A Polícia Civil desencadeou, nesta terça-feira (26), ação
para desarticular uma organização criminosa que atuava no roubo de veículos de
luxo e lavagem de dinheiro no Rio Grande do Sul. O lucro com a atividade ilegal
era de até R$ 800 mil por mês. A Operação Barão prendeu 31 pessoas, cumpriu 72
medidas de indisponibilidade de bens e 52 mandados de busca e apreensão em
Porto Alegre e Região Metropolitana.
As ações ocorreram em Porto Alegre, Canoas, Viamão,
Alvorada, Gravataí, Guaíba, Arroio dos Ratos, São Jerônimo e Taquara. A
investigação, a cargo da Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículos (DRV) e da
Divisão de Inteligência Policial e Análise Criminal (Dipac), ambas do
Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), estendeu-se por 11
meses e identificou 61 integrantes da quadrilha.
De acordo com os delegados Adriano Nonnenmacher e Joel
Wagner, a organização era composta por indivíduos de classe média e alta,
detinha grande poderio econômico e funcionava como uma verdadeira empresa, com
hierarquia, divisão de tarefas e competências pré-definidas.
A primeira faceta estava relacionada ao roubo de veículos
de luxo, formando um conglomerado de auto peças clandestino. Os automóveis eram
encaminhados para grandes pavilhões com estrutura e maquinário capaz de
desmanchá-los. As peças eram comercializadas ilegalmente nestes locais, em
lojas, CDVs (Centro de Desmanches Veiculares) ou pela internet. A venda ocorria
também em outros 15 estados.
"Dentre os vários bens móveis e imóveis apreendidos
e sequestrados, estão veículos blindados de luxo e imóveis utilizados pelos
integrantes para fazer festas para a alta sociedade, totalizando R$ 11 milhões
de reais", destacou o delegado Gustavo Bermudes.
Lavagem de dinheiro
Após obter os lucros, o grupo lavava o dinheiro e os bens
adquiridos por meio de CDVs, revendas de veículos, oficinas, frotas de táxis e
outros serviços de transporte de passageiros. A organização também fraudava
seguradoras, locadoras de veículos, shoppings, hipermercados e até o Poder
Judiciário.
Para o delegado Sander Cajal, diretor de investigações do
Deic, os criminosos demonstravam ousadia e aparente descrédito na
responsabilização criminal. "No decorrer das investigações, a Polícia
Civil havia localizado sete pavilhões com diversas peças e veículos de delitos
patrimoniais. Mesmo assim, houve continuidade dos delitos e incremento dos
negócios, incluindo
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