Artigo, Silvio Lopes - Ratos polinésios

     Numa floresta ou num simples jardim, a existência de predadores contra ataques de inimigos naturais é imprescindível para sua preservação e desenvolvimento. Em qualquer grupamento humano, e até num país, a presença de predador/ protetor se torna indispensável.

     Nicolau Maquiavel disse certa feita: " Essa é a razão de todos os profetas armados terem triunfado, e os desarmados, terem tombado". Ou seja: precisamos ter a consciência da prevenção e agirmos com firmeza e força prá golpear o mal, antes que o pior aconteça. Enfim, lembrar- nos sempre que " em todo o jardim, há uma serpente". Na planície, ou mesmo( nosso caso), no planalto.

     Estamos, hoje, no Brasil, sofrendo os efeitos deletérios de uma patologia ideológica que aqui se criou, se estabeleceu e prosperou como erva daninha. E da pior espécie como a "titirica" também conhecida como " barba de bode". Agressiva e de alto poder de destruição.

      Jamais, desde a primeira raiz plantada, avaliamos sua natureza e elevado potencial destruidor. E de reprodução. Relaxamos. Não "demos bola prá ela", no bom linguajar fronteiriço. Deu no que deu.

     Tal qual o rato polinésio que em três ligeiros aninhos destruiu a Ilha de Páscoa, com seu fabuloso poder de reprodução( um casal, nesse período, gerou 70 milhões de filhotes), essa erva- ou seja lá o nome que dermos a ela- está celere e incontinente nos levando para o mais profundo labirinto da desgraça civilizacional até então conhecida.

     Milhões desses filhotes de " ratos polinésios" desfilam, garbosos e de fronte erguida por luxuosos gabinetes, inconscientes, em sua maioria, da grande farsa que estão a sustentar. São ignorantes históricos e, acima de todas as ignonímias que carregam, traidores da pátria.

Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante.

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