.
Você acaba entendendo que você não é livre, tem um grande "olho" te vigiando. E quando um preso político "infringe" uma das regras, muitos dizem: ele provocou o sistema.
O efeito da doutrinação anula a sua liberdade. Ela não existe mais e isso serve para todos, em especial é um recado para as demais pessoas que um dia ergueram uma bandeira em praça pública, nas cores verde/amarela/branca/azul pedindo por um Brasil honesto, sem corrupção no governo e digno para os seus filhos e netos.
A bandeira vermelha parece estar encontrando a vitória sobre o povo verde/amarelo, como ocorreu em tantos outros países onde o ser humano perdeu o seu valor e princípios morais, onde a prosperidade não existe mais.
Os ditadores, mesmo aqueles que tomam o poder com a intenção de ajudar a nação, transformam-se frequentemente, com o tempo, em tiranos.
ResponderExcluir