Artigo, Rogério Mendelski, Correio do Povo - Fortunatti é um cara decente


O ex-prefeito José Fortunatti pode não ser “o cara” para alguns partidos políticos, mas ele é, antes de tudo, um “cara” decente.  Conheço José Fortunatti desde os anos 1970/80 quando passou a militar nos movimentos populares e no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, trazendo de casa, lá dos seus tempos de Flores da Cunha, valores e referenciais éticos que permanecem com ele até hoje. Em 1980 ingressou no PT e nele fez carreira política: deputado estadual, federal e vice-prefeito da capital.
Deixou o PT quando se sentiu traído. Era sua vez de ser candidato a prefeito na eleição municipal do ano 2000, mas foi atropelado por Tarso Genro . Fortunatti, como vice-prefeito de Raul Pont, seguiria a tradição petista de escolhê-lo como sucessor do então prefeito, assim como Tarso fora vice de Olívio e Pont com vice de Tarso em seu primeiro mandato (Janeiro de 1993-janeiro de 1997).
Fortunatti ingressou no PDT e em 2008 foi eleito vice-prefeito de José Fogaça (PMDB), assumindo a Prefeitura para completar o mandato de Fogaça que foi concorrer ao Piratini. Em 2012 reelegeu-se prefeito de Porto Alegre, pelo PDT. Ficou no partido até sentir-se traído pela bancada pedetista que começou a votar contra seus projetos na Câmara de Vereadores. "Eu era prefeito e a bancada do PDT começou, na sua maioria, a votar contra projetos do interesse de Porto Alegre, sem qualquer discussão, sem repercussão. Isso trouxe uma desconfiança muito grande para a base e para o governo como um todo. Eu me licenciei para mostrar a minha insatisfação.”
O ex-prefeito tinha planos de seguir na política disputando uma das vagas ao Senado, neste ano. Ingressou no PSB com a promessa de ser o candidato do partido. Os anos de militância política não conseguiram tirar de Fortunatti o seu apego a tal de “palavra empenhada” de uso tão vulgar entre a nossa classe política. Resultado: o PSB negou-lhe o estribo, por decisão do Diretório Estadual.  José Alberto Reus Fortunatti traz em seu nome a homenagem a dois homens extraordinários: Alberto, do senador Alberto Pasqualini e Reus, do padre milagroso João Batista Reus. Depois de acreditar na ética desses ilustres seres humanos, Fortunatti tentou balizar sua confiança nos políticos com os quais conviveu. E deu no que deu. A eleição deste ano fica sem um quadro decente para os eleitores votarem.

4 comentários:

  1. Depois das obras intermináveis,algu al ainda leva o Fortunati a sério?

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  2. Caçador de galinhas! Poderia ter aberto uma galeteria em Flores da Cunha!

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  3. Ele não é Reitor de uma Universidade ? Ou foi traído também ?

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  4. MENOS, Mendelski... Muito MENOS, Mendelski!

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