Nossos togados aprontaram mais uma. A lista é extensa e ganha novos capítulos a cada dia que passa. E cada vez mais graves. Aos que não conhecem, uma iniciativa que surgiu aqui, no Rio Grande do Sul, ganhou as plataformas digitais e se transformou em um grande gerador de conteúdo de linha conservadora liberal. Falo da Brasil Paralelo. Concordando ou não com aquilo que é dito nos vídeos e outras mídias, fato é que o material é muito bem produzido. Traz depoimentos fortes, alguns contundentes, além de resgates históricos precisos. Há qualidade na informação, na apuração, na checagem.
Um dos vídeos trazia críticas a Lula, que, insatisfeito, resolveu buscar a Justiça Eleitoral, solicitando a remoção do material. Se houvesse ali alguma mentira, nada mais justo que buscar a reparação. E o caminho para isso é o judiciário. A decisão é uma obra-prima da falta de noção (e vergonha na cara). Nossos togados reconheceram que ali havia verdades. Logo, não se trata de fake news. Mas na visão dos nossos iluminados (contém ironia) estamos diante de um caso de “desordem informacional”. O que diabos é isso ninguém sabe, ninguém viu. Fato é que o material foi... censurado! Mais uma vez. A pergunta que faço é: alguém ainda fica pasmo com isso, ou estamos anestesiados, os arroubos ditatoriais das cortes mais altas já virou paisagem?
O absurdo é ainda maior porque o argumento usado pelos petistas é o de que o vídeo foi produzido para prejudicar a campanha de Lula. Detalhe: o documentário é de 2017, quando o ex-condenado sequer disputava cargo público, muito menos o desta eleição. STF ou TSE. Você escolhe. Não temos mais tribunais. Temos torcida organizada. E daquelas que nos envergonham
O estado de insatisfação é generalizado. " Façamos a revolução, antes que o povo a faça " Se não houver falcatrua, será pelo voto.
ResponderExcluirCarlos Edison Domingues O.A.B. RS nº 3.626