O entrevero

 O mais notável nem é o repentino silêncio obsequioso da mídia tradicional e até de internet, alinhada ou não, em relação ao intragável inquérito aberto a mando da ministra Rosa Weber contra os Mantovani, porque não se trata de apurar se são eles ou os Moraes os responsáveis pelo entrevero de Roma, mas de culpar a família paulista, "duela a quem duela".

O mais notável é o estranhíssimo silêncio da Polícia Federal, que na base do dever cumprido, uma obrigação espúria do tipo que ficou celebrizada no Julgamento de Nuremberg, tratou de obedecer a estapafúrdia ordem da sra. Weber. Ultrapassados quase 10 dias do entrevero, até agora a PF, mesmo com apoio da Interpol, da Embaixada do Brasil e provavelmente até da ONU, não conseguiu sequer mostrar uma foto do caso, quanto mais os prometidos vídeos do aeroporto de Roma.

A mídia comporta-se de modo patético e trata a família Mantovani com injúrias e difamações. 

Em artigo de ontem, a jornalista Rosane Oliveira, Zero Hora, passou a empregar o adjetivo feminino "suposta" para classificar o entrevero. Pelo menos isto. Apesar disto, passados 10 dias, ela ainda acha que "é prematuro tirar conclusões definitivos". Qual seria o prazo definitivo: um século ? E isto que dona Rosane mesmo reconhece "os excessos da Polícia Federal", mas mostra de novo de que lado está, ao classificar o incidente como "uma baixaria contra o ministro mais polêmico do STF".

Ops !!

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