Eis o que disse Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio:
- Quem está calculando os empregos e as empresas que estão sendo dedstruídos ?
- Tivemos muitas conversas e reuniões com o governo do Estado em que defendemos a abertura reduzida quando a região estiver na cor vermelha. A medida manteria a segurança da população, mas preservaria a economia que no momento se encontra devastada.
O dirigente também destaca negativamente as já restritas regras para as empresas que se encontram na bandeira amarela. “Iniciamos restrição sobre o emprego, o que é uma pena, uma vez que os empresários que estavam segurando os trabalhadores até este momento vão acabar demitindo. Na faixa amarela temos setores que poderão trabalhar somente com 25%, 50% e 75% de suas equipes, ou seja, já temos restrição, quando entendemos que nesta bandeira deveria ser permitida a totalidade dos trabalhadores, com cuidado no fluxo de clientes”, contesta Bohn. Nas faixas amarela e laranja há restrição de uma pessoa a cada quatro metros quadrados, isso, no entendimento da Fecomércio-RS, já coloca um teto o volume de pessoas em todas as situações.
Para a Fecomércio-RS, mesmo a bandeira preta deveria permitir a abertura com redução no número de funcionários. “Quem está calculando os empregos que serão destruídos? Não me parece que ninguém está tendo essa preocupação, já que mesmo na faixa de cor inicial estamos muito restritos. Desde a bandeira inicial o governo já entende que 75% da força de trabalho de algumas atividades pode ser dispensada”, volta a reforçar Bohn.
A maior novidade do protocolo de cores estabelecido pelo Poder Executivo foi a saída de Passo Fundo da faixa de restrições da bandeira vermelha, passando a figurar, ao menos até o próximo sábado, na faixa laranja. Em todo o Estado, nenhuma região ficou classificada na bandeira preta e somente Lajeado é ainda a região de bandeira vermelha.
Para Bohn, é adequada a estratégia de utilizar estudos e dados sobre o avanço do novo coronavírus no Estado para modular a resposta e evitar que se mantenha o fechamento indiscriminado do comércio e serviços do Rio Grande do Sul. Agora, espera-se que os prefeitos municipais tenham agilidade para permitir a retomada da atividade econômica, prerrogativa que os municípios do interior do estado têm desde o dia 16 de abril.
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