As vendas reais do comércio varejista restrito recuaram
0,6% na passagem de abril para maio, nasérie com ajuste sazonal, conforme
divulgado ontem pelo IBGE. O resultado surpreendeu positivamente o mercado
(mediana das expectativas em -0,8%), revertendo parte da alta
anterior de 0,7%. Na comparação interanual, as vendas cresceram 2,7%, acima da
elevação de 0,6% na leitura de maio e de alta de 2,6% esperada pelo mercado.
Setorialmente, seis dos oito segmentos pesquisados registraram queda na margem,
com destaque para as variações negativas de 6,7% nas vendas de livros, jornais,
revistas e papelaria e de 6,1% de combustíveis e lubrificantes. O volume de
vendas do comércio varejista ampliado, que também considera os segmentos de
veículos e de materiais de construção, registrou queda de 4,9% na margem, mais
do que devolvendo a alta de 1,5% registrada em abril. Tal queda foi
principalmente influenciada pelas vendas de veículos e motos, partes e peças,
que recuaram 14,6%, enquanto o segmento de material de construção registrou
queda de 4,3%. Vale destacar que o desempenho do varejo naquele período foi
negativamente afetado pelos efeitos da paralisação no setor de transportes, que
ocorreu no final de maio. Para os próximos meses, esperamos a retomada das
vendas do varejo para níveis compatíveis com a recuperação, ainda que bastante
gradual, da atividade econômica.
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