A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reforçou a mensagem contida no comunicado divulgado após o encontro da semana passada, quando a Selic foi mantida, sem surpresas, em 6,5% ao ano. A mensagem central segue sendo a de que o Banco Central irá reagir apenas aos efeitos secundários do choque de câmbio e que o atual cenário prescreve política monetária expansionista. A ata reconhece que os dados de curto prazo estarão contaminados pelos efeitos da greve dos caminhoneiros, o que sugere que será preciso algum tempo de observação para concluir se houve ou não contaminação dos preços não ligados ao câmbio, enquanto as expectativas de inflação seguirem ancoradas. Se por um lado a autoridade monetária afirmou que “o risco baixista para a trajetória prospectiva da inflação, decorrente do nível baixo de inflação no passado diminuiu”, por outro atribuiu grande relevância à ancoragem das expectativas para o que pode ocorrer com a inflação diante do choque. Nesse sentido, as próximas decisões serão muito dependentes dos dados, da evolução do balanço de riscos e da avaliação do grau de disseminação do choque de câmbio aos preços. Avaliamos que, diante da perspectiva de que não haverá deterioração das expectativas de inflação para 2019 nos próximos meses e que, dissipados os efeitos da paralisação no setor de transportes, a atividade econômica continuará se recuperando de forma bastante gradual e com núcleos de inflação ao redor do centro da meta, continuamos acreditando que a Selic se manterá em 6,50% ao ano até o final de 2018.
Ata do Copom diz que juros não mudarão por causa do choque do câmbio
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reforçou a mensagem contida no comunicado divulgado após o encontro da semana passada, quando a Selic foi mantida, sem surpresas, em 6,5% ao ano. A mensagem central segue sendo a de que o Banco Central irá reagir apenas aos efeitos secundários do choque de câmbio e que o atual cenário prescreve política monetária expansionista. A ata reconhece que os dados de curto prazo estarão contaminados pelos efeitos da greve dos caminhoneiros, o que sugere que será preciso algum tempo de observação para concluir se houve ou não contaminação dos preços não ligados ao câmbio, enquanto as expectativas de inflação seguirem ancoradas. Se por um lado a autoridade monetária afirmou que “o risco baixista para a trajetória prospectiva da inflação, decorrente do nível baixo de inflação no passado diminuiu”, por outro atribuiu grande relevância à ancoragem das expectativas para o que pode ocorrer com a inflação diante do choque. Nesse sentido, as próximas decisões serão muito dependentes dos dados, da evolução do balanço de riscos e da avaliação do grau de disseminação do choque de câmbio aos preços. Avaliamos que, diante da perspectiva de que não haverá deterioração das expectativas de inflação para 2019 nos próximos meses e que, dissipados os efeitos da paralisação no setor de transportes, a atividade econômica continuará se recuperando de forma bastante gradual e com núcleos de inflação ao redor do centro da meta, continuamos acreditando que a Selic se manterá em 6,50% ao ano até o final de 2018.
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