A Universidade de Caxias do Sul tirou nota para esclarecer sua divergência em relação à ação movida pelo MPF que a obriga a elimina acervo do ex-presidente Ernesto Geisel, atacado como criminoso ditador. O acervo nem está aos cuidados da UCS. O pedido de liminar foi repelido pelo juiz Bruno Risch Fagundes de Oliveira
O MPF é cioso no combate aos ditadores do regime militar, mas jamais investiu contra o ditador civil Getúlio Vargas.
Eis a nota da UCS.
Nota de esclarecimento da Universidade de Caxias do Sul
O acervo do Memorial Ernesto Geisel, preservado pela comunidade de Bento Gonçalves, instalado na Casa Geisel no ano de 2019, antiga residência do ex-presidente, precisou ser relocalizado devido à deterioração do local. Por esse motivo, a pedido, a UCS o acolheu na biblioteca do Campus Universitário de Bento Gonçalves.
A temática do acervo não possui elogios, discursos celebrativos ou elementos de promoção ou culto à personalidade do ex-presidente. A figura de Ernesto Geisel aparece apenas como referência temporal e institucional da Presidência da República, nos limites para explicar o contexto histórico.
O pedido de medida liminar ajuizado pelo Ministério Público Federal visando à desativação imediata do memorial foi indeferido, conforme despacho assinado pelo juiz Bruno Risch Fagundes de Oliveira no dia 17/12/2025.
De qualquer forma, informamos à comunidade que o acervo foi removido das dependências universitárias e entregue aos cuidados da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves. A UCS reafirma seu compromisso com a pluralidade que marca sua trajetória de 58 anos de história.
Universidade de Caxias do Sul, 19 de dezembro de 2025.
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