- Senador e presidente do PSD-RS
Em 17 de novembro passado, escrevi em artigo que a Lei
Kandir tinha se tornado ilusória esperança de alguns estados de serem
ressarcidos pela União da desoneração do ICMS nas exportações de produtos
primários e semielaborados. Só o Rio Grande do Sul sustenta ter direito a mais
de R$ 50 bilhões. Escrevi também que o Congresso protelava a obrigação de
regulamentar aquela lei desde 2003, porque era dominado pelos interesses do
governo federal, assoberbado por déficits e, por isso, abafando projetos por
ação de bastidores.
Nesse meio tempo, o Supremo Tribunal Federal decidia,
provocado pelo Pará, que até fins de agosto de 2018 o Legislativo teria de
regulamentar a matéria em cumprimento da Lei. Pois, o prazo acabou agora e a
tarefa não foi cumprida. Chegamos a criar uma comissão especial, da qual
participei, formada por senadores e deputados. Promovemos audiências públicas
para ouvir propostas e em 6 de novembro passado, nosso grupo de maiores
credores, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fomos ao
Ministério da Fazenda.
Numa reunião de duas horas, discutimos e ouvimos o então
secretário-executivo e atual ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, cercado de
advogados, alegar que o governo não reconhecia o débito por falta de
regulamentação da lei e, mesmo que quisesse, não tinha recursos para desembolso
aproximado de R$ 500 bilhões.
Frustrados, mas não desanimados, criamos um projeto de
regulamentação, relatado pelo senador Wellington Fagundes, do Mato Grosso,
propondo cifras parceladas para a União pagar, como R$ 39 bilhões anuais, que
seriam partilhados proporcionalmente entre os credores. O prazo se esgotou e o
presidente da Câmara não colocou o projeto em pauta, apesar de nossas
insistências.
Assim, chegamos ao período eleitoral e alguns candidatos ao
governo gaúcho, sem melhores propostas, invocam a busca das compensações da Lei
Kandir como solução para os problemas do estado. Uma ilusão. A União repetirá
que não deve e não tem recursos. E, se
conseguirmos, a demanda levará anos só
para discutir créditos de cada produto exportado, de estados e municípios
brasileiros.
Por isso sugeri, em 17 de novembro de 2017, que se
proponha o fim da Lei Kandir para que os estados possam retomar a autonomia de
taxar as exportações, mas modicamente para não desestimular exportadores. E, ao
mesmo tempo, ajuizar no STF a cobrança dos atrasados, que o governo renega. O
resto é devaneio.
Os Estados deveriam pedir ao supremo a suspensão da lei Kandir
ResponderExcluirLASIER TEM QUE CONSIDERAR OS "INTERÉSSES" DOS VOTANTES
ResponderExcluirFORA ISSO É "TERTÚLIA FLACIDA PARA ACALENTAR BOVINO"
UM PROFESSOR GÊNIO, ESTUDIOSO DE DARWIN,SEMPRE,SEMPRE E SEMPRE AFIRMAVA QUE ATÉ UMA AMEBA SE MEXE EM FUNCÃO DE SEUS INTERESSES ,INTERESSES EM FUNCÃO EXISTENCIAL,OUTROS ANIMAIS TAMBÉM E O SER HUMANO ALEM DE INTERESSES EXISTENCIAIS BASICOS, TAMBÉM OUTROS COMO ECONOMICOS,FINANCEIROS,DE FATIAS DE PODER,NOBLIARQUICOS, E SOCIAIS ...
A LEI KANDIR FOI PARIDA PORQUE CONSIDEROU ISSO, OS INTERÉSSES NA OCASIÃO MOVIMENTARAM A VOTACÃO ,PARA DESMONTAR O CAMINHO REVERSO É O CAMINHO DE SUCESSO.
SE NÃO CONSIDERAREM INTERESSES DOS VOTANTES É "TERTULIA FLACIDA PARA ACALENTAR BOVINO", OU "CONVERSA MOLE PARA BOI DORMIR"