Quando o helicóptero sobrevoa à baixa altura o
condomínio dos senadores, na Superquadra 309 Sul, em Brasília, já se sabe, lá
vem visita surpresa a algum dos apartamentos funcionais. E começa o ritual já
rotineiro nestes tempos de Operação Lava Jato, Zelotes, Custo Brasil e
Pixuleco. O helicóptero circula lá em cima, controlando o movimento da
operação, enquanto por terra vai chegando o comboio de viaturas da Polícia
Federal. Os agentes descem rápido, alguns tomam o elevador, outros ficam por
baixo e o espetáculo cinematográfico se completa com a chegada do séquito
pré-avisado de jornalistas, cinegrafistas, fotógrafos, mantidos à distância,
mas na expectativa de focar a figura pública que vai sair conduzida.
Do meu apartamento funcional, despertado pelo
helicóptero, vizinho do visitado, acompanho decepcionado e pensativo sobre
mais um episódio escandaloso desta época histórica de faxina na política e nas
gestões públicas. A que ponto chegou a degradação causada por ambições de poder
e por posse do dinheiro público. Mas se tudo triste, também positivo ao
significar mudança de costumes e novos tempos que vão acabando com o mito da impunidade
dos poderosos. Desde o processo do Mensalão, o ciclo antigo foi rompido.
Dezenas de gestores públicos, políticos, empreiteiros famosos, empresários em
geral entraram no radar das autoridades. Muitos ainda só sob uma névoa de
desconfianças, mas ameaçados de entrar na fila. Outros gravemente implicados e
sob investigações. Outros já condenados e presos. Uma gorda safra de
condenações jamais imaginada.
A atividade no serviço público, tantas vezes mais
patrimonialista que público, estava contaminada há décadas. Mas tende a mudar.
As lições vêm sendo duras. Neste cenário, notável tem sido o desempenho das
autoridades, reabilitando-se de crônica indolência do passado. Ministério
Público Federal, Judiciário, Polícia Federal e Receita Federal, além da imprensa,
marcam uma época de ouro para estas instituições. A facilitar as coisas, o
advento da Lei da Delação Premiada, de 2013, a contribuir decisivamente para
desvendar os grandes ilícitos das origens remotas às atuais incriminações
judiciais.
UMA CORTE SUPREMA BEM ESCOLHIDA É COMO UM NORTE PARA O PAÍS. Projeto do senador Lasier Martins:
ResponderExcluirPEC que modifica escolha de ministros do STF avança no Sena
O RGS está de parabens em ter um senador como este. Ele se preocupa pelo Brasil...
A Sen. Ana Amélia também tem ótma atualção no Senado, está na hora de correr com o falastrão Paim
Excluire colocar um senador que não envergonhe o Rio Grande no lugar dele