Pesquisadores da UFRGS avisam que isolamento social é ineficaz contra o coronavírus

Em Gramado, Pelotas e outras cidades gaúchas, a Polícia de Eduardo Leite foi acionada para reprimir quem desrespeitou seus tresloucados lockdowns.


Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) asseguram que o isolamento social é ineficaz contra o coronavírus. 

Em estudo publicado na revista científica Scientific Reports no mês passado, cientistas analisaram a relação entre o confinamento e o número de mortes por vírus chinês. Obtidas através do índice de mobilidade do Google, as estatísticas foram coletadas de fevereiro a agosto de 2020. A pesquisa abrangeu 87 locais diferentes: 51 países, 26 Estados — mais o Distrito Federal — e seis capitais no Brasil (Manaus, Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), além de três grandes cidades de outros países (Tóquio, Berlim e Nova York).

A associação entre o “fique em casa” e a redução de óbitos nas áreas estudadas não foi significativa para mais de 98% delas. E em apenas 63 (1,6%) amostras do total de 3.741 combinações foi encontrada uma diferença significativa. Depois da publicação do artigo, pesquisadores que refizeram os cálculos enviaram comentários para a Scientific Reports, que aguarda a tréplica dos autores. O levantamento da UFRGS concorda com similares. Em junho do ano passado, o banco J. P. Morgan publicou uma análise mostrando que o lockdown não tem efeito no enfrentamento da epidemia: “O patógeno tem sua própria dinâmica, não relacionada às medidas muitas vezes inconsistentes de lockdown.”


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