Retração do IGP-M de novembro indicou alívio de preços
aos produtores
O IGP-M de novembro registrou deflação de 0,49%, conforme
divulgado há pouco pela FGV. Esse resultado veio alinhado com a nossa projeção
(-0,50%) e abaixo da mediana das expectativas do mercado (-0,45%). Trata-se de
um recuo importante comparado à alta de 0,89% registrada no mês anterior. O IPA
Agrícola, que registrou recuo de 2,51%,
abaixo dos 0,29% de outubro, foi o principal vetor dessa deflação, com queda
generalizada nos produtos de agricultura e pecuária. Destaque para a
desaceleração na variação do preço do tomate (de 92,9% para 34,4%). Além disso,
com a dinâmica do câmbio mais apreciado e a recente baixa na cotação do
petróleo, os preços dos bens industriais também passaram para o campo
deflacionário (-0,24%, contra 1,38% no mês anterior), refletindo,
principalmente, o recuo no item combustíveis. Com isso, o IPA Industrial, a
despeito de ter sido pressionado pelos preços mais elevados do minério de
ferro, manteve a tendência de queda observada desde setembro. O núcleo (que
exclui indústria extrativa, combustíveis e produtos alimentares), por sua vez,
também tem mostrado uma importante desaceleração, influenciado pelos mesmos
fatores. Isso indica um significativo alívio aos produtores, uma vez que o
repasse de custos ao consumidor esteja demasiadamente moderado, como
acompanhado nos resultados do IPCA e também do IPC, que registrou leve alta de
0,07%, contra 0,51% de outubro. No mesmo sentido, o INCC arrefeceu, passando de
0,33% para 0,26% este mês. Acumulado em doze meses, o IGP-M registrou elevação de
9,68% e, para o IGP-DI de novembro, esperamos que o movimento deflacionário se
acentue.
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