Um decreto assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pode reduzir a força de big techs, como o Google, o Facebook e a Amazon. Durante a disputa pela Casa Branca no ano passado, esses gigantes apoiaram o democrata. Assinada na sexta-feira 9, a ordem executiva de Biden tem o objetivo de encorajar agências reguladoras, como a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), a adotarem novas regras e políticas, de modo a controlar o tamanho e o poder crescentes de grandes plataformas de tecnologia.
“O que vimos nas últimas décadas é menos competição e mais concentração em nossa economia”, declarou Biden, ao formalizar o documento, na Casa Branca, citando as indústrias de agricultura, tecnologia e farmacêutica. “Em vez de competir pelos consumidores, eles estão consumindo seus concorrentes. Em vez de competir por trabalhadores, eles estão encontrando maneiras de obter vantagem sobre o trabalho”, acrescentou o democrata. A medida faz parte de um pacote de “72 dispositivos antitruste”.
Gary Shapiro, executivo-chefe da Consumer Technology Association, entidade que representa a Apple, o Facebook e o Google, defendeu as big techs e criticou a ação do Poder Executivo. “Elementos desta ordem executiva ameaçam nossa liderança global e sucesso conquistado a duras penas”, disse Shapiro. Em 2020, Amazon (US$ 8,9 milhões), Google (US$ 21 milhões), Facebook (US$ 6 milhões), Apple (US$ 5,7 milhões) e Microsoft (US$ 17 milhões) figuraram entre os maiores doadores da campanha de Biden.
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