Nem Bolsonaro, nem seus eleitores são contra os
direitos humanos. Essa é mais uma narrativa insidiosa, despegada da realidade,
construída pela malícia de alguns intelectuais para consumo de certos atores do
palco político. O que milhões de brasileiros manifestaram nas urnas foi sua
rejeição à conduta dos que tratam de direitos humanos como se fosse coisa sua,
de sua conceituação e distribuição, para uso em benefício próprio e em prejuízo
de muitos ou de todos.
Refiro-me, por exemplo, ao empenho no sentido de afirmar
como “direitos humanos” meras reivindicações políticas de grupos sociais que só
se viabilizam contra legítimos direitos alheios, sendo o aborto a mais
eloquente delas. Há muitos outros, porém. Desencarceramento em massa,
desarmamento geral da população ordeira, redução das penas privativas de
liberdade, indiscriminada progressão de regime prisional, descriminalização das
drogas, desmilitarização das polícias militares, demasias do ECA,
reivindicações LGBTTQI com incidência nas salas de aula e mais as que
confrontam direitos de propriedade. As pessoas simplesmente cansaram dessa
conversa fiada! Perceberam no seu cotidiano aonde isso levou o país.
Quando militantes do MST invadem uma propriedade rural –
e foram 4063 invasões entre o início do governo FHC e o final do governo Dilma
– os ditos defensores dos direitos humanos repudiam toda reação policial ou
judicial como “criminalização dos movimentos sociais”. Algo tão ilógico, tão
falso, só pode ser afirmado e publicado nos jornais porque desonestidade
intelectual é um desvio moral, mas não é crime. Mas é desse tipo de
desonestidade que se nutriu, durante longos anos, o discurso dos tais
defensores de “direitos humanos”. A nação entendeu e, majoritariamente, passou
a rejeitar.
Pelo viés oposto, basta que a atividade policial
legítima, desejada pela sociedade com vistas à própria segurança, seja
compelida a usar rigor com o intuito de conter uma ação criminosa, para que os
mesmos falsos humanistas reapareçam “criminalizando” a conduta policial. Anos de
observação desses fenômenos evidenciaram a preferência de tais grupos pelos
bandidos. Enquanto estes últimos prosperam e mantém a população em permanente
sobressalto, aqueles, os supostos defensores de direitos humanos, inibem a ação
protetora da sociedade. Assim agindo, elevam os riscos dos que a ela se dedicam
e concedem mais segurança aos fora da lei. Vítimas e policiais não têm direitos
nessa engenhoca sociológica.
Não bastassem os fatos concretos, objetivos,
testemunhados milhares de vezes por milhões de cidadãos comuns, as correntes
políticas que se arvoram como protetoras dos mais altos valores da humanidade
mantêm relações quase carnais com ditadores e regimes que fazem o diabo em
Cuba, Venezuela, Nicarágua, Coreia do Norte, Irã e África Subsaariana.
As pessoas veem e sabem que o nome disso é hipocrisia.
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