Tarso e o
“Barba”, no caso o ex-Presidente Lula, comandaram juntos a fábrica de dossiês
falsos contra adversários político.
Entre 2007 e 2010, o Delegado Romeu
Tuma Júnior, filho do ex-senador Romeu Tuma, Chefe da Polícia Federal no
finalzinho da ditadura militar, ex-carcereiro de Lula, foi Secretário Nacional de Justiça durante a administração do ex-Governador
do RS, Tarso Genro, a quem ajudou a eleger em 2010, fazendo campanha para ele
no RS, inclusive na elaboração do Programa de Governo. O Delegado
contou para a revista Veja que foi nomeado porque Lula devia favores a seu pai,
Romeu Tuma, já que ele, o pai, foi quem o recrutou para a função de informante
do Dops, sob o codinome “Barba”.
No livro que
resolveu escrever, “Assassinato de Reputações”, Tuma Júnior conta que Tarso
Genro comandou pessoalmente a fábrica de dossiês montada pelos governos do PT
para destruir adversários:
“Desde 2008, o PT queria que eu vazasse os documentos
enviados pela Suíça para atingir os tucanos na eleição municipal. O Ministro da
Justiça, Tarso Genro, me pressionava pessoalmente para deixar isso vazar”.
“O ministro da Justiça, Tarso Genro, estava me pressionado
pessoalmente, vinha à minha orelha como um grilo falante” (para vazar informações
sobre o cartel dos trens)”.
“Eu, como Secretário Nacional de Justiça, investiguei casos
engavetados, relacionados ao Opportunity. Mas nesse esforço, recebo um retorno
diverso: Daniel Dantas aparecia como denunciante e não como réu. Embora tivesse
cargo executivo no governo petista, eu suspeitava da existência de tal conta. E
mais: que essa conta era a lavanderia do Mensalão no exterior (...) Mandei cópia
para o ministro Tarso Genro apurar isso, e espero a resposta até hoje...”.
“Quando veio a resposta de Cayman (sobre a conta do Mensalão)
os caras pararam tudo. Isso foi para a gaveta da Polícia Federal e do Ministro
Tarso Genro. Eu publico no livro o documento para dizer isto: o governo não
deixou investigar isso em 2007”.
As denúncias
e revelações de Romeu Tuma confirmam todas as informações e revelações
publicadas antes no livro “Cabo de Guerra”, no caso a fábrica de dossiês
montada pelo Ministro Tarso Genro, que originou perseguições implacáveis aos
seus adversários do RS e o ajudaram a se eleger quase sem oposição, devastada
por investigações dirigidas, prisões arbitrárias, inclusive com uso abusivo de algemas e exposição dirigida para
fotógrafos e cinegrafistas de todos os prisioneiros, vazamentos sistemáticos de
meias verdades e uso perverso de Partidos, ONGs e sindicatos aparelhados pelo
PT e seus aliados no Estado.
Um conjunto perverso de ações
policiais intoleráveis.
Algumas delas, utilizadas contra o PT
e os Governos Lula e Dilma, mais tarde, no Mensalão e na Lava Jato, foram
duramente condenadas pelo próprio Tarso Genro.
No livro “Assassinato de Reputações”,
o autor afirma que Lula o "usou como um fraldão, sumamente
descartável".
Um dos usos mais conhecidos ocorreu
em 2009, quando o então Senador e ex-Ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
lhe teria entregue um pendrive com "seriíssimas denúncias" contra o
Senador do PSDB, Tasso Jereissati.
Leia na íntegra, o que relata o
delegado Romeu Tuma Júnior, em seu livro “Assassinato de Reputação.
CASO 3 – DR.
TUMA JR: FULMINE O JEREISSATI
Em janeiro de
2009, fui chamado na liderança do governo no Senado, onde encontrei o senador
Aloizio Mercadante e um deputado federal, para tratar de projeto de interesse
do governo e do ministério. Lá entregaram-me um pendrive, com “seriíssimas
denúncias” contra um adversário do governo, que já tinham sido “entregues ao
ministro Tarso e ainda não haviam sido apuradas”. Pensei: “Outro dossiê para
destruir um novo ‘alvo’ do governo”. Depois daquela do Lab, com os “aloprados
na memória e com a minha vivência policial, fiquei esperto com aquele povo.
Dessa feita. O alvo era o ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, naquele
momento um dos senadores líderes da oposição. A exigência era que eu plantasse
uma investigação em cima do Jereissati. Disseram-me que naquele pendrive havia
um dossiê. Levei aquilo para a secretaria e resisti a abrir.
Vai nisso um
outro particular a ser esclarecido, e é preciso dar um salto no tempo. A 17 de
dezembro de 1989, no dia do segundo turno que levaram Fernando Collor à vitória
sobre Lula, a polícia veio a prender e apresentar os dez sequestradores do
empresário Abílio Diniz. Naquela época, como delegado da Interpol, eu chefiava
as investigações sobre o link entre os sequestrados chilenos e argentinos e
grupos internacionais, como o ETA, grupo terrorista basco, e outras agremiações
extremistas tais como o MIR, do Chile, e outros da Argentina e do Uruguai.
Nesse grupo
estava o cearense Raimundo Rosélio Costa Freire. No começo de 1990, mostrei em
minhas investigações em Fortaleza, que Raimundo já tinha um histórico de crimes
de grande porte. Com isso, Tasso Jereissati me convidou para ocupar o cargo de
secretário de Segurança Pública do Ceará. Naquela época, meu pai era diretor da
Polícia Federal e secretário nacional da Receita, sob o presidente Collor. A
Receita tinha, a pedido de Collor, aprontado algumas malhas finas contra
Jereissati. O convite do governador havia sido feito tão logo ele venceu a
eleição, ajudando a eleger seu sucessor, o jovem e promissor governador Ciro
Gomes, em outubro, ainda no primeiro turno. Só que a posse, naquele tempo,
ainda era em março. Quando faltava pouco tempo para a posse foi justamente a
época em que houve as rugas da RF com as empresas do Tasso. Resultado: eu não
poderia aceitar o cargo porque a imprensa logo iria dizer que meu pai teria
negociado com Tasso para me botar nesse cargo no governo Ciro. Ninguém iria
acreditar que o convite tinha sido feito havia quase cinco meses, através de um
amigo comum chamado Julinho.
Tasso me
ligou, nos entendemos e eu falei: “Governador, deixa que me desconvido do cargo
e tudo bem. Obrigado pelo honroso convite que jamais esquecerei”. Passaram-se
poucos dias e a picuinha acabou. Essa história só não ficou anônima porque o
próprio governador, numa entrevista nas páginas amarelas da revista Veja, algum
tempo depois, contou isso para dizer que “o único prejudicado na briga dele com
o Collor foi o filho do Tuma”. O fato positivo daquele episódio é que acabei
conhecendo e mantendo uma boa amizade com o Ciro Gomes e por suas mãos vim a me
eleger deputado pelo PPS em São Paulo.
Portanto, eu
tinha meus genes e ideia de que Tasso já havia sofrido uma injustiça política
de um presidente. Além do que, é da minha natureza não aceitar denúncias quando
não de pode conhecer seus denunciantes. Preservar o anonimato tudo bem, mas
desconhecer o autor, ou sabê-lo falso, nem pensar. Sempre disse que não aceito
para ninguém o que não aceitarei para mim. E olha que o destino me pregou uma
peça! Além dessa questão moral e de
conduta profissional e de vida, não queria ver Lula fazendo com ele o mesmo que
o governo Collor havia feito; frise-se, entretanto, a abissal diferença a favor
de Collor. E assim engavetei o pendrive com o pedido da liderança.
Passado algum
tempo, até por precaução, resolvi checar quem tinha preparado aquele dossiê e o
que havia nele. Surpresa! O modus operandi era o mesmo já usado por
procuradores federais ligados ao PT, e denunciado tempos atrás pelo site
Conjur!
Havia alguns
dados relativos a contas no exterior, mas o principal é que tinha sido montado
em um escritório particular supostamente ligado a um banco. Desde quando algum
banco copia documentos de clientes em pendrives? Até para fornecer informações
à Justiça eles criam dificuldade! Portanto, era óbvio que aquilo era forjado.
Elementar meu caro Watson! Mais uma tentativa de me usar como “fraldão”, baita
sacanagem e falta de respeito! Enquanto eles estavam aprendendo, eu estava
esquecendo.
Era para
deixar engavetado mesmo.
Julius Bauer
Bank & Trust é o nome do banco que produziu o dossiê falso contra
Jereissati, e que o PT queria que eu difundisse a torto e a direito.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPolíbio, eu mudei para POA justamente no ano em que o Olívio assumiu a prefeitura. Como eu fazia pós-graduação na UFRGS pude sentir na pele todo o "bullying" a que eram submetidos todos os que não viam o PT com a redenção, a salvação da lavoura. Sentia isso partindo do zelador do prédio onde morava até a maioria dos professores e estudantes da UFRGS. Apesar da farsa ser evidente, era quase impossível contestar. Qualquer voz contrária era abafada por uma bateria ensurdecedora. Na época, confesso que via o Tarso como um sujeito com opiniões razoáveis e ponderadas. Na minha ignorância não sabia que ele, na época, considerava a Albânia como modelo de desenvolvimento. Com o passar do tempo e em eventuais presenças deste senhor na UFRGS passei a mudar minha opinião. O sujeito que eu considerava razoável, articulado e sensato mostrou sua verdadeira face. Um arrogante pretensioso e que posteriormente demonstrou claramente ser maquiavélico e pior de tudo, incompetente. Um ministro da justiça que envergonhou o país e posteriormente um governador que levou o RS à ruína. O ato mais digno que esse senho poderia ter é virar um eremita no Tibet, ou em Cuba, se recolher a sua insignificância e deixar de atrapalhar a vida dos mortais que trabalham. Recolha-se a sua insignificância Sr Tarso Genro e pelo menos tenha a decência de deixar quem trabalha, trabalhar. Quem sabe o Sr e seu protegido Cesare Battisti possam convencer alguns incautos que o esgoto é um lugar legal, politicamente correto.
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