Adélio Bispo de Oliveira, o autor da tentativa de
assassinato de Jair Bolsonaro, pode até possuir alguns atributos singulares,
mas não é, definitivamente, um maluco ou lobo solitário. Há algumas perguntas
que por si só desfazem as hipóteses cogitadas e exigem respostas das
autoridades. E da comportada imprensa.
Aliás, sobre comportamento e atitude, chama atenção o
cinismo e a incoerência da dita e autodenominada intelectualidade acadêmica e
artística, que cala e dissimula diante do absurdo ocorrido.
Sobre conveniente silêncio e dissimulação, a tentativa de
assassinato de Bolsonaro faz lembrar muito o trágico episódio da queda das
torres gêmeas de Nova Iorque, à época fato muito festejado por fanáticos
partidários e ideológicos.
Tocante a tentativa de assassinato, as perguntas em
aberto são as seguintes: como um sujeito declarado pobre e desempregado
mantinha quatro celulares e um notebook?
Em estando com esta aparelhagem de comunicação, por que
freqüentava “lan house”? Parênteses: quem conhece a “alma” dos computadores
sabe que há sistemas que não deixam rastros nem registros no HD, nem na
memória.
Em sendo pobre e desempregado como dispunha de dinheiro
para viajar para vários estados, a exemplo de Santa Catarina, onde fez um curso
de tiro? Sabe quanto custa um curso de tiro?
Mas a pergunta mais inquietante é a seguinte: quem
contrata e paga quatro advogados que se apresentaram em menos de vinte e quatro
horas para defesa do agora preso e “pobre coitado” Adélio?
Em defesa e contrapartida desta surpreendente ação dos
advogados admita-se a hipótese de publicidade gratuita e fama nacional. Mas
prováveis e alternativas respostas à parte para esta questão – advogados têm
garantias legais de sigilo profissional, há muito que o povo faz estas mesmas
perguntas.
Perguntas acerca de ações e honorários advocatícios, cujo
melhor exemplo (de curiosidade e dúvidas!) surge da Operação Lava Jato, farta
em corruptos milionários cercados de afamados advogados.
Os cidadãos leigos perguntam se não caberiam indagações
éticas da Ordem dos Advogados do Brasil relativamente aos atos (e origem dos
honorários) de seus filiados.
Mas voltemos ao senhor Adélio. Concluo e pergunto: Sem
vínculos de amizade e família, pobre e desempregado, não era um sujeito
descartável para os fins idealizados pelos mentores intelectuais da tentativa
de assassinato? Devidamente doutrinado ideologicamente, Adélio não caracteriza
o típico sujeito recrutado para uma missão suicida (morto não fala!)?
Deu tudo errado. Isto pode explicar a urgente presença de
advogados?
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