O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) está mobilizando seus diretores regionais e delegados para que realizem assembleias com médicos credenciados ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE-Saúde), no interior. Os encontros têm servido para apresentar a situação da autarquia, que desde 2011 não reajusta os honorários por procedimentos hospitalares pagos aos médicos, a união com outras entidades médicas (Amrigs e Cremers), contatos com o governador Eduardo Leite e secretários estaduais e ouvir os relatos e sugestões. Além disso, aguarda proposta de reestruturação do Instituto prometida pelo governo estadual às entidades até o final do mês.
A partir desta sexta-feira (17), o Simers publicará diariamente uma arte com a contagem regressiva até a data estipulada pelo chefe da Casa Civil, Artur Lemos Jr, pela secretária do Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, e pelo presidente do IPE-Saúde, Bruno Jatene, para a apresentação da proposta de reestruturação do IPE-Saúde às entidades médicas. Hoje faltam 14 dias para que o Simers conheça o projeto de reestruturação da autarquia.
“Nosso propósito é o de salvar e fortalecer o IPE, com médicos valorizados, remuneração justa e uma assistência de qualidade aos usuários. Sem o reajuste dos honorários, temos acompanhado a intenção dos colegas de se descredenciarem”, afirma o presidente do Simers, Marcos Rovinski. “A situação está insustentável e a mobilização da categoria e sociedade é a forma que temos para sensibilizar o Governo. Todos sabemos que, sem médicos, não existe o IPE-Saúde”, completa.
O passivo do IPE Saúde é de R$ 150 milhões. Para evitar que aumente e encontrar alternativas para o futuro do Instituto, o Governo estadual montou um grupo de trabalho para tratar de questões que envolvem contribuições dos segurados e dependentes, até a necessidade de repactuação dos contratos de prestação de serviços entre médicos e o IPE-Saúde. A data de conclusão foi estipulada até 31 de março.
“A crise no IPE-Saúde está impactando diretamente mais de 7 mil profissionais que atuam na instituição, o que representa cerca de 20% do total de médicos no Estado. Mobilizamos a categoria para que, juntos, enfrentemos e pressionemos o Governo por uma solução”, afirma o diretor do Interior do Simers, Luiz Alberto Grossi.
Lagoa Vermelha e Santa Maria, na quarta-feira (16), já receberam assembleias. Na quinta-feira (17), o mesmo ocorreu em Guaporé. Para terça (21), estão previstas assembleias no Litoral Norte e Rosário do Sul. Na quarta (22), Venâncio Aires e Bagé. Confirmadas, ainda, assembleias em Cruz Alta e São Gabriel, na quinta (23).
No dia 2 de março ocorreu a primeira assembleia híbrida, com a presença de 250 médicos credenciados. O fim do congelamento de mais de uma década nos honorários pagos aos procedimentos médicos e hospitalares, descredenciamento e uma possível suspensão de 60 dias no atendimento — caso as demandas não sejam atendidas — fazem parte das ações que vêm sendo aprovadas nos encontros. A entidade segue ouvindo todos os médicos credenciados do Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário